AAF 447

Não gosto da entrada de um monte de zé ninguen na F1.
Não gosto de semanas em que as corridas ficam em segundo plano.
Não gosto nem de ouvir falar em Susan Boyle.
Não gosto das noticias que nos chegam do congresso.
Não gosto do senado sob a égide de José Sarney.
Teria um monte de coisas para escrever até, se me sentisse à vontade, mas infelizmente não consigo pensar em nada mais que isto:

"Dentro de instantes estaremos pousando
As luzes lá em baixo dizem que sim
Mas o escuro no meu coração
Diz que este vôo não vai ter fim
Sobrevoar casas tão pequenas
Que eles chamam, lar doce lar
Se embriagar de vida amarga
Até não poder aterrissar
Nesta janela persiste o seu rosto
Na minha alma insiste a sua ausência
E na angustia, a dúvida e o medo
De não haver saída de emergência"


No fundo mesmo eu não gosto é de avião.

Comentários

Speeder76 disse…
Eu sei disso. Lembro-me das nossas conversas na altura do acidente da TAM em Congonhas. Sei que nunca puseste os pés num, e com isto tudo, provavelmente nunca colocarás.


É sempre triste um evento destes, especialmente num avião com fama de seguro, numa rota que nunca teve qualquer incidente, e numa ocasião onde é raro, muito raro acontecer tal coisa sem o envolvimento do factor humano.


Confesso que sinto neste momento uma angustia e um vazio, e claro, não conhecia ninguém que ia nesse avião. Talvez pelo facto de, quer eu, quer o meu pai, iremos em breve fazer viagens aéreas. O avião é mais seguro do que o carro ou o autocarro (ônibus), é certo, e já fiz centenas de viagens em ambos os meios de transporte. Mas isto é diferente, principalmente quando ainda não sabemos como isto aconteceu.
Cezar Fittipaldi disse…
Eu adoro aviões. Adoro. E tenho medo de morrer voando. Já voei de tudo: aviões pequenos, médios, ultraleves, trikes....já fiz minha cota de besteiras. Meu coração se aperta quando acontecem acidentes aéreos. Também detesto Sarney e todo o ranço de atraso que ele representa. E detesto "fenômenos midiáticos de quinta categoria" como essa infeliz senhora escocesa. Infeliz e feia. aff....

abraço
Unknown disse…
eu não gosto mesmo é de falta de corridas

e não gosto de Casey Stoner, assim que tava torçendo por Lorenzo
Anônimo disse…
eh Groo, eu tb estou apreensivo aki. Ainda não postei no meu blog, mas farei hj, mas que é complicado é bastante. Abs
Bruno disse…
Poxa, Groo. Compartilho dos seus desgostos também e nunca entrei em uma avião, mas acho que é questão de tempo...

Abraços.
Marcos Antonio disse…
eu como ando de avião as vezes, fico até mais apreensivo do que não andou,porque podia ter acontecido comigo. Mas como me disseram na primeira vez que viajei d eavião, é mais fácil vc ganahr sozinho na loteria do que estar em um avião que vai cair, então eu prefiro acreditar nisso!

E eu gosto da Susan Boyle e tenho pena do que a mídia inglesa tá fazendo com ela...
Felipão disse…
Eu gsoto de avião, que é mais seguro que picada de abelha. Foi uma fatalidade o que aconteceu,,, tão falano em granizo, meteorito... as explicações pra algo assim não são fáceis de serem encontradas...
Felipe Maciel disse…
Um triste mistério. Não sabemos e talvez jamais conseguiremos descobrir tudo o que aconteceu ali. A importância disso seria evitar que as falhas voltem a se repetir no futuro, dentro do possível, claro. Mas o que fica é a empatia e lamentação de quem vê de fora e tristeza das famílias das vítimas do desastre.
Unknown disse…
é Ron pode até parecer mais seguro,
mas acho que gostamos mais de carros pq é so freiar que para xD (ou não).
MSTeam Crew disse…
Assim como amo F1, também amo a aviação. A beleza de um F1 entrando numa curva é similar a de um Boeing, um Airbus ou um McDonnell Douglas com o trem baixo e full flaps down instantes antes do toque com a pista.

Ambas as coisas mexem demais com meus sentimentos, tanto para o bem quanto para o mal. Da mesma forma que fico embasbacado ao ver uma aeronave arqueando suas asas na decolagem, sinto-me arrasado, triste e de luto quando ocorrem eventos como esse. No automobilismo é igual, e para aqueles que vivem em ambos os mundos o risco sempre é conhecido e vive à espreita, com a fatalidade adormecida mas infelizmente esperando o ápice do momento em que uma cadeia de eventos leva ao desastre.

Sob esta ótica, a aviação e o automobilismo são rigorosamente iguais. Talvez por este motivo eu seja apaixonado por ambos.

RIP F-GZCP. Que tanto a aeronave quanto as 228 pessoas a bordo possam continuar voando em céus muito além do nosso alcance.
Nicholas disse…
Triste mesmo Groo...

e triste será a confirmação do imaginario de todos....
Caro Groo:

Amo aviação também e tudo que a envolve, só acho monótono viajar de avião de carreira, mas tivesse oportunidade de pilotar um avião acho que gostaria quase tanto gosto de F1.
Anônimo disse…
Gostaria de nunca precisar voar... mas acho que isso será inevitável. Compartilho do seu medo e do seu sentimento.
Daniel Médici disse…
Putz Groo, eu já passei pela mesma rota do AF 447. Uma das lembranças mais agradáveis que guardo é ter acordado, aberto a escotilha e visto o Atlântico de lá de cima, extremamente azul. É terrível pensar o quão frágil somos, é terrível pensar que eu poderia estar lá naquee voo. Mas quer saber?, se eu tivesse oportunidade, entraria no primeira avião para Paris.
SAVIOMACHADO disse…
Concordo com o Felipão. É uma fatalidade. Mas sinceramente eu também não gosto de viajar de avião. Odeio a hora que decola.
Abraço.
SAVIOMACHADO
Eu confesso que não gosto de viajar de avião, não gosto de ficar presa em um lugar, e principalmente detesto ficar à mercê de alguém ou de alguma coisa e é exatamente esta a sensação que eu tenho quando estou no avião, esteja ele ou não já em velocidade de cruzeiro. Mas os aviões são mais que meio de transporte são meios de ligação entre realidades diferentes, por vezes te levam do cotidiano seu para o seu sonho.

Tenho por costume rezar sempre antes de entrar no avião e durante todo o processo de decolagem e aterrissagem, tb durante turbulências. Semana passada, como vc leu no meu outro blog, passei por uma "moderada" um dia depois daquele problema na TAM, felizmente o alerta do que houve com a TAM evitou que nos feríssemos no voo da GOL SP-RECIFE, mas não evitou o susto.

Por isso também tenho por costume de ver as pessoas que amo um dia antes de embarcar ou horas antes (dependendo se o voo é noturno ou diurno). Pro caso de se algo acontecer (e eu sou fatalista e dramática demais como eu sempre acha que algo ruim vai acontecer), eu quero sempre que as pessoas saibam o quanto eu as amo.

Semana passada, quando o avião da GOL deu duas caídas durante a turbulência eu só pedia a Deus para não morrer numa viagem a trabalho que eu sequer gostaria de ter feito.

Já tenho planos para viajar de avião em outubro e ano que vem e nos próximos anos. É a vida. E medo faz parte dela (meu intestino é que parece nunca vai se acostumar com isso:P).
Ingryd disse…
é muito triste tudo isso, porém, eu continuo amando voar, toda vez que uma viagem se aproxima, fico totalmente excitada, principalmente a parte da decolagem, onde a aceleração é tamanha que gruda seu corpo a poltrona, AMO.
Não perco o meu prazer, ando mais de carro do que de avião, e com certeza tenho mais chances de morrer andando no meu possante, do que de carona em um passaro de metal.
Mas é desconcertante não ter noticias, e não dá pra colocar culpa em ninguem por isso, a extenção dos provaveis pontos do acidente é enorme, no meio de uma parte profunda e acidentada do oceano Atlantico, sorte será mais do que necessario pra achar as caixas e pretas e mais pedaços de fuzelagem.
Mas entendo a situação que vivem as familias, os amigos, os dois países, a companhia, ninguem gosta que coisas assim aconteçam, ninguém fica feliz com isso. Entristece todos, e ficamos aqui, apreencivos esperando por respostas que talvez, nunca sejam conhecidas.
MSTeam Crew disse…
Groo, obrigado pelo seu comentário em meu blog, e fico feliz pela compreensão das minhas palavras. A paixão pela aviação e por automobilismo surgiu e mim quase que simultaneamente, antes dos 6 anos de idade, em dois eventos semelhantes: ganhei de aniversário uma miniatura de um Brabham e de um 747 da Varig. Nem preciso dizer o quanto isso mexeu com a cabeça do moleque...

Faço minhas as palavras da Ingryd: nunca poderemos imaginar totalmente o que estão passando essas pessoas, e o que é pior, sem saber se poderão recuperar seus entes queridos para lhes dar um funeral digno.

Talvez seja impossível, talvez a imensidão do oceano seja o local definitivo para muitas das pessoas a bordo. Além de lamentar a tristeza do acidente, lamento também que somente nesses momentos de tragédia todos nós sejamos iguais independente da nacionalidade. Se em vez de sermos irmãos na dor, poderíamos todos ser irmãos na alegria.

Um abraço e add vc na minha lista.
hehehe..verdade GROO