Crônica do GP: Contribuição para melhorar a procissão

O GP da Rússia, segundo a lógica da F1 de Ecclestone, foi um sucesso.
Quanto mais chata a prova, mais sucesso é.
Vide Abu Dhabi, Bahrein, Singapura...
E sendo assim, tende a ficar ao menos dez anos no calendário.
Jornalista na sala de imprensa em Socchi
Preocupado com a perpetuação da chatice, o BligGroo recorreu a especialistas (mentira, foi só o escriba mesmo) para, dentro da atmosfera surreal que rege o país e os absurdos que acontecem por lá, achar soluções para animar a prova russa nos próximos anos.
Vamos lá então.
Que tal:

Ter stormtroopers atirando com aquelas armas de laser nos pneus dos carros na reta enquanto o Manowar toca "Battle Hymn":
“Kill, kill óóóó. Kill, kill óóóó”
 
Vladmir Putin retira o exército da fronteira com a Ucrânia e posiciona ao longo das curvas.
Se o piloto que estiver na frente abrir mais que dois segundos para o que vem atrás, fogo nele...

Promover um MMA entre lutadores russos parecidos com o Zangief (do Street Fighter) para trocar porrada com ursos na curva “da vitória”.
Ou melhor... Promover uma luta com russas seminuas, mas com chapéus de pele de urso na reta dos boxes.

Trocar o conteúdo das garrafinhas de isotônico dos pilotos por vodca e, claro, obrigar a beber um gole por volta.

Promover uma seção de selfies para o público russo.
Mas com a prova em andamento.
Não duvide que aparecesse muita gente para tirar, não duvide.

Obrigar os mecânicos, durante a troca de pneus, a ler trechos de livros de Tolstoi, Checov, Dostoiéviski, Bulgakov, Gogol, Pasternak...
No caso das Mercedes irem aos pits, seus mecânicos terão que ler um terço de “Guerra e Paz” para cada pneu trocado.

Colocar Boris Yeltsin totalmente breaco no lugar de Charles Whaiting para dirigir a prova.

Mas aqui no BligGroo nós (porra, só tem o escriba, por que o pronome no plural?) sabemos que a única forma de deixar a prova divertida é acabando com ela definitivamente e esquecer que um dia existiu...

Comentários

Anônimo disse…
Ron, antigamente um escriba era um doutor da lei. Particularmente, da lei mosaica.
Ficou bacana, o texto. Bob Smedley disse que se fosse levado em conta apenas o tempo, Massa chegaria em sexto. Se não chegou, foi porque passou a metade da prova atrás da Force Índia do Perez. Certo. A humilhação não foi a estratégia da equipe, foi a inércia do piloto. Só faltou explicar por que a equipe julgou estratégico contratar o Massa e não Hulkenberg e até mesmo Grosjean. Dinheiro não aguenta desaforo, diz o ditado. Estratégia também não. Inércia para deixar de ser loser.
Ass: Rubs Cascata
Manu disse…
Bom, creio que essas aí seriam boas coisas para movimentar a corrida. Imagina, ler trechos da Anna Karenina a cada curva? Ou uma apresentação das danças típicas, que acho legais...
Mas estou convicta que se acabarem com ela, não me causará nenhuma tristeza.

=*

Marcelonso disse…
Groo,

Passando fogo nas Mercedes já tava de bom tamanho...

Na boa, só mesmo um diluvio para apimentar uma corrida por lá, e mesmo assim, sem garantia de sucesso.

Uma palavra resume muito bem a corrida - Horrível.

abs