Crônica do GP: Hungria acabando com dúvidas

Não há nada errado com grandes domínios na F1.
Eles sempre existiram em maior ou menor escala e por diferentes times ou pilotos.
Pode tanto durar meia temporada, como no caso da Brawn GP, como pode durar por muitos anos como quando a Ferrari com Michael Schumacher não deu chance à concorrência.
O que pega agora com o domínio da Mercedes, e muita gente vai discordar por motivos vários, é que não somos mais enganados. Não ficamos mais na dúvida.
Explico...

Quando a McLaren dominou tinha Prost e Senna.
Junção perfeita de pilotos de ponta e carros fantásticos.
A Williams dominou e em sua vez não deixou dúvidas também: era o carro que era maravilhoso e todos sabiam disto: Mansell (sorry God, mas é verdade) nunca foi um espetáculo técnico.
Quando Prost assumiu o carro não houve domínio.
Não por conta do francês ou do carro, mas por conta de um endiabrado Senna que complicou tudo guiando muito aquele ano.

Nos domínios da Ferrari com Schumacher e da Red Bull com Vettel, sempre havia a dúvida (ma non troppo) se era mérito só do carro ou do piloto.
Tanto Michael quanto Sebastian são pilotos fantásticos e históricos e é mais justo dizer, ao menos no primeiro caso, que o carro só era o que era por conta de um trabalho perfeito do piloto junto com a equipe.
A Red Bull, por sua vez, contava com um time acertado, um piloto fantástico (ganhar Monza na chuva com um carro para baixo de mediano não é para qualquer um...) e um projetista em fase dourada.
Só duvida do talento de Vettel quem – evidentemente – é de má vontade com o cara.

Mas e agora?
Basta uma pressãozinha de qualquer espécie nos cones da Mercedes que ambos saem fazendo burrice uma atrás da outra.
Com notória vantagem para o cone #44.
E no grande prêmio da Hungria acabou-se de vez a dúvida.
Se antes podíamos ficar pensando sobre quantidade de mérito a ser dividida no conjunto, agora a certeza é de 95% carro, cinco por cento para o piloto.
Bom é o carro!
Os dois pilotos são detalhes no time alemão.
E isto até o Google ou outra empresa qualquer não aprimorar um pouco mais os carros que andam sem motorista, porque ai, quando esta tecnologia estiver mais popular, nem dos dois cones a Mercedes vai precisar.
Ao menos vai ser um gasto a menos...

Comentários

Manu disse…
Posso concordar? Pois concordo. Tenho mais apreço pelo Rosberg mas o deixar as coisas acontecerem da forma como deixa, é um tanto revoltante e complica minha razão de defesa.

Abs!
Marcelonso disse…
Groo,

A corrida que passou foi divertida justamente pelos erros que proporcionaram uma série de alternativas, pena ter sido pontual.


abs