Bye bye Dennis, Dennis bye bye

Quando se fala em McLaren duas coisas imediatamente vêm à cabeça, uma delas, claro não poderia deixar de Ayrton Senna.
Não por ser “o brasileirinho que conquistou o mundo e blá blá blá...”, longe disto.
Estando envolvido – como espectador – desde 83, provavelmente foi o time que mais vi ganhar corridas.
Senna, Prost, Mika, Hamilton e perdoe se estiver esquecendo alguém.
Aliás, quando comecei neste treco, um dos pilotos da equipe era ninguém menos que Niki Lauda.... Mas penso que não o vi ganhar uma prova. Se vi, não me lembro.
A outra é coisa que vem à mente é Ron Dennis.

Do antigo chefe/dono da equipe de Woking pode-se dizer de tudo.
Desde que era duro, competitivo in extremis, mão de vaca, arrogante, mas não pode dizer de forma nenhuma que não foi um vencedor.
Desde que pegou uma equipe com sérios problemas de orçamento e fundiu com sua Project Four (daí os nomes dos carros do time começarem com MP4: McLaren Project Four) foram dez mundiais de pilotos e sete de construtores.
Há a exclusão do campeonato de construtores de 2007, mas no mundo a parte que é a F1 em que não há santos, ninguém pode acusar pecado de ninguém.

Agora, após ter se afastado (ou ter sido afastado) do comando do time de F1 (dizem que por vingança de Bernie Ecclestone, que condicionou isto à uma pena mais leve no caso da espionagem em 2007), agora o ex chefão vende o que restava de suas ações e se afasta definitivamente da empresa que agora estará nas mãos de (atenção para piada preconceituosa e de cunho estereotipador) alguns ricaços do oriente médio, o que explica – em parte – as bombas que vem colocando nas pistas nos últimos anos e explodido carreiras promissoras e até um campeão do mundo.

Dennis também carregava a imagem de homem inflexível e duro, mas uma cena vista algumas vezes em um documentário sobre Senna joga isto por terra.
Após uma vitória particularmente difícil ou importante – perdoem os lapsos de memória – Ayrton sai do pódio e passa por um corredor apertado em direção à sala onde terá lugar a entrevista coletiva pós corrida.
Escondido atrás de um tapume, Dennis salta e com um balde de água encharca o piloto e sai pulando e rindo como um moleque que acabou de fazer uma grande traquinagem.
Dennis pode até não fazer falta.... Certamente não fará, mas é inegável que a história da F1 deve lhe dedicar um capítulo especial, detalhado e bem longo.
Como poucas pessoas merecem.

Comentários

Anônimo disse…
. É. Para a maioria dos brasileiros, e para os japas( mas agora os queridinhos estão na dupla ferradiana), Ayrton é especial mas para os especialistas em McLaren, quando pensam em tooooda a McLaren, muito mais assuntos vem em mente e Ron Dennis e Bruce McLaren estão em vantagem sobre o brasileiro. Aliás, Prost foi muito importante. A história dirá.
. Não. é isso mesmo. Só faltou o Niki Lauda. 1984... Ah, se lembrou dele. Ué ? Essa eu não entendi. Começou a assistir em 1983 e não se lembra de uma vitória de Niki Lauda ? O megamente M.C. ajudará. Foram cinco vitórias do Lauda em 1984. Lembro do GP da África do Sul. You Tube, já ! Para refrescar sua memória...
. Ron Dennis é o cara. Está no Hall of Managers da F1 em lugar de destaque sendo o manager de tutti managers, o senhor Enzo, il Commendatore. Enzo criou a Ferrari, 'só isso'. Mas, a Ferrari foi salva pela FIAT de Umberto Agnelli ! Já, Dennis, era o CEO da McLaren e Manager na F1, e acionista das duas, acho que não majoritário. Hoje, a McLaren compete com a Ferrari no mundo dos superesportivos. A MacMac F1, com 3 bancos, motor BMW, é item de colecionador. Outra fera, óbvio, o meu preferido, Colin Chapman porque os dois mencionados eram gênios nos negócios mas o Colin era engenheiro aeronáutico, historicamente, mais importante para a categoria. Enzo foi mecânico e piloto. Chapman foi inventor ! Vemos muito que ele fez nas McLarens e Ferraris de rua. No automobilismo esportivo, xiiii. Só olhar um aerofólio, quer dizer, asa. Mesmo a Lotus não sendo a Lotus de antigamente tem a Lotus Seven que hoje é Caterham 7. Ai, tô voando. Mas, não posso deixar de mencionar no querido professor Xavier formulaunico, Sir Frank Williams. Outro grande manager, um pouquinho malandro mas é sagaz... Chega ! Vamos ler.
. Pode ser piada para incautos mas, para quem entende, é sem graça. O problema, a piada, se chama HONDA !
. Ingleses. Fleuma. Discrição. Saem sem estardalhaços. Não são 'briatores'. Aí, os olhos dos que amam a F1, os que viram, suas memória farão com que não sejam esquecidos. Eu esqueço do Colin Chapman ? Nunca ! Esquecerei de Ron Dennis ?
Esquecerei de Frank Williams ? De Ken Tyrrell ? Esquecerei de Enzo Ferrari ? Esquecerei de Bernie Ecclestone ? Esquecerei de Luca de Montezemolo ? Engraçado que os dirigentes 'de fábrica - e escritório - da Ferrari levam mais glórias nas vitórias que os managers das equipes de F1. O diretor da equipe na época de Montezemolo era o Claudio Lombardi. Jean Todt veio depois - ou junto, isso não me lembro - com o diretor técnico, o doutor esquisito Ross Brawn, o mago das estratégias. Ou seja, Ferrari é uma miscelânea danada ! No tempo d'O Commendatore, sei lá os nomes dos managers da Ferrari.
. Ótima foto dos dois.

OBS. As rodas da cadeira do prof. Xavier são aerodinâmicas, hoje. Deve 'voar' mais que a Ruimlliams do Zacarias...

Piada.


M.C.
Anônimo disse…
VETTELINO NÃO SERÁ SUSPENSO !

máFIA ! máFIA !


M.C.