Obviamente vão caçar culpados onde existem e não existem.
Mais óbvio ainda é que apontarão FIA, a FOM, Honda, fiscais de pista, operador de trator, mas isto pouco importa: ninguém será penalizado de verdade, como até hoje em diversos casos de morte nas pistas, ninguém foi.
Mas a caça as bruxas vai começar com força.
E feita por gente que só se importa com o automobilismo quando algo ruim acontece. Como de praxe.
Claro que todas as fatalidades trazem em si uma sequencia – por vezes extensa – de pequenos detalhes como botões on/off imaginários que se apertados de forma diferente mudariam tudo e evitariam o ocorrido.
E os caçadores de bruxa os usarão largamente. Sempre identificados pela figura literária do “se”.
Se o trator não estivesse ali.
Se o trator não engrenasse aquela pequena ré.
Se a bandeira amarela fosse no traçado todo e não apenas no local.
Se as bandeiras agitadas fossem todas amarelas.
Se o aviso de bandeiras amarelas ou de trator em ponto perigoso fosse dado pelo rádio.
Se ao invés de bandeira amarela local tivesse ido à pista o safety-car logo de cara.
Se a Honda tivesse aceitado adiantar ou cancelar a corrida.
Se a FOM aceitasse cancelar ou adiar a corrida.
Se, se, se, se, se, se...
Neste mar todo de situações hipotéticas, fica a dúvida se não colocarão pura e simplesmente a culpa na pista.
Seria uma pena ver a pista mutilada ou mesmo aposentada por problemas e falhas que no fundo não são inerentes a ela.
Provavelmente, o carro – pela velocidade que entrou debaixo do trator – também tenha lá sua parcela de culpa, mas mesmo que se chegasse à conclusão que houve falha mecânica, duvido que a equipe ou alguém lá dentro fosse penalizada.
Outro “se” que assusta e faz pensar é o tamanho epicamente gigantesco que esta mesma caça as bruxas teria se por acaso o acidente de Suzuka acontecesse com um destes novos pilotos adolescentes (Max Verstappen e Sergey Sirotkin, dezessete e dezoito anos respectivamente) que a categoria colocará nas pistas em breve, talvez já no próximo ano.
Automobilismo, por mais seguro que venha se tornando nos últimos tempos, não é isento de riscos, incluindo mortais.
Ainda é tempo de repensar um pouco a precocidade dos pilotos, principalmente na F1, para que não seja necessário fazer uso do “se” futuramente.
Mais óbvio ainda é que apontarão FIA, a FOM, Honda, fiscais de pista, operador de trator, mas isto pouco importa: ninguém será penalizado de verdade, como até hoje em diversos casos de morte nas pistas, ninguém foi.
Mas a caça as bruxas vai começar com força.
E feita por gente que só se importa com o automobilismo quando algo ruim acontece. Como de praxe.
Claro que todas as fatalidades trazem em si uma sequencia – por vezes extensa – de pequenos detalhes como botões on/off imaginários que se apertados de forma diferente mudariam tudo e evitariam o ocorrido.
E os caçadores de bruxa os usarão largamente. Sempre identificados pela figura literária do “se”.
Se o trator não estivesse ali.
Se o trator não engrenasse aquela pequena ré.
Se a bandeira amarela fosse no traçado todo e não apenas no local.
Se as bandeiras agitadas fossem todas amarelas.
Se o aviso de bandeiras amarelas ou de trator em ponto perigoso fosse dado pelo rádio.
Se ao invés de bandeira amarela local tivesse ido à pista o safety-car logo de cara.
Se a Honda tivesse aceitado adiantar ou cancelar a corrida.
Se a FOM aceitasse cancelar ou adiar a corrida.
Se, se, se, se, se, se...
Neste mar todo de situações hipotéticas, fica a dúvida se não colocarão pura e simplesmente a culpa na pista.
Seria uma pena ver a pista mutilada ou mesmo aposentada por problemas e falhas que no fundo não são inerentes a ela.
Provavelmente, o carro – pela velocidade que entrou debaixo do trator – também tenha lá sua parcela de culpa, mas mesmo que se chegasse à conclusão que houve falha mecânica, duvido que a equipe ou alguém lá dentro fosse penalizada.
Outro “se” que assusta e faz pensar é o tamanho epicamente gigantesco que esta mesma caça as bruxas teria se por acaso o acidente de Suzuka acontecesse com um destes novos pilotos adolescentes (Max Verstappen e Sergey Sirotkin, dezessete e dezoito anos respectivamente) que a categoria colocará nas pistas em breve, talvez já no próximo ano.
Automobilismo, por mais seguro que venha se tornando nos últimos tempos, não é isento de riscos, incluindo mortais.
Ainda é tempo de repensar um pouco a precocidade dos pilotos, principalmente na F1, para que não seja necessário fazer uso do “se” futuramente.
Comentários
Jules continua em estado crítico. E o pior de tudo, é que numa lesão dessa natureza - 90% dos casos, os pacientes ficam em estado de coma definitivo e, aqueles que se recuperam, infelizmente ficam com sequelas definitivas no cérebro.
Espero que daqui pra frente acionem o safety car sempre que um trator estiver em serviço.
abs
Abs!
Afinal de contas, estamos levando em conta que era uma corrida no Japão, uma terra que sempre teve que enfrentar esses impropérios, com a ajuda de aparatos tecnológicos ou não(na maior parte de sua longa história).
Ainda acho que a corrida deveria ter sido feita na véspera, a pista estava perigosa e já estava bem tarde, quase anoitecendo.
Correram o risco e pagaram o preço, pequeno frente a chegada de um tufão, mas grande frente a um evento milionário e com cobertura ao vivo, com audiência mundial, poderiam ter sido mais sensatos.
Mas no fundo, quem busca audiência, acaba se justificando(Ecclestone sai cada dia mais forte, seja de processos de corrupção, seja de eventos como estes, que não são comuns, mas são polêmicos).