Histórias do GP do Brasil: 2008, a última pancada de David Coulthard

Quando se fala em semana do Grande Prêmio do Brasil em Interlagos automaticamente se pensa em Senna, certo?
Em termos...
Sim, é emocionante lembrar de Senna saindo do McLaren nos braços da torcida, no “drible do carro” aplicado em Damon Hill, na vitória com marchas faltando (que até hoje Piquet contesta e tendo a concordar com ele), mas há vida sem Ayrton na corrida brasileira.
A última corrida de Schumacher na parceria mais que vitoriosa com a Ferrari (2006), a primeira vitória de Massa (2005), os títulos de Kimi Raikkonen (2007/único) e de Hamilton (2008/primeiro), mas nenhuma destas – que serão crônicadas durante a semana – é tão engraçada, icônica e tão representativa do fim de Carrera de um piloto quanto a última corrida de David Coulthard na categoria.

Coulthard nunca foi cotado a ser campeão desde que debutou na categoria substituindo Ayrton Senna após o fatídico fim de semana de Imola/94. Muito embora tenha sido vice-campeão em 2001 e por quatro vezes o terceiro colocado na classificação geral.
Carismático, subiu ao pódio em Mônaco com a capa do Superman e ganhou a simpatia de todos os fãs da F1.

Porém, em 2008 - seu último ano - se tornou uma piada, não muito engraçada e um tanto perigosa.
Provocava pequenos acidentes e batidas em quase todos os fins de semana de prova fosse nos treinos, classificação ou corridas.
Obteve a melhor colocação durante o ano (terceiro lugar no Canadá) e cinco abandonos por acidente.
Ainda assim – ou por isto mesmo – quando em junho anunciou que após a última corrida da temporada se aposentaria, ganhou homenagens de todos os pilotos e da FOM sendo autorizado a disputar a última corrida da carreira - exatamente no Brasil – com um carro de pintura diferente do companheiro de equipe.
O escocês alinhou sua Red Bull RB4 para o fim de semana com uma pintura branca que trazia, em vez de seus tradicionais patrocinadores, o símbolo e o endereço eletrônico da fundação Wings For Life, que atua na pesquisa para cura de lesões na medula.

Obviamente que tudo isto teve seu valor e teria obtido muito mais sucesso se a corrida de David tivesse durado mais que os menos de quatrocentos metros que durou abreviada por mais um acidente dos tantos e corriqueiros causados pelo escocês.
A piada da época era que David teria escolhido aquela fundação por ter grandes chances de, se não pessoalmente, enviar alguém para que se beneficiasse das pesquisas.
Maldade era pouco...

Comentários

Marcelonso disse…
Groo,

Olha, é bem possível mesmo...

Cê não vai pro céu,hein???


abs
Diego Trindade disse…
O interessante é que o carro dele saiu sem um aranhão se querer e a câmera de dentro do cockpit só serviu para gravar o pião que ele deu.