No final da tarde daquele domingo 25 de junho de 1965, Robert Zimmermann subiu ao palco para se apresentar no prestigioso festival de Newport.
Diferente das apresentações – todas! – do cantor e compositor anteriormente, desta feita estava acompanhado com uma banda completa, guitarras e baixos elétricos inclusos, e aquilo causou estranheza aos fãs.
Não era para menos.
Todos esperavam aquele garoto com voz fanha, violão e gaita tocando suas canções fortemente calcadas no folk. Influência de Woody Guthrie e o que aparecia diante deles era a encarnação daquilo que eles mais desprezavam.
O Bob Dylan de camisa laranja, jaqueta de couro, uma Fender e banda dispararam uma versão elétrica de “Maggie´s farm” e a destruidora “Like a rolling Stone” redefinindo, a partir dali o rock – até então juvenil e pueril em suas letras – como estilo mais rico, lírico e profundo.
Como resposta, naquela tarde de domingo, ouviu da plateia vaias e um grito: “-Judas! ”.
Em contrapartida, devolveu àquela parte do público outro grito: “You´re a liar! ”.
E o que veio depois é história.
Ao receber a honraria do prêmio Nobel de Literatura faz-se justiça por um lado e cria-se injustiças por outro.
Há tempos as letras de mr. Zimmermann são mais do que apenas a parte cantada de suas melodias. Aliás, nunca foram.
Como disse a curadora do prêmio: “-Dylan criou novas expressões poéticas dentro da grande música tradicional americana. ”
Arrisco dizer que Bob fez pela literatura mundial muito mais que os três últimos escritores horados com o Nobel. E é, sem dúvida, muito mais popular que eles.
Só para citar um exemplo: seu disco Infidels (1983) que tem a faixa “Jokerman” é um relato fantástico sobre o fim de um relacionamento. No caso, dele mesmo.
A injustiça fica por conta de ter sido o primeiro “cantor pop” a levar o prêmio, deixando para trás outros nomes tão importantes e “literários” quanto o poeta Leonard Cohen, que antes de ser cantor já era escritor de sucesso.
De qualquer forma, a porta agora está aberta, mesmo que seja muito difícil que outro músico ganhe o prêmio nos próximos anos.
Será que os puristas da música também o chamarão de Judas por atravessar mais esta barreira e assim como saiu do folk acústico para o rock elétrico, ter ganho um prêmio destinado à escritores?
Mas a grande piada sobre a premiação veio pelo twitter e dizia que um repórter procurou Dylan para saber o que ele pensava sobre ter ganho o prêmio e ele teria respondido: “-The answer my friend, is blowin´ in the wind... “.
Diferente das apresentações – todas! – do cantor e compositor anteriormente, desta feita estava acompanhado com uma banda completa, guitarras e baixos elétricos inclusos, e aquilo causou estranheza aos fãs.
Não era para menos.
Todos esperavam aquele garoto com voz fanha, violão e gaita tocando suas canções fortemente calcadas no folk. Influência de Woody Guthrie e o que aparecia diante deles era a encarnação daquilo que eles mais desprezavam.
O Bob Dylan de camisa laranja, jaqueta de couro, uma Fender e banda dispararam uma versão elétrica de “Maggie´s farm” e a destruidora “Like a rolling Stone” redefinindo, a partir dali o rock – até então juvenil e pueril em suas letras – como estilo mais rico, lírico e profundo.
Como resposta, naquela tarde de domingo, ouviu da plateia vaias e um grito: “-Judas! ”.
Em contrapartida, devolveu àquela parte do público outro grito: “You´re a liar! ”.
E o que veio depois é história.
Ao receber a honraria do prêmio Nobel de Literatura faz-se justiça por um lado e cria-se injustiças por outro.
Há tempos as letras de mr. Zimmermann são mais do que apenas a parte cantada de suas melodias. Aliás, nunca foram.
Como disse a curadora do prêmio: “-Dylan criou novas expressões poéticas dentro da grande música tradicional americana. ”
Arrisco dizer que Bob fez pela literatura mundial muito mais que os três últimos escritores horados com o Nobel. E é, sem dúvida, muito mais popular que eles.
Só para citar um exemplo: seu disco Infidels (1983) que tem a faixa “Jokerman” é um relato fantástico sobre o fim de um relacionamento. No caso, dele mesmo.
A injustiça fica por conta de ter sido o primeiro “cantor pop” a levar o prêmio, deixando para trás outros nomes tão importantes e “literários” quanto o poeta Leonard Cohen, que antes de ser cantor já era escritor de sucesso.
De qualquer forma, a porta agora está aberta, mesmo que seja muito difícil que outro músico ganhe o prêmio nos próximos anos.
Será que os puristas da música também o chamarão de Judas por atravessar mais esta barreira e assim como saiu do folk acústico para o rock elétrico, ter ganho um prêmio destinado à escritores?
Mas a grande piada sobre a premiação veio pelo twitter e dizia que um repórter procurou Dylan para saber o que ele pensava sobre ter ganho o prêmio e ele teria respondido: “-The answer my friend, is blowin´ in the wind... “.
Comentários
Marketing ? Pode ser. Esperemos os próximos anos.
Ele, Judas, quer dizer, Bob, escreveu uns livros mas, sinceramente, nenhum fez o menor estardalhaço. Tipo Chic Buááááá Argh de Paris, o alemão.
É. Uma jogada de marketing. Vendo a lista de feras que ganharam o prêmio Nobel de Literatura, um baita tropeço na pedrinha do crack mas pode ser uma abertura para o Brasil reivindicar um prêmiozinho ! Pau No Coelho !
' Pela sinceridade da obra '
'Eu sou astrólogo
Eu sou astrólogo
Vocês precisam acreditar em mim
Eu sou astrólogo
Eu sou astrólogo
E conheço a história do princípio ao fim...'
E tem gente que acredita que ele é mago... Merlin ! HA !
Já que tá riquíssimo, que divida o prêmio( o dindin) com a família do
Raúúú !
M.C.