Meia corrida que valeu por todos os Gps da Malásia

Antes de começar este texto peço desculpas pelo atraso em sua publicação. Contarei o motivo contarei na edição de quarta feira próxima. Aguardem, foi surreal.

A imbecilidade humana não pode ser medida em nenhuma escala conhecida.
Não existem parâmetros para compará-la a nada.
Porém se pudéssemos quantificar de alguma forma a imbecilidade dos dirigentes da FIA e dar a esta quantificação um nome talvez o melhor fosse: Universal.
São uns imbecis universais. Não conheço termo mais amplo e nem nada maior.

A F1 realmente mudou. Não restam duvidas.
Quando uma corrida normalmente chata e sonolenta como a Malásia se desenvolve da forma como foi esta edição só pode ser sinal de que realmente mudou. Me rendo.
Foram grandes emoções e muitas ultrapassagens. Coisa que o circuito malaio nunca ofereceu.
E isto antes da chuva.
Para se ter uma pálida ideia, ano passado torcíamos para que chovesse. Desta vez torci ferrenhamente para que o tempo se mantivesse firme – apesar das nuvens – e seco.
A largada trouxe mais uma vez um carro da Brawn largando mal. Porém desta vez não foi 1B, mas sim Jenson Button. O que me faz pensar que as Brawn não são tão perfeitas assim.
São ruins de largada e pelo visto não se pode nem culpar os pilotos por isto.
Uma pena... Eu adoraria por na conta deles mais este defeito.
Jenson larga mal e perde sua posição para Trulli, Alonso e para Nico "Hickman" Rosberg que pulou para a ponta e abriu. Só sendo superado nos boxes.
Foi tão movimentado em diversas partes da corrida não conseguia saber a ordem certa dos carros na pista. De baixa sentida mesmo, só Kubica que com problemas no carro não conseguiu largar corretamente, abandonando logo após as primeiras curvas.
Os outros abandonos mais memoráveis como o de Sebastian Vettel, por exemplo, foram coisas normais de corrida de automóveis: quebra. Ah, claro! Esqueça Heikki Kovalainen. Este não sabe o que está fazendo lá e, desconfio que nunca vá saber.
Ok... A briga pela liderança foi decidida em uma parada de boxes, da forma que Ross e Schumacher elevaram a categoria de arte nos bons tempos. Em uma estratégia perfeitamente executada. E olha que Jenson nem é lá estas coisas todas...
Sente-se ai a pesada mão de Ross na direção da equipe lá no pitwall.
Falando nisto, será que Luca de Montezemolo esta sentindo falta dele pelas bandas de Maranello? Deveria.
Nenhuma Ferrari na zona de pontos.
Domenicalli, aquele que é outro paspalhão de uma ova, não é digno de dirigir a equipe mais tradicional da F1. Sua burrice é quase tão universal quanto à imbecilidade daqueles que conseguiram abreviar a melhor corrida de F1 que a Malásia já teve.
E é aqui que entra a tal imbecilidade universal dos velhinhos da fuzarca de que falei lá em cima. As múmias foram avisadas, e não foram poucas vezes, de que na Malásia, nesta época do ano costuma chover forte nos fins de tarde.
Ainda assim insistiram em marcar a corrida para cinco da tarde para que europeus pudessem assistir em um horário mais confortável o GP.
Como se nós sul americanos não tivéssemos que acordar de madrugada para ver as corridas no oriente e até na Austrália.
Deu no que deu. A chuva caiu no horário e na intensidade prevista e como demorou a cessar outra previsão se confirmou. Está muito mais óbvia: Anoiteceu.
Palmas para Bernie e Max.
Um dia estes dois imbecis vão conseguir acabar com a categoria.
Demorou anos para que a competitividade voltasse e os dois paspalhões de uma ova só fazem atrapalhar.
Corrida interrompida por mais de quarenta minutos e depois de muita especulação, foi dada como encerrada.
No fim uma justa vitória de Jenson Button.Seguido de Nick Haidfeld e Timo Glock completando o pódio.
Como desta vez não houve acidentes a sua frente, 1B não foi ao pódio.
Já vi este filme antes... Não demora e ele vai começar a reclamar do carro; da equipe; do Button; da pista; do vento; dos pássaros; do Lula; do Ronaldo no Corinthians; de ser um brasileirinho contra o mundo etc, etc, etc...
Desta vez nem vai ser necessário uma analise fria, a corrida – enquanto houve – foi sensacional.
Que venha a China, que também costuma ser outro soporífero, porém já começo achar que este ano, até aquela pista vai nos render emoções.Estas mudanças todas não só salvaram a F1 de sua monotonia como também livraram a cara do Tilke e seus autódromos plastificados... Aleluia!