O apagar da luz que nunca se apagaria

Ponto alto da carreira dos Smiths, The Queen is Dead traz a maior obra prima da banda: There is a light that never goes out.

Liricamente talvez só Cemetry Gates (do mesmo disco), onde Morrissey disputa de forma surreal com um amigo de qual dos lados do cemitério em que estão enterrados é que tem os melhores poetas/escritores (Keats and Yeats are on your side/ but you loose/´cause Wilde is on mine.) tenha uma carga tão intensa quando There is a light...

A letra versa sobre um passeio de carro na noite de Londres ao lado de alguém que se ama após algum contratempo familiar. Um momento que nem a morte poderia estragar.
E é ai que Morrisey se supera.
Imagina a morte chegando por via de um caminhão de dez toneladas ou um ônibus de dois andares em cenas que talvez embrulhassem o estomago de um ouvinte mais sensível ou menos familiarizado com o estilo Morrissey de fazer graça.

O sarcasmo da letra em contraponto com a delicadeza da melodia é de encher os ouvidos.
A orquestração que dá leveza ao tema aponta uma direção que, infelizmente, a banda não seguiu, porque não quis ou não teve tempo já que após este álbum lançou apenas mais um, que apesar de bom, não chega nem aos pés de The Queen is Dead.
Infelizmente a luz que nunca se apaga era apenas um brilho rápido, um lampejo...

Comentários

Vander Romanini disse…
Smiths ninca me empolgou, mas acho algumas músicas bem legais.
Não sei porquê, mas a banda me passa a sensação que seu fãs pensam que tem a inteligência acima dos demais.
Pelo menos conheço dois que são assim...
Anônimo disse…
Eu também tenho essa sensação, Vander.
Rodrigo Dias disse…
Bom... não julguem um artista pelos seus fãs. Esses, sem exceção, são idiotas.
Marcelonso disse…
Groo,

Quando era um pouco mais novo, curtia algumas musicas dessa banda.

abs