F1 2015 - Brasil: A monotonia que superou a beleza

Interlagos não fecha mais o campeonato e este ano também não decide o campeão.
E daí?
É a nossa corrida, é no quintal da nossa casa, nossa pista, que, aliás, dá de mil a zero em cerca de noventa por cento das pistas do atual calendário.
É sempre emocionante do principio ao fim?
Obviamente que não, mas pouco importa.
Quando os carros alinham para a largada e ronco do motor (até mesmo estes asmáticos deste ano) sobe, os pelos se eriçam. É único, é fantástico, é Interlagos.

O nome dos treinos não foi o pole. Aliás, este ano o pole nunca foi o nome de treino algum, mas desta vez em especial o nome foi o cara que larga na última vaga da última fila do grid: Fernando Alonso.
Após mais um inicio de fim de semana lamentável, o asturiano definitivamente ligou o “foda-se”.
O carro quebrou?  Arruma um banquinho ai que eu vou sentar aqui e aproveitar o solzinho paulistano.
O pódio tá livre? Vem cá Jenson, vamos tirar uma foto aqui já que pelos nossos carros a gente não vai chegar nem perto de subir nele depois da corrida.
E assim se fez mais simpático um piloto visto como “mau caráter” e até mesmo “meio safado”.
Ganhou pontos o cara. Não em como negar.

A largada foi extremamente limpa, o que nunca deixa de ser decepcionante, mas perdoável.
Apenas Bottas fez um esforço para se diferenciar.
Daí em diante a briga mais “contundente” foi entre o Cone#44 e seu companheiro.
Aparentemente a vontade do inglês era igual a do Marquez em ultrapassar o Lorenzo, mas era o que tínhamos.
Nem a primeira parada nos boxes deu muito sal. Os trabalhos nos dois carros foram medianos e não ajudaram nem um e nem outro.

Antes da segunda rodada de pits, a melhor ultrapassagem foi do Verstapinho sobre Sérgio Perez, na marra, na força na saída do S do Senna.
Se todos tivessem a mesma coragem em situações parecidas seria um paraíso.
Ai veio a rodada de pits e continuou cone#6 na frente do cone#44.
A impressão que dava é que o inglês estava pouco se lixando para a vitória.
Talvez seja engano do ponto de vista e o alemãozinho estivesse realmente andando o melhor que podia.  Mas até ai...
Chegaram a terceira parada e nada mudou.

Sim, a corrida foi um tanto monótona, mas até uma corrida assim, no sobe e desce insano de Interlagos, é mil vezes melhor que corridas produzidas em tilkodromos.
Vitória ninguém liga do cone#6, escoltado pelo cone#44.
Se Interlagos, que é fantástico foi assim, preparem seus travesseiros para Abundabi.

Comentários

Kundu disse…
Boas Groo.

Gostei do post, sempre que posso leio seu blog, apesar de F1 não estar entre os meus esportes favoritos, prefiro badminton,lacrosse e críquete, lembra do time de lacrosse onde jogávamos ? bons tempos, pena que passou rápido e sabe como é, já não se fazem saudosismos como antigamente. Apesar de automobilismo não ser o meu esporte favorito, gosto do jeito que você escreve,voce escreve duma maneira fácil de entender.
Marcelonso disse…
Groo,

Apesar da temporada decepcionante, sempre que a F-1 chega a Interlagos, nossa motivação é renovada, acreditando que enfim veremos uma boa corrida.

Mas que nada, dessa vez a corrida foi terrivelmente chata. Não me lembro de outra tão ruim como essa.


abs
Anônimo disse…
A foto está invertida.
Anônimo disse…
Estava! desculpe.
Anônimo disse…
OU não, sei lá.
Invertido estou eu, hahahaha.
Esqueça, nem publique. Os 3 comentarios.
Desculpe, mais uma vez.