- Amor... Amor! Amor? – Ele a chamou varias vezes sem obter resposta.
- Andei olhando os extratos de nossas contas e os dos seus gastos no cartão de crédito...
Ela continuava sem lhe dar ouvidos. Já estava cansada daquelas conversas sobre gastos.
- Olha... Gastar $400 milhões de dólares é um tanto abusivo, cê não acha?
Ela continua sem responder, cortando as unhas do pé.
- Veja bem... – continua ele – Estamos num período difícil e perigoso. Muita gente boa, e bem mais forte que nós já teve problemas e se não sumiu do mapa financeiro, pelo menos encolheu.
Ela continuava impassível. Agora escolhendo o esmalte.
- De forma que eu pensei então... Que tal se a gente diminuísse os gastos? Fizesse um plano para corte de custos? Seria uma boa, não? Ao menos nos manteria ativos enquanto o momento turbulento não passa...
Ela escolhe um esmalte de cor tradicional: "Vermelho Maranello" e começa o delicado ritual de pintura das unhas...
- Pensei em diminuir nossas viagens ao exterior, limitar o numero de carros em nossa garagem, padronizar as marcas para obter desconto com os fabricantes. O que você me diz?
Ela nem lhe dá ouvidos. Permanece dobrada sobre si própria, espalhando o esmalte com o minúsculo pincel que vem preso à tampa do vidro. Porém sua respiração já mostra que não está contente com o rumo da conversa.
Então ele se enche daquele pouco caso todo e brada aos quatro ventos.
- Se é assim então vou limitar os gastos num corte brusco! Não quer me ouvir e me dar razão então tá! Estou limitando os gastos a meros $50 milhões, e você que se vire!
Então ela se ergue. Tampa o esmalte e o deposita sobre a mesinha, olha bem nos olhos dele e num grito só expressa o que está sentindo:
- Então quero o divórcio!
Provavelmente teremos muita briga ainda...
- Andei olhando os extratos de nossas contas e os dos seus gastos no cartão de crédito...
Ela continuava sem lhe dar ouvidos. Já estava cansada daquelas conversas sobre gastos.
- Olha... Gastar $400 milhões de dólares é um tanto abusivo, cê não acha?
Ela continua sem responder, cortando as unhas do pé.
- Veja bem... – continua ele – Estamos num período difícil e perigoso. Muita gente boa, e bem mais forte que nós já teve problemas e se não sumiu do mapa financeiro, pelo menos encolheu.
Ela continuava impassível. Agora escolhendo o esmalte.
- De forma que eu pensei então... Que tal se a gente diminuísse os gastos? Fizesse um plano para corte de custos? Seria uma boa, não? Ao menos nos manteria ativos enquanto o momento turbulento não passa...
Ela escolhe um esmalte de cor tradicional: "Vermelho Maranello" e começa o delicado ritual de pintura das unhas...
- Pensei em diminuir nossas viagens ao exterior, limitar o numero de carros em nossa garagem, padronizar as marcas para obter desconto com os fabricantes. O que você me diz?
Ela nem lhe dá ouvidos. Permanece dobrada sobre si própria, espalhando o esmalte com o minúsculo pincel que vem preso à tampa do vidro. Porém sua respiração já mostra que não está contente com o rumo da conversa.
Então ele se enche daquele pouco caso todo e brada aos quatro ventos.
- Se é assim então vou limitar os gastos num corte brusco! Não quer me ouvir e me dar razão então tá! Estou limitando os gastos a meros $50 milhões, e você que se vire!
Então ela se ergue. Tampa o esmalte e o deposita sobre a mesinha, olha bem nos olhos dele e num grito só expressa o que está sentindo:
- Então quero o divórcio!
Provavelmente teremos muita briga ainda...

Comentários
Perfeito, Ron
Mas que o limite de 50 doletas viria bem a calhar, ah! isso viria. Quem sabe até Mr.Jordan e seus animal-cars não poderiam voltar a abrilhantar o grid...
Groo, você mesmo o outro dia relatou que o fechamento da equipe Honda “desempregou” 1000 pessoas, cá pra nós: É muita gente para colocar duas baratas para correr, além é claro daqueles monstrengos que parecem casa de novo-rico dos seus conteiners empilhados em substituição dos simples e eficientes motorhomes, é água perrier para todo mundo, cozinheiros dos oito cantos do universo e o escambau. E ainda não entramos na eletronica embarcada e seus 30 engenheiros enfurnados nos fundos dos boxes brincando de super nintendo com os pilotos na pista, é informação sobre tudo, temperatura até do fiofó do piloto e de brinde ainda fornecem o período ideal de acasalamento dos ornitorrincos de rabo curvo, quando na realidade quem deveria “buscar” esses valores seria o piloto com a sensibilidade que faz a diferença.
Jack Brabham afirmou ( eu mesmo vi a entrevista na série “correndo no tempo” do History channel, ninguém me contou) que gastara 70,000 dolares em média por temporada quando sua equipe foi bi campeã na década de 60,(temporada dessa belezura que você deixou como foto de abertura de seu blog) corrigindo isso no melhor dos índices podemos chegar a um valor atualizado de digamos 2 milhões de dólares, ou seja só o que o Fernandito ganha por ano pagou a temporada inteira de TODAS AS EQUIPES PARTICIPANTES NAQUELES DOIS ANOS!!!!!! É aí que mora o “X” da questão, quando chegamos no final da década de 70 achei que a F1 tinha alcançao o máximo tolerável em matéria de gastos e salários, afinal foi no final dessa década que os pilotos de F1 passaram a ser “exclusivos” e não precisavam fazer “bico” correndo em qualquer merda que se mexesse para arrumar uns cobres a mais no final do mês, o que vemos agora é um devaneio desvairado em torno do dinheiro e salários ridiculamente astronômicos, vivendo em um planeta aonde dois terços das pessoas não têm ao menos acesso a água encana e pelo menos metade da polulação não consegue ingerir a quantidfade mínima de calorias recomendadas pela OMS, NINGUÉM PODERIA GANHAR MAIS DE 500.000 DÓLARES POR ANO, PORRA!!!!! somos todos passageiros da mesma espaçonave, caixão não tem gavetas e todo mundo vai morrer um dia inexoravelmente, já nascemos sentenciados a isso e tem filho da puta que é capaz de vender a própria alma e dignidade - vide Barrichello e seu nefasto episódio de ter que deixar o alemão tomar a sua corrida a 100 metros da linha de chegada, tendo como desculpa unica e exclusivamente um “contrato” e é claro a grana … Ou seja, o camarada não tem aonde empurrar mais dinheiro na conta, já garantiu o futuro da sua prole até o fim da via láctea e ainda é capaz de vender sua dignidade por mais alguns milhõezinhos que o corno não tem nem aonde botar….
Desculpe pelo desabafo Groo, dinheiro é importante e não vivemos sem ele, também gosto das coisas boas da vida,mas tudo tem um limite e nós vamos morrer soterrados por papel pintado sem ter o que comer, todo o dia faço uma oração para que essa bendita crise coloque esse mundo suicida na linha….
E bem lembrado, como seria bom ver a Jordan com os carros abelha de novo... acha massa akeles carros amarelos.
Não se quaol dos dois vai apanhar, mas tenho certeza de que vai ser feio.
Sei lá Ribeiro, pode nivelar a coisa por baixo.
Acho que é porque ele não é louco de deixar acabar, ele vai dar um jeito de acontecer Marcão.
Ruben, seu comentário coube perfeitamente aqui também. Foi perfeito. Valeu!
Se forem melhor ainda Paulo, abre espaço no orçamento da FIA para os garagistas como o Jordan.
Ah vai... Daniel, vai ser horrivel. hehehehe.
Parabéns, ótimo texto!