O que se viu, e que vai ser largamente criticado por um monte de gente, foi um show de competitividade e agressividade esportiva dentro das próprias equipes.
E o melhor? Pela ponta da corrida.
Enquanto isto os carros vermelhos se arrastavam em oitavo e décimo lugar num arremedo medonho e farsesco da famigerada expressão “tragam as crianças pra casa”, “até porque é só isto que vocês podem fazer”, a ponta da corrida mostrava um leque aberto de alternativas há muito não visto.
Webber, Lewis, Vettel e Button, nesta ordem, fizeram uma largada limpa, com o inglês de capacete amarelo sendo ultrapassado e ultrapassando logo em seguida o alemãozinho dos carros de boi vermelho e seguiram nesta ordem até a rodada obrigatória (coisa idiota!) de pitstops quando Vettel ganhou a posição de Hamilton e a diversão começou.
Vettel por algum tempo se preocupou em não dar chance para que Lewis o ultrapassasse novamente.
Lewis que – como de costume – era agressivo e não se preocupava em poupar pneus e atacava com vontade até sentir que não conseguiria nada daquela forma.
Button que corria com a cabeça mantinha todos em sua alça de mira e ainda conseguia economizar o equipamento.
Vettel então começa a diminuir a distância para o canguru e vai definitivamente para briga.Ao ver isto, Luca di Montezemolo teve ter pensado: “-Não vai prestar!”.
E realmente, do ponto de vista dos italianos não prestou, porém... Eles que se f.**, nós que assistimos as corridas para vermos algo emocionante adoramos.
Webber manteve sua linha e Vettel se ferrou:
-Alemãozinho, aqui não é Ferrari e nem eu sou o Massa! – deve ter pensado Webber.
O fato é que Vettel abandonou – irritado pra cacete, sem razão – e Weber teve o bico quebrado, caindo para terceiro.
Montezemolo deve ter sorrido de satisfação com sua teoria de que não se pode prejudicar a equipe com lutas fratricidas...
Já nós, pobres espectadores sorrimos em ver gente fazendo aquilo que é o motivo pelo qual assistimos corridas: disputando posição e criando emoção.E aos que argumentarem que o dono da Red Bull não pensa assim, que vai ter de arcar com o prejuízo, eu sou obrigado a discordar: a exposição da marca RED BULL por conta do acontecido vai ser tão grande e vai ser comentada por tanto tempo que vai até justificar a pancada.
Fim das emoções?
Nada, em mais uma disputa dentro da mesma equipe, Button que vinha sendo constantemente o mais rápido foi pra cima do Lewis, que pensou:
“-Ô... Aqui não é Ferrari, eu não sou o Massa e você não vá me dar uma de Vettel!”
A disputa foi bonita e limpa e favoreceu Hamilton, embora se tivesse dado Button também seria justo. Lá atrás as novatas (Hispânia, Virgin e Lótus) se arrastavam, as da série B (Sauber, Williams, Renault, Force Índia e Toro Rosso) faziam o que lhes era possível.
E para os chatos de plantão que vão criticar, dizer que foi excesso, que foi irresponsabilidade da parte dos pilotos de carros de boi vermelhos e da McLata, fica a resposta ao titulo deste post: É na pista que as crianças brincam.
E a gente adora isto..
Ok... Ele não é turco, mas alguém ai por acaso sabe de algum artista turco que preste? E pelo menos o nome engana né?
Comentários
É isso que a gente gosta,muita disputa independente da cor do carro.
Vettel foi juvenil mais uma vez pensando que o canguru fosse recolher.
O Canguru mostrou que não faz nada além do normal,se o carro tem performance ele some,do contrário não tira da manga.
Corrida boa,e o que é melhor no seco!
abraço
PS.: "Ok... Ele não é turco, mas alguém ai por acaso sabe de algum artista turco que preste?"
Ohan Pamuk (Nobel de Literatura).
Abs.
Há muito tempo a gente não via uma disputa entre pilotos da mesma equipe!
A Formula 1 está voltando aos bons e velhos tempos...
Isso eh FATO!
Mas que o Vettel exagerou, exagerou.
E o Button, se tivesse mais tranquilidade, teria vencido.
Fiquei meio sem entender quando, logo após a disputa com Hamilton, Jenson começou a perder terreno. Teria rolado o famoso e odiado "tragam as crianças para casa"?
Abraço!
No fim, deu uma acordada no geral e rendeu uma boa sensação.
Ah, Cat Stevens dá conta do recado, mesmo não sendo turco. Digamos que há um cantor que me vem a mente chamado Tarkan, mas ele não diria q se se enquadra no quesito "artista turco que preste"...
Abs Groo!
Valeu, Coyote.
Muito bem lembrado o grande Ohan Pamuk. E, para vc, Groo, se ainda não leu, sugiro a leitura de "Neve" ou mesmo de "Vermelho".
Coyote, não é à toa que sou sua fã. E o nosso vinho? Afinal, o Hamilton ganhou!
Abraços.
É, amigo Groo, os tempos mudaram!