Salve Amon (1943/2016)

Não vi Chris Amon correr.
Da minha geração, duvido que alguém tenha visto já que abandonou a F1 em 1976.
Amon em Mônaco/73 com carro da (horrível) Tecno
Venceu em Le Mans (1966), o que não é pouco, em uma época em que não era qualquer um que vencia por lá.
Em 1967 também venceu os 1000 Milhas Monza e as 24 horas de Daytona tendo como companheiro de equipe Lorenzo Bandini.
Na F1 era visto como azarado.
O mais azarado da categoria.
Mário Andretti o definiu com a frase: “-Se Amon se tornasse um coveiro as pessoas parariam de morrer”.
Em um de seus melhores anos na categoria foi ofuscado pela morte de seu companheiro de equipe e amigo Lorenzo Bandini em um acidente em Mônaco/1967.
Chegou a criar sua própria equipe de F1: a Amon e com ela disputa apenas um GP – Espanha/1974 e seu carro, bem rápido até, não era confiável. Quebrou.
Entre 1962 e 1976 participou de noventa e seis largadas.
Conseguiu cinco poles e onze pódios.
Mas nenhuma vitória oficial, apenas uma corrida extracampeonato na Argentina em 1971.
Tudo isto é fantástico - sem dúvida - mas aqui para nós, na minha modesta opinião, a grande contribuição de Chris Amon é seu capacete que ao lado dos capacetes de Jackie Stewart, Graham Hill são as marcas mais fortes da F1 daqueles tempos.
Tão icônico e lindo que John Frankenheimer se apropriou de seu desenho para emprestá-lo ao americano Pete Aron em seu filme Grand Prix.
Pete Aron e o icônico desenho do casco de Amon
Salve Amon.

Comentários

Anônimo disse…
Grande James Gardner ! A foto é interessante para analisar. Senhor Groo, imagine a minha tia tijucana - tá parecendo a Usina... - , saindo de casa atrasada, numa manhã de um domingo ensolarado, para a missa - ou comprar o pãozinho - e dá de cara com o James Gardner pilotando um bólido na rua dela! Pior se saísse com o tonico. Tonico ? O pinscher mordedor e neurótico dela. Nem um guarda trilho, meu Deus ! E os transeuntes desavisados ? HA ! Minha tia faz estrogonofe gostoso mas o forte dela é uma feijoada de botar a do Amaral no chinelo !

. Soube da morte dele, Amon, ontem, de manhã, pelo aplicativo da F1. Meu Épou 69 apitou logo quando liguei-o-o e veio a mensagem. O que eu acho engraçado é que muito desportista morre, digamos, cedo. 7.3 ! Fumava muito. Câncer. Senhor Groo. Amon revelou um cara muito querido por todos nós formulaúnicos de carteirinha. O saudoso Villeneuve. O Gilles. Recomendou-o para Enzo Ferrari e depois é história. E tem gente que adora o Vodka, o Maldanado... Não viram o Vilanova. Até a morte dele foi espetacular !

Chega de morte. Quem irá acender a pira ? Pago dez...

PIQUET !

obs: quando as corridas de automóvel farão parte das Olimpíadas ? Ué, vai ter surfe, skate... Já tem BMX, Golfe... Pénabola ...



M.C.

Marcelonso disse…
Groo,

Amon marcou época na F-1. Descanse em paz!


abs
Fabio Campos disse…
No fim das contas, é legal saber que um cara que batalhou e mostrou valor ainda tem, mesmo tantos anos depois, um reconhecimento da sua participação na Fórmula 1.

Nem só os que venceram tem valor... Ronnie Peterson e Gilles Villeneuve e tantos outros...