Nada de novo debaixo do sol

Naquela sexta feira o sol nasceu sobre Paris da mesma forma que no resto do mundo, nem mais nem menos luminoso. Na Champs Elisées os carros andavam lentos, engarrafando tudo como sempre.
Exatamente como acontece todos os dias nos Campos Elíseos paulistano.
O Arco do Triunfo continua tão belo quanto os Arcos da Lapa, ou até mesmo a Fontana di Trevi. Tudo claro, guardando as devidas proporções. Os parisienses andavam pelas ruas apressados, como todos os habitantes das grandes capitais. A vida tem rítmo frenético, quer na França, São Paulo, Londres ou NY.

Nos parques franceses os pássaros cantavam como todos os dias em que o sol dá o ar da graça.
Nunca ouvi falar de pássaros livres que cantassem em dias de chuva...

Dentro do aeroporto Charles De Gaulle, as lojas de conveniência vendem normalmente seus produtos, e todos os turistas de primeira vez – sem exceção – iam direto experimentar as baguetes com café. Exatamente como acontece todos os dias, sempre.

O Louvre continua imponente, maravilhoso, majestoso, como nunca deixou de ser.
E como tem sido desde o lançamento, milhares de pessoas circulam por suas galerias procurando os lugares descritos no best seller “Código Da Vinci”. Com tanto para ver por lá não consigo deixar de pensar o quanto são tolos...
Ou seja, tudo, mas tudo mesmo acontece naturalmente igual, como todos os dias nos últimos dez ou vinte anos...

Inclusive na FIA, que mudou para não mudar e como em todos os dias destes mesmo dez ou vinte anos Max Mosley continuará a mandar no esporte a motor mundial.Ainda que o rosto que agora aparecerá nos jornais de todo o mundo seja a de um francês baixinho muito assemelhado com certo rato – italiano – que frequentava as telas de televisão do mundo todo nos anos setenta...

O assunto pode parecer velho, mas não é.
Geralmente consigo formar opinião sobre estes fatos, mas visto que não conseguia também ser simpático ao candidato de oposição Ari Vatanen fiquei numa encrizilhada, mas e vocês, que acharam?

Aproveitem também para ouvir - se é que não ouviram ainda - a edição do GP do Brasil da Rádio On Board, onde Felipe Maciel e eu recebemos o amigo e jornalista Marcio Kohara para um bate papo sobre a corrida que definiu entre outras coisas o campeão do mundo e a má sorte do 1B.
Ah sim! E Fábio Campos nos traz as impressões e opiniões de quem esteve in loco vendo o espetáculo da velocidade.
Boa diversão e não deixe de opinar.

Comentários

Gabriel Souza disse…
Na FIA, mais do mesmo. Concordo com você, Groo. "Mudou para não mudar".

E acho que, apesar de nunca ter ido à Paris, prefiro a Champs Elisées do que os Campos Elíseos paulistanos.

Obrigado por visitar o meu blog. Gostei de debater com você o assunto de meu último post.

Abraço!
Unknown disse…
será que cuando a FOTA volte a ameaçar com parar de correr, todt-gigio vai cantar a musica de ir a dormir?
Unknown disse…
o link para a ROB não ta dando!
Ron Groo disse…
Obrigado Marcelo, já está arrumado!
Fábio Andrade disse…
A competência do velho baixinho é conhecida em Maranello e acho que é justamente esse o problema que assombra a maioria das mentes: como não temer que a equipe pela qual esse senhor se tornou muito conhecido será favorecida durante seu mandato?
Raphael disse…
Aí Groo, espero que tenha gostado da minha miniatura que o Marcelonso expôs no blog dele.

Sobre o seu texto... de fato, nada de novo sob o sol. A competência de Toddynho (como eu o costumo chamar) é tão bem recebida quanto a possibilidade de favorecer a Ferrari é temida.
Marcelonso disse…
Groo,

Torço para que as coisas melhorem,afinal a gente curte esse esporte,tenho ciencia que será um pouco do "mais do mesmo" numa nova versão repaginada,mas com a mesma essencia.
Só nos resta torcer mesmo.

abraço
sbrazil disse…
Eh,eh,eh...o baixinho é a cara do gigio...