Os funkeiros da F1

E lá vêm eles...
A periferia do automobilismo mundial vai entrar em cena ano que vem. Ao menos é isto que prometem. Se vão estar mesmo na Austrália só o tempo dirá.
Quem lê meu blog ou os comentários que fiz ao longo dos anos sabe o quanto eu torci pela volta dos garageiros em detrimento das grandes montadoras. Só não queria que fosse assim: De forma artificial e cheirando a politicagem.

O tal teto vai trazer novos times, encher grid e tudo o mais. Pode até mesmo revelar alguns grandes nomes, porque não?
Porém também pode trazer coisas altamente desagradáveis como aventureiros; amadorismo em excesso; acidentes bobos e até mortes.

Não que esteja pitonizando ou desejando isto, porém temos de ser realistas quanto à qualidade dos pilotos, profissionais e também dos materiais que estes novos integrantes da categoria irão se utilizar para se enquadrarem no teto orçamentário e ainda ter algum lucro, que ninguém entra nesta para jogar dinheiro fora ou ter prejuízo.
E se por um lado seria interessante ver a volta das banheiras sobre rodas e cheias de gasolina – lembre-se que o regulamento proibirá o reabastecimento, aumentando assim a quantidade de combustível embarcado – por outro é temerário.
Colocar estas bombas em mãos de pilotos pagantes e nem sempre lá muito bons, apenas para garantir um troco a mais com a publicidade que este sujeito pode trazer a carenagem de seus carros vai ser corriqueiro. E. não tem brainstorm de engenheiro - por melhor que forem - que de jeito em falta de talento.

Equipes como as inacreditáveis Superfund (fundo do grid em superlativo?), Episilon Euskadi, ISport, Campos Racing e Litespeed, juntas a estas que, ao que parecem, querem ganhar alguma credibilidade usando nomes tradicionais e históricos do passado como Brabhan e March.
Ou até mesmo a vexaminosa Lola, que em suas ultimas corridas tomava onze segundos do poleposition, vão tentar formar os grids do ano que vem junto com as atuais.
Levando em consideração que ninguém espera que as atuais percam suas vagas em pré classificações. Ou será que perdem?
A categoria não chegou a seu atual estágio de segurança e competitividade poupando dinheiro e sim investindo pesado em pesquisas de material.
Se há algo de bom na gestão dos velhinhos da fuzarca é que desde o fatídico “Primeiro de Maio de 1994” não temos acidentes fatais e nem com conseqüências irreversíveis na F1.
Poderão os funkeiros do grid manter isto?

Sim... Porque enquanto as atuais equipes podem ser ditas e vistas como artistas de carreiras estabelecidas, seja no rock ou em qualquer estilo, vejo estas novas equipes como os cantores de funk que assolam nosso mainstream.
Musica de baixo custo e qualidade zero.
Enquanto, por exemplo, a Ferrari e a Mclaren cantam: “Excuse me while I kiss the sky...” , as novas viriam com algo tipo: “Chão, chão, chão...”Sacou?

Comentários

Will disse…
Na minha opinião, o circo da F1 nunca justificou tanto o nome "circo" quanto agora.
Isso está uma palhaçada!
Felipão disse…
Concordo...e de todas, somente a usgpe e a prodive parecem ser sérias...
Anônimo disse…
Hahahahaha, "chão chão chão" é foda.

É, na verdade eu sou a favor do seguinte: entra quem quiser, fica quem quiser, sai quem quiser.A FIA tem que fazer regras claras e igualitárias, e as equipes que se adequem a elas.

A polêmica em si não foi o teto; foi a divisão do regulamento.

Só que agora estão 10 a 10. Pq já são 10 novas equipes.

Acho que entram Prodrive, Campos e USGPE. E só.
tem umas q vão fica só no projeto mesmo... mas descordo de vc sobre a Campos... essa parece ter estrutura boa... corro riscos mas, acho q estreiará e será a melhor das aspirantes a vaga no ano que vem.

mas nesse caso só o tempo é o senhor da verdade, enquanto isso é botar o tampão no ouvido mesmo... só "chão, chão, chão" hehehehe

abs!!
MSTeam Crew disse…
Groo, voce falou exatamente o que penso sobre isso. Meu receio é que tenhamos novas Simteks, Pacifics e Forti Corses no grid, que não acrescentam absolutamente nada no quesito qualidade de performance e acrescentam MUITO o receio de acidentes graves.
Luis Orsolon disse…
Textos sempre precisos... mas curto mais ainda as suas tiradas Groo: "Equipes como as inacreditáveis Superfund (fundo do grid em superlativo?)" hahaha

Abraços!
Nicholas disse…
é provavelmente isso que vá acontecer....os EUA não tem pilotos de capacidade para pilotar um F1 no momento...e se USF1 vier com ideia total de nacionalização (e acredito que ela entra justamente por ser americana!!!) seria um grande problema..

mas a Prodrive e Campos são de destaque significativo.... não são amadores brincando de publicidade... e isso pode trazer algum credito aos novos times... somados aos já presentes, acredito que vão ser essas as equipes no proximo ano o que nos leva a ter no minimo 2 carros com pilotos pagantes...(pois a Prodrive ainda deve pegar algo da McLaren e a Campos pilotos oriundos da GP2)...

e veremos!!!...rs
Anônimo disse…
eu tb acho q a Campos é uma equipe que possa ser levada a sério. Groo, mas vc se lembra do passado qdo a F1 tb recebia estas pseud-equipes.... isso está no DNA da F1 e acho dificil tirar. É como o Hugo Becker falou, entra quem quiser, fica quem quiser e q a FIA se vire pra botar essa casa em ordem. Flw
Tohmé disse…
Vai ser aquele festival de porcarias, saindo na imprensa aqueles desenhos e "patrocinadores".
Depois uma simples nota de desistênica.
Imagine uma equipe com o nome de Episilon Euskadi
No início da temporada a gente se preocupava com o grid vazio, agora nos preocupamos com o grid cheio demais.....JÁ PENSOU SE COLOCAM 24 ou 26 CARROS EM MONACO ?????(num dia de chuva) tem que se pensar em segurança.