Analise do troca-troca

Desde que os germânicos compraram a vitoriosa equipe de Ross Brawn os bons resultados foram minando e mesmo a consistente vitória de Nico Rosberg na China neste ano ainda deixa a equipe dos carros prateados em débito.
E nem há como por a culpa na dupla de pilotos.
Rosberg é apontado como ótimo piloto e é o responsável pelos melhores resultados do time até aqui e Michael Schmacher, apesar da idade e do tempo parado merece respeito.
Não tanto, claro, como já mereceu, mas... É hepta campeão e isto ainda vale algo. Mesmo com as ultimas bobeiras que fez em pista.
Muito menos a equipe de boxes capitaneada por Ross Brawn, mestre nas estratégias e na arte de achar brechas em regulamento.
O grande problema da equipe são mesmo os carros, hora mal nascidos, hora mal atualizados.
E agora, sob pressão dos executivos da montadora por bons resultados – tem que fazer valer o investimento que é feito – não parece ser o momento em que farão um projeto campeão.

Tendo isto em vista, fica a incógnita do que pode ou não render Lewis que, diferentemente de Fernando Alonso, por exemplo, não é capaz de unir uma equipe em torno de si para procurar melhorias para o carro.
E o pior, na F1 até agora pilotou apenas os carros de Woking, obteve bons resultados apenas quando carro da McLaren se mostrava imbatível.
Ainda assim, sob estas condições conseguia perder corridas por erros bobos ou quebras bizarras.

Óbvio que tudo é passível de mudança.
E mudanças na velocidade da própria F1, porém se analisarmos o histórico da equipe Mercedes em sua reentrada na categoria chegamos à conclusão de que a ida de Lewis Hamilton para a equipe alemã pode ter sido – esportivamente – uma furada embora financeiramente tenha siso ultra vantajosa.

Já na McLaren, a chegada de Sério Perez, piloto veloz e arrojado (às vezes até demais), juntamente com os dólares da Telmex, parecem resolver dois problemas de uma vez só.
A chegada de um piloto jovem, ávido por fazer seu nome na categoria e – ainda – cheio de entusiasmo e, de quebra, um patrocínio de peso para reduzir um pouco o buraco que a saída dos dois patrocinadores principais (Vodafone e Santander) vai deixar.
Aparentemente, a equipe de Ron Denis saiu no lucro.

Porém, o mais importante é que a chegada de Perez e seus dólares dá a chance aos torcedores da Williams, por exemplo, de responder aos torcedores da McLaren que viviam dizendo que equipe grande não aluga cockpit.
E agora heim?