Les Paul - Icones não morrem

Les Paul é uma guitarra de corpo sólido e formas arredondadas.
Linda.
Com um som maravilhoso e com algo que nenhuma outra guitarra tem.
Alma.
Nunca uma Les Paul terá o som parecido com outra.
Eu tive uma.
Não aprendi tocar porcaria nenhuma, tinha muita corda para pouco dedo.
Se bem que quando optei pelo contrabaixo, fiz por que achei que as quatro cordas ficavam em boa conta com os quatro dedos que se usa na mão esquerda para tocá-lo.
Uma besteira sem tamanho. Tanto que nem aprendi nenhum instrumento de cordas.
Só bateria, que para muitos nem instrumento musical é.
Em defesa digo que o coração - órgão onde a musica chega primeiro – não toca, ele bate.

Les Paul foi um guitarrista apenas bom, nada de espetacular.
Começou a tocar profissionalmente aos treze anos de idade e no final da década de 30 formou seu primeiro trio, tornando-se um astro do rádio.
Mas foi em 1941 que ele deu sua maior contribuição a musica.
Suas aventuras pela eletrônica e a insatisfação com a reverberação dos violões de corpo oco o levaram a pesquisar uma forma de amplificar só o som puro de cada corda.
O resultado foi a criação da guitarra elétrica de corpo sólido.

Como musico ganhou dois Grammy – o Oscar da musica – por discos lançados em 1977 e 2005.
Porém penso que o maior prêmio que ganhou foi o lançamento em 1952 de uma linha de guitarras que levam seu nome, da marca Gibson.
Usadas por ídolos como Jimmy Page e Slash, passando por Paul Stantley do Kiss e Joe Perry do Aerosmith entre outros.
Um verdadeiro ícone que perpetuou seu nome para todo o sempre na memória dos fãs de rock.
Les Paul faleceu ontem (13/8) aos noventa e quatro anos de idade.
Fica ai um clássico, tocada com uma Gibson Les Paul, claro!




E está no ar mais uma edição da Rádio OnBoard, onde comentamos de forma muito equilibrada os assuntos mais falados nestas férias da F1, desde a demissão do Piquet filho até o pescoço que tirou Schumacher de seu retorno a F1.
Com sempre estão a mesa: Felipe Maciel, o Joe Perry; Fabio Campos, o Ace Frehley e eu, o Jimmy Page.
Curta lá, comente aqui.

Comentários

Daniel Médici disse…
Goodbye, Stradivarius.
Christian Camilo disse…
Ron!!
Cara, vi que o villeneuve pode voltar ano que vem!! Gosto muito dele...
poxa. Tomara que volte!

Outras coisa:
vc viu este video do badoer?
http://www.youtube.com/watch?v=wDTMQR4z2QE&feature=player_embedded

da muita dó!
oliver disse…
Sinceramente não sabia quem era o Les.

Depois de ler a notícia fui pesquisar e fiquei surpreso.

Era uma fera.

Grande perda.
Anônimo disse…
tb não fazia idéia de quem ele era. Mas foi um mito pelo visto. E lá vamos nós pra ROB (daki q pouco ouço tudin rs)
Felipão disse…
Eu tinha visto na tv ontem... Mas nada que chegasse aos pés do relato postado pelo Groo.
Brun@ disse…
Épico. Me lembro de ter criado simpatia pelo GP de Nashville da Indy justamente por ser uma Les Paul personalizada o prêmio ao vencedor.
Caro Groo, the wanderer:

Sou fã de carteirinha da Stratocaster, mas a Les Paul é fascinante também... Só você mesmo para fazer um post assim.
Anônimo disse…
Tenho uma Condor, em formato de Strato. Um dia ainda terei uma Les Paul.

Uma vez passeando na Teodoro Sampaio em Sampa, numa loja de instrumentos, o rapaz me passou uma Les Paul pra eu tocar. Sentei, segurei aquela coisa pesada, o som era lindo... perguntei o preço, seis contos. Devolvi correndo.
Brun@ disse…
Você comentou algo ao longo do post que só agora me relembrei:

"Só bateria, que para muitos nem instrumento musical é."

Já ouvi essa conversa antes. Pergunta pra esses o quê Mike Portnoy do Dream Theater, o James Kottak do Scorpions ou o próprio Phil Collins são então -.-
Marcos Antonio disse…
um dia terei uma Les Paul. Tb gostava do GP de Nashville por causa do trofeu ser uma personalizada.