João Rubinato nasceu em Valinhos, São Paulo em 1910, e como atesta seu principal biógrafo Celso de Campos Jr., nunca foi muito chegado aos estudos e nem ao trabalho pesado: queria mesmo era ser cantor de sambas na tradição de Noel Rosa.
Chegou a fazer testes em uma rádio paulistana onde ouviu do técnico de som que: ”Sua voz é boa… Pra acompanhar velório”.
Nem assim desistiu.
Adoniran Barbosa nasceu na capital Paulista em 1934.
Desempregado e sem ‘cartaz’ - como se dizia à época - perambulou por estações de rádio como a Educadora, Bandeirantes e Record e quando conseguiu ingressar de vez nas ondas radiofônicas não o fez como cantor ou compositor, mas como radio ator. Dava vida e voz aos personagens do genial Osvaldo Moles - que já merece uma revisitada em sua vida já faz tempo!
“Charutinho maloqueiro”; “Prof. Richard Morris” que lecionava inglês; “Barbosinha mal-educado” entre tantos outros que fizeram com que adquirisse fama como um dos principais contratados da rádio Record - conhecida então como ‘A maior’ - só que ainda faltava algo, entretanto…
Faltava firmar-se como cantor e compositor.
Como cantor ainda não era a hora, mas como compositor sim.
Entram em cena os “Demônios da Garoa” quinteto que melhor interpretou seus sambas. Ouça ‘Saudosa maloca’, Samba do Arnesto’ e ’Samba italiano’ para atestar, se é que é preciso.
Fotógrafo de rara habilidade, Adoniran captou a vida da Capital em polaroides precisas versando sobre tudo, desde atropelamentos (em ’Iracema’); demolições (’Saudosa maloca’); gratidão (’Vide verso meu endereço’) e um improvável boêmio bom filho (’Trem das Onze’) e soube descrever a cidade como pouquíssimos fizeram até hoje.
Nem um outro compositor, nem Caetano Veloso e sua ‘Sampa’; Tom Zé com ‘São São Paulo, meu amor’ ou mesmo o Premê com sua ’São Paulo, São Paulo’ foram tão fiéis e tão apaixonados - e apaixonantes - como Adoniran em sua obra.
A cidade que lhe deu fama e estabilidade, prestígio e moradia foi constantemente temas de suas letras.
João Rubinato veio a falecer em 1982, em decorrência de um câncer, mas Adoniran Barbosa não...
Este ainda está por aí, no Jaçanã, na Praça da Sé ou no Viaduto Santa Ifigênia, só para citar alguns que emprestaram nomes a sambas seus.
Nesses locais ainda podemos - olhando atentamente - ver traços de sua presença seja nos engraxates com suas caixas, nos botecos das esquinas ou no Bixiga onde há até uma estátua sua.
Nestes lugares ainda é possível ouvi-lo no vento, cantando... Estamos todos escutando… Canta!
Chegou a fazer testes em uma rádio paulistana onde ouviu do técnico de som que: ”Sua voz é boa… Pra acompanhar velório”.
Nem assim desistiu.
Adoniran Barbosa nasceu na capital Paulista em 1934.
Desempregado e sem ‘cartaz’ - como se dizia à época - perambulou por estações de rádio como a Educadora, Bandeirantes e Record e quando conseguiu ingressar de vez nas ondas radiofônicas não o fez como cantor ou compositor, mas como radio ator. Dava vida e voz aos personagens do genial Osvaldo Moles - que já merece uma revisitada em sua vida já faz tempo!
“Charutinho maloqueiro”; “Prof. Richard Morris” que lecionava inglês; “Barbosinha mal-educado” entre tantos outros que fizeram com que adquirisse fama como um dos principais contratados da rádio Record - conhecida então como ‘A maior’ - só que ainda faltava algo, entretanto…
Faltava firmar-se como cantor e compositor.
Como cantor ainda não era a hora, mas como compositor sim.
Entram em cena os “Demônios da Garoa” quinteto que melhor interpretou seus sambas. Ouça ‘Saudosa maloca’, Samba do Arnesto’ e ’Samba italiano’ para atestar, se é que é preciso.
Fotógrafo de rara habilidade, Adoniran captou a vida da Capital em polaroides precisas versando sobre tudo, desde atropelamentos (em ’Iracema’); demolições (’Saudosa maloca’); gratidão (’Vide verso meu endereço’) e um improvável boêmio bom filho (’Trem das Onze’) e soube descrever a cidade como pouquíssimos fizeram até hoje.
Nem um outro compositor, nem Caetano Veloso e sua ‘Sampa’; Tom Zé com ‘São São Paulo, meu amor’ ou mesmo o Premê com sua ’São Paulo, São Paulo’ foram tão fiéis e tão apaixonados - e apaixonantes - como Adoniran em sua obra.
A cidade que lhe deu fama e estabilidade, prestígio e moradia foi constantemente temas de suas letras.
João Rubinato veio a falecer em 1982, em decorrência de um câncer, mas Adoniran Barbosa não...
Este ainda está por aí, no Jaçanã, na Praça da Sé ou no Viaduto Santa Ifigênia, só para citar alguns que emprestaram nomes a sambas seus.
Nesses locais ainda podemos - olhando atentamente - ver traços de sua presença seja nos engraxates com suas caixas, nos botecos das esquinas ou no Bixiga onde há até uma estátua sua.
Nestes lugares ainda é possível ouvi-lo no vento, cantando... Estamos todos escutando… Canta!
Comentários
Realmente, a voz do Adoniran era um tanto "exótica".
Foi quando o destino trouxe os seus "ventrílocos" que aquele samba de chão, de raiz, de palavra torta, encantou.
Adoniran, inesquecível como tudo que é eterno.
Quanto ao Trem das Onze... melhor dizendo, o eu-lírico dela... dizer que a mãe tá preocupada... ter que ir pro Jaçanã... Sei não, pra mim essa fanta é uva.
Mas é só uma teoria minha. Nada comprovado.
"Indescritível, porém escrito!" (esse é o comentário para o seu texto Groo)
Parabéns e abraço!
"Indescritível, porém escrito!" (esse é o comentário para o seu texto Groo)
Parabéns e abraço!