Malásia, chuva no treino já basta...

Acabou a trégua. E olha que durou apenas três corridas para finalmente aparecer o bom e velho 1B fazendo o que mais sabe: malhando o carro.
Só que o carro em questão não é um carro cover da equipe rossa, e nem um eco-lixo da Honda, muito menos um bólido sem tradição como a falecida Brawn GP.
O carro que o boquirroto chamou de “porcaria” é nada mais nada menos que um Williams F1, o mais tradicional time garageiro da categoria e, se depois de fazer mais um dos seus já famosos moonwalker na largada, o falastrão tomou pass-ups até das Toro Rosso não vá me culpar o carro. Porcaria, senhor 1B, é o que você costuma chamar de carreira.
Vá catar coquinhos, chupar pregos ou algo que o valha e esqueça a F1, que esta, aos poucos vai te esquecendo...
E viva Hulkemberg! E como não esquecer?
Gente do calibre de Lewis Hamilton, Sebastian Vettel, Felipe Massa e até – por que não? – o asturiano safado mais uma vez deram brilho e aumentaram o prazer de assistir a uma prova da categoria máxima do automobilismo.
Não que a prova tenha sido a nona maravilha do mundo, não foi.
Não houve briga de verdade – após a largada – nas quatro primeiras posições.Vettel passou por Webber e Nicolixo assim que apagaram as luzes vermelhas e a emoção nestas posições acabaram por ai.
Seguidos de Robert Kubica e Adrian Sutil que também ganharam posições na largada foram os cinco primeiros ao fim da corrida.

Se prestar atenção, apenas Nicolixo e Webber saíram perdendo, mas no caso do canguru da Red Bull desconta-se o fato de mesmo que não oficialmente o alemãozinho é o primeiro piloto da equipe, e claro, muito melhor.
O caso do piloto da Mercedes é de ruindade em corrida mesmo.
Com muita sorte chega na mesma posição em que larga, quando a sorte não lhe ajuda é como foi na Malásia: anda para trás.

Porém o show foi todo da turma graduada.
Lewis veio babando lá de trás – ok, ok, tem muito mais carro que todo mundo que ele passou – e não deu mole.
Fez um balé interessante com Vitaly Petrov em uma disputa a meu ver limpa.
Esta história de que não pode mudar a linha para se defender mais que uma vez é coisa de gente besta. Se o cara não pode se defender da melhor forma possível então melhor nem tentar barrar a ação do piloto que está atrás. Felipe Massa também, mas parou atrás de uma Toro Rosso e não conseguiu avançar até que Buemi parou para trocar pneus.
Com caminho – quase – livre avançou pela zona de pontuação até encontrar Jenson Button, que mais uma vez apostou em ser o primeiro a trocar pneus.
Manobra que lhe rendeu a sétima posição, o que convenhamos, para quem largou em décimo sétimo, seria um bom lucro.

Seria.
Se Felipe Massa, em uma manobra de arrojo e coragem não lhe houvesse tomado a posição.
Um pouco depois Alonso, que foi o ultimo a trocar pneus chegou também no inglês campeão do mundo, mas não teve nem tanta sorte, nem tanto arrojo e ao que se soube depois, nem tanto carro para ultrapassar e ficar com a oitava posição.
Pior ainda, o carro fumou e metros à frente encostou quebrado.
Chuuuuuuuuupaaaaaaaa Alonso! Fim de prova para o asturiano safado, que deve agora, até a prova da China plantar mais algumas noticias nos jornais espanhóis dando conta dos problema de Massa com a equipe, com o contrato, com possíveis substitutos e outras mazelas.

E foi isto, não foi Austrália, mas – graças a Deus – também não foi Bahrein.
E ficamos com uma certeza: não é preciso chuva durante a corrida malaia para que haja emoções. Durante o treino já basta...