Carnaval e F1 - pt 1

Vai chegando o carnaval e quem, como eu, não curte muito o período do reinado de Momo vai ficando de saco cheio de ver e ouvir coisas relacionadas.
Aquelas letras rocambolescas, cheia de palavras que a maioria dos foliões nem sabem que existe até serem grafadas em um samba enredo. Sambas enredo que, aliás, geralmente tem nomes enormes com subtítulos que mais complicam que explicam: “Antares: quando o reinado de Ulu Bunga decretou que a excrementização do povo se daria por vias duvidosas da ufanização do lugarejo ugandês de Umbongo!”.

E se achou que o nome é longo é porque ainda não viu a lista de compositores que vem logo abaixo do titulo: composto por Mano Deca/ Pedro Preto/ Zico da Colina/ Beto sem Braço/ Tucão das Candongas/ Fábio Campos/ Juvenal Tico Tico/ Pedro Branco e Marquinhos PQP.
Com tanta gente assim é de se imaginar que cada um escreveu uma palavra da letra... Sem contar as que se repetem, claro.

Quem liga a TV nesta época geralmente se depara com cenas mais comuns que enchente em São Paulo, Rubinho reclamando.
Mulheres pulando como se o chão estivesse quente e afetando um sorriso tão verdadeiro como notas de três reais.
Aquele cara de camisa listrada na horizontal, um chapéu palhinha na cabeça, calça e sapato branco roda um pandeiro na ponta dos dedos com a boca aberta.
Então vem uma passista, aquela do chão quente, e rebola abaixando até quase encostar o traseiro no chão.
Não sem antes quase acerta-lo na cara do infeliz do pandeiro. Outra coisa muito comum são os bailes de salão com cobertura por alguma rede trash de TV.
É uma fauna diversa em bailes com nomes sugestivos como: “noite no Havaí”, “festa do Caribe”, “folia em Buenos Aires”...
Pqp! Quem em sã consciência acha que uma noite no Havaí ou Caribe com aquelas praias paradisíacas e elegantes festas a luz da Lua, com frutas tropicais e temperatura agradável é igual a ficar em um salão quente pra caramba, sem ar condicionado, com um barulho dos infernos nos ouvidos e correndo o risco de levar uma mão na bunda a qualquer momento?
Faltou falar do “folia em Buenos Aires”, mas esta deixa... Afinal é pra lá que a gente queria mandar toda esta palhaçada mesmo.

Ah... E tem também o baile do “Gala Gay”... É... Mas este ai não tem nada de fantasia não... Nego vai lá é pra se soltar mesmo.
Vem com esta de que é folia, é festa e coloca um vestido, uma peruca...
Passa um batom, põe um sutiã com enchimento, uma meia calça, arruma um negão pra arrochar e... Deixa pra lá... Falando assim até parece que sou totalmente antipático aos folguedos de Momo. Não é bem assim... Eu gosto de algumas coisas como.... Como... O... E tem também....
É. Não tem nada mesmo.
Mas a gente pode - já que pra fugir destas visões do inferno teríamos que sair do país - tentar adaptar para algo que a gente goste.
Amanhã vamos tentar colocar estas aberrações no contexto da F1, quem sabe fica um pouco mais simpático.

Comentários

Felipão disse…
hauhahahuah

Ron... dei muita risada com o texto...

Fabio Campos???

hahauhauauhauhau

eu também não sou muito fã de carnaval, mas pelo menos dá pra tirar uma folguiha...
Unknown disse…
pelo amor de deus groo, tira esa foto de ahi!!! kkkkkk

até que ao fim chega carnaval, de ahi é só aguentar uma "review" da grovo e ahi a gente tá livre por um ano
Daniel Médici disse…
Gosto do carnaval... longe de mim. Se pudesse escolher, passaria todos em Reykjavyk.
Maximo disse…
Carnaval é igual tirar band-aid.
Você não vê a hora de acabar aquele sofrimento.
CARNAVAL é isso mesmo um CAR-NA-VAL:

CAra

NA

VALei-me meu Deus não posso contar aqui...rs
Marcelonso disse…
Groo,

Particularmente também não curto,prefiro ir para uma praia com a familia,mas faz parte da cultura do país.

Eu jurava que o sujeito da ultima foto teria a cara do Barrica.


abraço
Fernando Kesnault disse…
Groo, pelo menos eu tenho a sorte (ou esforço??) de ter Sky Tv o que ameniza a coisa. A única coisa que sempre gostei no carnaval é o período de inatividade (pelo menos profissionalmente). E hoje em dia temos a internet, videogames, filmes em DVD, e livros, muitos livros para não ver estes ridículos canais abertos de nosso país.
Anselmo Coyote disse…
Groo,

Numa dessas cobertura de baile de carnaval por uma TV ao vivo, o câmera era novato e estava acompanhando a repórter Cristina Prochaska, de quem ele só sabia o primeiro nome.

De repente, a Maria Alcina subiu numa mesa, no segundo plano do campo de visão do câmera. Só de camisa e sem nada por baixo, ela fixou os pés no tampo da mesa e começou a cantar e rebolar, deixando à mostra as partes baixas.

O câmera nem viu. Continuou filmando a entrevista-flash que a Cristina fazia com uma figura do baile, emoldurada por aquela visão do inferno ao fundo.

De repente o câmera começou a ouvir berros do diretor no ponto eletrônico:

FECHA NA PROCHASKA!
FECHA NA PROCHASKA!
FECHA NA PROCHASKA, PORRA!!!!

Ele não teve dúvidas. Mandou ver como o chefe mandou e por uns bons instantes nenhum telespectador viu a cara da doce e linda Cristina.

Abs.
Tohmé disse…
sei não.....acho que você está enganando todo mundo.
oliver disse…
Bah.

Carnaval é carnaval

ou

FESTA É FESTA.


MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL

Padre Miguél é a capital

da escola de samba que bate melhor no carnaval.


To curioso pra ver a mistura.

Só quero ver como o rubinho aparece nisto.