-É... Ela cantava bem... Mas ainda não gosto das cantoras desta geração.
-Ela não foi “desta” geração... Se, claro, você estiver falando de gagas, britneis, beyonces da vida.
-É desta geração que eu falava sim... E como você pode dizer que ela não foi?
-Da mesma época sim... Mas qualitativamente, nunca!
-Como assim?
-Você viu os shows, ouviu os discos... Não percebeu?
-Como assim?
-Quantos backing vocals tinham no palco?
-Dois...
-E eles faziam o que?
-Cantavam as frases de apoio...
-Igual a quem?
-Hum... As backing vocals da Aretha Franklin nos tempos áureos?
-Exato.
-E quantos dançarinos fazendo coreografias metidas a sensuais, mas que na verdade são ridículas você viu?
-Nenhum... Vale a dancinha esquisita dos backings?
-Não...
-Mas vou te falar... A voz delar... As drogas e o álcool acabaram com ela.
-Sério? Cê pensa assim?
-E não é?
-Acho que não... Faz sentido quando se entende o que ela esta cantando... Ela é da mesma escola que já de Billie Holiday, Etta James, Janis Joplin...
-Da auto destruição?
-Também... Mas lembre-se que a Etta sobreviveu.
-É... E do que mais então?
-Das vozes que amadureceram os excessos, ganharam charme sem perder aquilo que as difere das outras de sua época.
-O que?
-A alma.... Pena que agora ela não voltará mais ao palco...
O que me chateia não é o fato dela ter ido, com o ritmo de vida e os excessos era até esperado.
O que me deixa fulo mesmo é o fato de ficarem ainda aqui - nos enchendo o saco e sem talento nenhum - lixos como Gaga, Madona, Britney e outras porcarias.
Mundo injusto este...
-Ela não foi “desta” geração... Se, claro, você estiver falando de gagas, britneis, beyonces da vida.
-É desta geração que eu falava sim... E como você pode dizer que ela não foi?
-Da mesma época sim... Mas qualitativamente, nunca!
-Como assim?
-Você viu os shows, ouviu os discos... Não percebeu?
-Como assim?
-Quantos backing vocals tinham no palco?
-Dois...
-E eles faziam o que?
-Cantavam as frases de apoio...
-Igual a quem?
-Hum... As backing vocals da Aretha Franklin nos tempos áureos?
-Exato.
-E quantos dançarinos fazendo coreografias metidas a sensuais, mas que na verdade são ridículas você viu?
-Nenhum... Vale a dancinha esquisita dos backings?
-Não...
-Mas vou te falar... A voz delar... As drogas e o álcool acabaram com ela.
-Sério? Cê pensa assim?
-E não é?
-Acho que não... Faz sentido quando se entende o que ela esta cantando... Ela é da mesma escola que já de Billie Holiday, Etta James, Janis Joplin...
-Da auto destruição?
-Também... Mas lembre-se que a Etta sobreviveu.
-É... E do que mais então?
-Das vozes que amadureceram os excessos, ganharam charme sem perder aquilo que as difere das outras de sua época.
-O que?
-A alma.... Pena que agora ela não voltará mais ao palco...
O que me chateia não é o fato dela ter ido, com o ritmo de vida e os excessos era até esperado.
O que me deixa fulo mesmo é o fato de ficarem ainda aqui - nos enchendo o saco e sem talento nenhum - lixos como Gaga, Madona, Britney e outras porcarias.
Mundo injusto este...
Comentários
Abraços!
Ótimo texto querido...
Bjs
P.S. Quanto ao "lixo" que corre por ai?! Vou me abster de comentários.
Em seus primórdios, o Blues abarcou questões de autenticidade, raça, ideologia politica e, sobretudo, os históricos problemas da desigualdade de renda, da pobreza e da violência contra os negros.
O Blues evoluiu, a partir de si mesmo e por si mesmo, para o Soul.
Na década de 60, o Blues foi acusado de "acomodar-se" e foi superado pela mensagem do Soul: a de que a sociedade deve e pode ser transformada para melhor e que a música e os seus expoentes devem e são, efetivamente, agentes dessa transformação e dessa conscientização social.
Stevie Ray Vaughan, na década de 80, fez renascer os Blues das cinzas, com sua guitarra mais rápida do que o pensamento (segundo BB King) e suas letras que anunciavam a pandemia do século: a depressão. Stevie denunciou, ao modo de Nieztsche, o niilismo da sociadede de consumo, que nos leva a ser pegos na armadilha do fogo cruzado - Caught in Crossfire.
Amy Winehouse, foi uma dessas desajustadas pegas na armadilha do fogo cruzado. E por "desajustada" quero pestar-lhe um tributo, como forma de demonstração de desprezo pelos valores pequenos, materialistas e egoístas dos tempos em que todos os Templos são Shoppings e todos os Shoppings são Templos de Salomão.
Sua vida desregrada foi uma forma de protesto contra os valores ocidentais, assim, como o Soul e o Blues permanecem como gêneros musicais autênticos, que exigem a reflexão e a emancipação.
É preciso coragem para viver uma vida de funâmbulo, na corda bamba, no limite entre a vida e a morte. Quem se atreve? Quem despreza não apenas os valores, inclusive em sua expressão mais abstrata - o dinheiro - para arriscar a morrer, apenas por não abrir mão da autenticidade??
Quem a acusa de ser viciada e louca, apenas denuncia a própria mentalidade de rebanho.
Todos os mártires da história ocidental preferiram morrer a ter de abrir mão de suas vidas autênticas.
Ao morrer, quase voluntariamente, Sócrates, Jesus, Sêneca, Martin Luther King, Stevie Ray e Winehouse deixaram o legado e a mensagem de que a autenticidade pode valer mais do que a vida.
Doravante, levarei mais a sério o fato de que, a despeito de tudo, a música autêntica, seja de que gênero for, pode ser emancipatória e libertadora e que tanto faz morrer por uma taça de cicuta, pela crucificação ou pelas drogas: a morte será bela se deixar uma mensagem e um legado para o porvir.
A bela morte, do herói grego ao mártir cristão, até ao músico que é apanhado na armadilha do fogo-cruzado, exige o sacrifício em nome da libertação de gerações futuras.
Esse é o meu elogio fúnebre.
Anônimo, como deve ser nesse caso.
rgns11
Como foi dito tempos atrás, infelizmente era um final escrito que ela não tentou mudar, uma pena.
abs
Abs!
A boa música está em extinção e daqui a pouco acaba.
http://bit.ly/ot4rgP
http://bit.ly/pPTcj5
Gary Clark Jr.
http://bit.ly/n7j7lF
Discordo de quem disse q ela não era gênio, vai fazer muita falta, mas ainda temos muitas cantoras novas maravilhosas como Adele, Sabrina Stark, Corine Bailey Rae, etc fora uma infinidade de divas nacionais...