Como já é de habito (meu) ai vai meu conto de natal, obrigado!
Esta época do ano desperta nas pessoas - não em todas, claro - um sentimento muito bom de solidariedade e desprendimento que não conseguimos por para fora durante o ano todo.
Alguns fazem mutirão e arrecadam brinquedos para distribuir entre crianças carentes.
- Vocês ai, fora do carro, mãos pra cima e peguem os documentos! – Bradou o policial.
Aline que foi a primeira a sair do carro, pela porta do passageiro, resmungando que as duas coisas eram impossíveis de ser feitas ao mesmo tempo. Ou erguiam as mãos ou pegavam os documentos.
- Olha dona! – disse o policial – Eu sei que é noite de natal e tudo. Mas a gente não é obrigado a ouvir estas gracinhas não... Peguem ai os documentos.
Um a um desceram os cinco, entregaram os documentos, encostaram-se a uma parede, mas não ergueram as mãos.
- Tudo em ordem com os documentos... Mas e este monte de sacos? É contra bando? – Disse um dos policiais.
- Não, são brinquedos de doação. – Sávio que estava de posse de muitas notas fiscais e cartas de doação se adiantou em entregar, frustrando visivelmente o PM.
- Ok! - Disse ele, apresentando as notas ao seu superior que olha sem prestar atenção. Sopra alguma coisa para o subordinado e ele volta até o grupo. Devolve as notas fiscais e cartas de doação e pede os documentos do carro.
Marcos os entrega tranqüilo. Tudo esta em ordem.
O meganha devolve mais frustrado ainda. Olha para o superior com mais frustração ainda.
O superior que deveria ser sargento perde a paciência vendo que não arrancará nada do grupo vem até eles e diz: - Há um único lugar onde não olhamos ainda... Abre a tampa traseira do carro!
Antes que alguém tentasse dizer a ele que lá era o motor do carro ele mesmo abriu.
Mas oras! Todo ser humano sabe que atrás no Fusca fica o motor, por que diabo aquele policial não saberia.
Ele abre a tampa e de pronto grita: - E onde esta a nota fiscal deste motor aqui? Mete multa neles...
Foram multados por ter o carro muito lotado, por estarem com uma lanterna quebrada e por alterarem as características originais do veiculo.
- Dá próxima vez, indo fazer doação ou não eu apreendo o veiculo. E nunca mais andem com estes cavalos de pano ai na frente do carro. - Pntificou o policial.
- Mas são renas! Renas! - Ainda argumentou Marcos, sob os risos dos outros quatro.
- Então vou aplicar uma multa por não saber fazer renas de arame e pano... Some daqui!
Eles aceleraram o fusca-trenó e rumaram finalmente para o destino.
Ao chegarem lá, tudo compensou. Os sorrisos apagaram os momentos de aperreação na blitz. Os beijos e agradecimentos não pagariam as multas, mas e daí?
Um grupo de crianças se aproxima de Aline e com um sorriso meio confuso:
- Tia... Porque tem cavalos na frente do trenó do papai Noel?
Aline cai na gargalhada.
- São renas! Renas! – Se desespera Marcos.
- Ah! Aqueles viadinhos né? – Uma das menininhas quis esclarecer.
- Pensando bem... São cavalos mesmo... – Marcos dando-se por vencido.

Alguns fazem mutirão e arrecadam brinquedos para distribuir entre crianças carentes.
Outros organizam almoços comunitários. Tudo muito bonito e válido num país como o nosso ainda tão desigual.
A história que me proponho a contar a partir de agora é de um grupo de amigos que resolveram fazer uma ação social.
Eram eles: Felipe, engenheiro mecânico; Marcos Williams, comerciante; Rodrigo Almeida, jornalista; Sávio Moreira, químico e Aline, psicóloga.
Resolveram distribuir brinquedos numa comunidade carente na periferia de Franco da Rocha, cidade onde haviam morado na infância e adolescência.
Todos se conheciam desde os tempos de escola primaria e só se separaram de verdade ao chegar à faculdade.
Reencontraram-se por meio do orkut e descobriram que todos ainda moravam na região.
A história que me proponho a contar a partir de agora é de um grupo de amigos que resolveram fazer uma ação social.
Eram eles: Felipe, engenheiro mecânico; Marcos Williams, comerciante; Rodrigo Almeida, jornalista; Sávio Moreira, químico e Aline, psicóloga.
Resolveram distribuir brinquedos numa comunidade carente na periferia de Franco da Rocha, cidade onde haviam morado na infância e adolescência.
Todos se conheciam desde os tempos de escola primaria e só se separaram de verdade ao chegar à faculdade.
Reencontraram-se por meio do orkut e descobriram que todos ainda moravam na região.
Não em Franco, mas nas cidades vizinhas: Caieiras; Jundiaí; Cajamar etc.
Passaram a se encontrar regularmente na churrascaria ‘O Espetão’ e em um destes encontros combinaram a ação.
Arrecadaram muitos brinquedos no comércio local e compraram do próprio bolso mais um tanto.
Marcaram a entrega para a noite do dia 24 e ao cair da tarde rumaram ao local combinado.
Os brinquedos ficaram guardados na loja de Marcos que ficava no centro da cidade de Francisco Morato, também na região e a melhor localidade para comércio.
Na hora marcada Felipe estava lá. Logo em seguida chegou Aline a bordo de um VW Bora novinho. Depois chegaram juntos Sávio e Rodrigo, numa Ford Ranger na qual esperavam levar os presentes. E foi ai que Marcos chegou dirigindo um Fusca 1969 saia e blusa, vermelho e branco. Havia uma armação de arames recobertos de tecido, muito, mas muito estranha.
- O que é isto, Marcão? – Perguntou Sávio.
- Poxa, não tá reconhecendo? Ninguém está reconhecendo? – Perguntou para o grupo que olhava o insólito fusquinha e balançava a cabeça negativamente.
- É o trenó de Papai Noel pô! – Arrematou.
- Trenó? Quer dizer que esta armação de arame com pano ai na frente são cavalos? – Quis saber Aline.
- Renas! São renas.
- Renas? Não parece... – Sávio, segurando o riso.
- Ah não? Não parece? Parecem os cavalos da Aline então?
- Nem! – Disse Felipe.
- Bom... Gente. Vamos ter boa vontade com o Marcão né? Ele nunca teve habilidade manual mesmo! – Era a primeira intervenção de Rodrigo, que sempre que se deparava com uma situação cômica ou constrangedora demais tossia.
Marcos não tomou aquilo como ofensa ou gozação, apenas constatação. Ouviu também que a idéia dos outros quatro era usar a Ford Ranger para levar os presentes todos, só ai não concordou. Queria fazer algo diferente, por isto decorara o Fusca da família daquela forma.
Ninguém quis discutir e nem achou a idéia tão absurda assim. Apenas o fusca que estava muito feio. Mas é natal e talvez as crianças nem notem que tem cavalos e não renas na frente do ‘trenó’ de papai Noel.
- Não são cavalos, são renas...!
Colocaram todos os presentes no Fusca, sob o capo; embaixo do tampão atrás do banco traseiro e no assoalho. Todos ficaram muito apertados, mas é natal e causa é boa.
Saíram pelo centro da cidade e logo tomaram a Avenida São Paulo, longa e sinuosa.
Ao chegarem a Franco da Rocha pelo bairro de Vila Bazu, que é considerado - injustamente, diga-se - são parados por uma blitz policial.
Os investigadores deixaram passar alguns carros um tanto suspeitos, em suas óticas, claro para poder parar a viatura do bom velhinho.
Arrecadaram muitos brinquedos no comércio local e compraram do próprio bolso mais um tanto.
Marcaram a entrega para a noite do dia 24 e ao cair da tarde rumaram ao local combinado.
Os brinquedos ficaram guardados na loja de Marcos que ficava no centro da cidade de Francisco Morato, também na região e a melhor localidade para comércio.
Na hora marcada Felipe estava lá. Logo em seguida chegou Aline a bordo de um VW Bora novinho. Depois chegaram juntos Sávio e Rodrigo, numa Ford Ranger na qual esperavam levar os presentes. E foi ai que Marcos chegou dirigindo um Fusca 1969 saia e blusa, vermelho e branco. Havia uma armação de arames recobertos de tecido, muito, mas muito estranha.
- O que é isto, Marcão? – Perguntou Sávio.
- Poxa, não tá reconhecendo? Ninguém está reconhecendo? – Perguntou para o grupo que olhava o insólito fusquinha e balançava a cabeça negativamente.
- É o trenó de Papai Noel pô! – Arrematou.
- Trenó? Quer dizer que esta armação de arame com pano ai na frente são cavalos? – Quis saber Aline.
- Renas! São renas.
- Renas? Não parece... – Sávio, segurando o riso.
- Ah não? Não parece? Parecem os cavalos da Aline então?
- Nem! – Disse Felipe.
- Bom... Gente. Vamos ter boa vontade com o Marcão né? Ele nunca teve habilidade manual mesmo! – Era a primeira intervenção de Rodrigo, que sempre que se deparava com uma situação cômica ou constrangedora demais tossia.
Marcos não tomou aquilo como ofensa ou gozação, apenas constatação. Ouviu também que a idéia dos outros quatro era usar a Ford Ranger para levar os presentes todos, só ai não concordou. Queria fazer algo diferente, por isto decorara o Fusca da família daquela forma.
Ninguém quis discutir e nem achou a idéia tão absurda assim. Apenas o fusca que estava muito feio. Mas é natal e talvez as crianças nem notem que tem cavalos e não renas na frente do ‘trenó’ de papai Noel.
- Não são cavalos, são renas...!
Colocaram todos os presentes no Fusca, sob o capo; embaixo do tampão atrás do banco traseiro e no assoalho. Todos ficaram muito apertados, mas é natal e causa é boa.
Saíram pelo centro da cidade e logo tomaram a Avenida São Paulo, longa e sinuosa.
Ao chegarem a Franco da Rocha pelo bairro de Vila Bazu, que é considerado - injustamente, diga-se - são parados por uma blitz policial.
Os investigadores deixaram passar alguns carros um tanto suspeitos, em suas óticas, claro para poder parar a viatura do bom velhinho.

Aline que foi a primeira a sair do carro, pela porta do passageiro, resmungando que as duas coisas eram impossíveis de ser feitas ao mesmo tempo. Ou erguiam as mãos ou pegavam os documentos.
- Olha dona! – disse o policial – Eu sei que é noite de natal e tudo. Mas a gente não é obrigado a ouvir estas gracinhas não... Peguem ai os documentos.
Um a um desceram os cinco, entregaram os documentos, encostaram-se a uma parede, mas não ergueram as mãos.
- Tudo em ordem com os documentos... Mas e este monte de sacos? É contra bando? – Disse um dos policiais.
- Não, são brinquedos de doação. – Sávio que estava de posse de muitas notas fiscais e cartas de doação se adiantou em entregar, frustrando visivelmente o PM.
- Ok! - Disse ele, apresentando as notas ao seu superior que olha sem prestar atenção. Sopra alguma coisa para o subordinado e ele volta até o grupo. Devolve as notas fiscais e cartas de doação e pede os documentos do carro.
Marcos os entrega tranqüilo. Tudo esta em ordem.
O meganha devolve mais frustrado ainda. Olha para o superior com mais frustração ainda.
O superior que deveria ser sargento perde a paciência vendo que não arrancará nada do grupo vem até eles e diz: - Há um único lugar onde não olhamos ainda... Abre a tampa traseira do carro!
Antes que alguém tentasse dizer a ele que lá era o motor do carro ele mesmo abriu.
Mas oras! Todo ser humano sabe que atrás no Fusca fica o motor, por que diabo aquele policial não saberia.
Ele abre a tampa e de pronto grita: - E onde esta a nota fiscal deste motor aqui? Mete multa neles...
Foram multados por ter o carro muito lotado, por estarem com uma lanterna quebrada e por alterarem as características originais do veiculo.
- Dá próxima vez, indo fazer doação ou não eu apreendo o veiculo. E nunca mais andem com estes cavalos de pano ai na frente do carro. - Pntificou o policial.
- Mas são renas! Renas! - Ainda argumentou Marcos, sob os risos dos outros quatro.
- Então vou aplicar uma multa por não saber fazer renas de arame e pano... Some daqui!
Eles aceleraram o fusca-trenó e rumaram finalmente para o destino.
Ao chegarem lá, tudo compensou. Os sorrisos apagaram os momentos de aperreação na blitz. Os beijos e agradecimentos não pagariam as multas, mas e daí?
Um grupo de crianças se aproxima de Aline e com um sorriso meio confuso:
- Tia... Porque tem cavalos na frente do trenó do papai Noel?
Aline cai na gargalhada.
- São renas! Renas! – Se desespera Marcos.
- Ah! Aqueles viadinhos né? – Uma das menininhas quis esclarecer.
- Pensando bem... São cavalos mesmo... – Marcos dando-se por vencido.

Um feliz natal a todos e muito obrigado por lerem com paciência todas as besteiras que escrevi.
E um feliz natal especial a minha família. Val, Caíque, Luiz, Gabriel e minha sogra Odete, aos quais sonego algumas horas de atenção para poder cuidar desta que é uma de minhas paixões.
E um feliz natal especial a minha família. Val, Caíque, Luiz, Gabriel e minha sogra Odete, aos quais sonego algumas horas de atenção para poder cuidar desta que é uma de minhas paixões.
Comentários
UM feliz e bom Natal a Você.
ABS
Abraços,
LAP
Deixe que as renas falem por si só!
FELIZ NATAL e um 2009 pra lá de especial pra você e toda a sua turminha.
Grande abraço.
FELIZ NATAL GROO!!!
Já desejei, mas nunca é demais: Feliz Natal pra todo mundo aí na sua casa, Groo!
Quanto a nossa polícia: São renas, não cavalos.
Feliz Natal e um beijo para toda a família.
Um Feliz Natal pra vc e pra sua família...
Feliz Natal pra Todos!
bjs
Excelente conto, feliz natal para você, familiares e amigos.
FELIZ NATAL e FELIZ 2009 !!!!
Tudo de bom viu??
Bjinhos do Octeto para vc!!!
Tati
Feliz Final de Natal.
Esse conto é uma bela fábula... aliás, fabuloso... hehehe.
abraços!
E hoje temos essa facilidade de ler coisas boas que estão escritas no BligGroo. E o melhor, ler praticamente em tempo real o que o escritor acabou de escrever. E são leituras ricas, que faz nossa imaginação viajar pelo tempo.
Groo, você é ótimo.
Feliz Natal pra ti, pra Val, Caíque, Luiz, Gabriel e pra tua sogra Odete.
Obrigado pelo presente que é a sua amizade.
Um grande abraço!!
SAVIOMACHADO
Tudo de bom pra vc e sua família e que 2009 seja um ano de sucesso pra vc!
Bjks
Um feliz Natal a você e a sua família.
Um pouco atrasado, é verdade, mas não poderia deixar de desejá-los. Saúde e sucesso!
Abração
Desejo a todos aí um ótimo 2009 (já que o natal já passou), com muita saúde, paz...
Eu acabei fazendo uma boa ação nesse natal...
Depois conto mais detalhes...
Beijos,
Larissa
Aproveito a visita para desejar um ótimo 2009 para você e sua família!
Parabéns, pela sempre divertida crônica! Em breve retornarei para ler os posts e as crônicas mais antigas, que perdi nos últimos meses.
Um forte abraço.
Me resta desejar que em 2009 sua criatividade continue efervecendo.
Abraços
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