Japão, a terra do titulo nascente

Até penso que Fuji deva ficar também com uma corrida fixa, mas não como grande prêmio do Japão.
Que se dê a Fuji o nome de grande prêmio do Pacífico que um dia pertenceu a Aída, mas GP do Japão mesmo, no duro, tem que ser disputado no traçado bonito e traiçoeiro de Suzuka.Como é mais fácil controlar um adversário direto na luta pelo título?
Mantendo-o sempre ao alcance dos olhos, claro! E Jenson Button deu provas cabais de que sabe disto perfeitamente.
A distancia entre ele e seu principal concorrente na luta pelo título deste ano nunca foi menor que quatorze pontos nesta reta final, e a margem de segurança ontem deu um salto enorme já que agora só faltam duas corridas.
Não que isto seja um coisa maravilhosa, pelo contrário, mostra uma passividade irritante e nos deixa com duvidas sobre a sua capacidade de reação se fosse necessário.

O fim de semana foi movimentado, com uma ajuda do regulamento já que entre o fim do treino oficial e a largada alguns pilotos mudaram de posição ao menos duas vezes devido a punições.

E foi com este clima confuso que chegamos à corrida. Quando se apagaram as luzes vermelhas o que se viu foi uma largada muito limpa e rapidíssima.
Os carros foram vencendo a sinuosa pista sem sustos e com algumas mudanças de posição.
Em uma largada agressiva Lewis Hamilton deixa para trás o Toyota de Jarno Trulli, mas não tem forças para acompanhar o carro de boi vermelho do alemãozinho Vettel, que dispara na frente para vencer de ponta a ponta sem ser incomodado sequer nos pitstops.
E mais: mesmo tendo problemas nas duas paradas.

No primeiro stint o lance mais importante foi o toque de Adrian Sutil com Kovalainen. Toque que suscitou o velho chavão “sorte de campeão” para Button e o ainda mais velho adjetivo “barbeiro” para o finlandês prateado.
É bom que ele tome jeito logo e arrume algo para o ano que vem já que para ele as coisas na Mclata estão negras.

Buemi foi o primeiro a abandonar e sinceramente nem o vi largando. Pela quantidade de besteiras que fez neste fim e semana foi melhor assim.

Outro que teria feito melhor se não tivesse largado foi Fisichella.
O cara faz o demônio com uma Force Índia, ai ganha a chance que onze entre dez pilotos sonham de pilotar uma rossa e faz aquilo que se viu ontem?
Tomar uma invertida daquelas na saída dos pits foi a coisa mais bisonha que já vi.
Para sorte do italiano, já tem emprego para o ano que vem, por que se dependesse destas provas na Ferrari para tentar garantir algo... Iria fazer companhia ao Nelsinho Piquet na fila do seguro desemprego.
Button que nunca esteve tão longe assim – em termos de pontuação – ainda conseguiu na volta da segunda parada ficar exatamente atrás do 1B, que, diga-se de passagem, fez uma prova apagadissíma.

Para terminar a corrida Jaime Alguersuari fez outra das usas e bateu o carro na 130R e provocou a ultima emoção – ainda que artificial – da prova. A entrada do safety car juntou todo mundo novamente e na re-largada o que se viu foi um Vettel tranquilo com Trulli que havia ultrapassado Hamilton na segunda parada irem até o final sem se atacarem.

Na disputa pelo título Button mais se defendeu de Kubica que atacou 1B, para nossa sorte, porque se por acaso ele ultrapassa o brasileiro nas ultimas voltas a choradeira seria tão grande que causaria novos tsunamis por todo o globo terrestre.Até em Minas, que nem mar tem...