Starting over - Bahrein 2010

E começou!

A ansiedade e saudade das corridas de F1 foram ao pico quando as luzes vermelhas se acenderam e os giros dos motores subiram, era impossível piscar...
Mas foram só as mesmas serem apagadas e os carros contornarem a primeira curva que pronto: todo o marasmo e chatice de uma corrida na pista do Bahrein voltaram com força total.
E o pior: na primeira metade da corrida tudo foi muito lento.
Giros enormes de mais de dois minutos nos torturava de forma inapelável.
Uma seqüência interminável de voltinhas sem emoção com três Red Bulls nas três primeiras posições.
Três?
Sim... Três!
O Red Bull original de Vettel e os carros cover de Felipe Massa e do Bochechudo Maldito, chorão e imitação do Kiko, que conseguiu ultrapassar o brasileiro – de forma limpa e leal – nas primeiras curvas. De interessante mesmo na primeira parte da corrida apenas os diversos bolões em que se apostava em qual volta a Hispânia faria o primeiro abandono. Venceu quem apostou na segunda volta onde o indiano Karun Chandelle encostou seu carrinho de rolimã e foi explicar o óbvio ao chefe da equipe: -O que aconteceu lá Karun? – perguntou o chefe da equipe.
-Nada... O carro parou... – explicou o indiano com um dos dedos no nariz.
-Ah tá... Então normal... Vai tomar um banho que cê tá cheirando gasolina....
Bruno Senna ainda agüentou heroicamente por dezoito voltas antes de ter o mesmo fim.

Já das outras quase equipes novatas a Virgin (VRT é o cacete!) também não completou a prova com seu carro leite em pó quebrando na terceira e décima sétima volta, com Di Grassi e Glock respectivamente.
Bonito fez a nueva Lotus, que conseguiu terminar a corrida com seus um carro e meio.
E mais: Heikki Kovalainen conseguiu terminar a corrida - incrivelmente - à apenas uma volta de atraso em relação ao líder. A Mercedes mostrou que ainda está um degrau a baixo da concorrência de ponta, mas que em pouco tempo já poderá estar no nível de Red Bull e do império do mal.
Entre os pilotos até dá para usar como parâmetro os(a) companheiros(a) de equipe.
Nico Rosberg que não ultrapassou ninguém e nem conseguiu sequer alcançar um carro quebrado (Vettel) que ia a sua frente. Assim acaba dando razão a quem desconfia de sua capacidade.
Quanto à Michael Schumacher, correu o tempo todo muito à vontade, sem apertar e nem ser apertado por ninguém e quando teve atrás de si o atual campeão do mundo fez como todo mundo ao redor do globo: nem ligou...

Já a Red Bull mostrou que se não fosse o problema mecânico – segundo o engenheiro no rádio – não teria dado chances aos carro cover de alcançá-la.
Pelo menos Vettel já que o canguru de treinos deu uma queimada forte de pneu na largada e comprometeu a primeira parte de sua corrida, ficando sem chances de recuperação pela nova configuração de trem de corrida. No fim, por conta do problema do carro original, a dobradinha dos carros cover foi inevitável, com o bochecha do inferno em primeiro e Felipe Massa – que estranhamente recebeu ordem de poupar equipamento para as próximas corridas, quando o outro ainda acelerava – em segundo.
Lewis Hamilton fechou o pódio e assim foi a primeira corrida do ano.
Tomara que para as próximas corridas retorne também a emoção, se não.... Vai ser um ano loooongo.
Starting over!