Hungria 2010 - E lá vem o race control encher o saco

“-Corridas na Hungria tem esta vantagem: são chatas de verdade.”.
Disse isto na edição ao vivo da RoB, e me fiava no fato de que não me lembrava de uma intervenção do race control em uma corrida húngara.
Agora... No ano que vem - se ainda estivermos por aqui - vamos nos lembrar.

Em um final de semana onde sobraram – e muito – os carros de boi vermelhos a pergunta era: Quem poderá - e se poderá - chegar à frente de pelo menos um dos caros da Red Bull?
Não havia resposta à vista, ou melhor, se convencionou dizer que eles só poderiam perder a corrida para erros próprios e não por méritos de outros.
Mas o mundo esqueceu do mais temível adversário de todos.
Não.. Não! Não estou falando do piloto Safado e nem da equipe Pilantra, muito menos dos profissionais da McLata e sim dele, o terrível: Race Control!
Note que em todas as corridas onde há alguma equipe abrindo muito das outras aparece um safety qualquer pra juntar a turma. Sempre baseado em questões de “segurança” com pedaços – grandes, pequenos, fáceis ou não de tirar da pista.
Ok! Havia um pedaço – e dos grandes – de carro na pista, mas, e por isto mesmo, não dava para tirar sem colocar o safety na pista?

Nem vou discutir a punição a Vettel, se foi justa ou não, ela foi conseqüência do esquisito safety.
É ou não coisa de race control?
E com isto põe-se abaixo minha frase de abertura, a corrida deixou de ser verdadeiramente chata para ser artificialmente animada.

Depois de uma largada limpa, onde o piloto Safado ganhou a posição de Webber.
Enquanto isto Vettel ia abrindo com a facilidade de quem corre contra carros parados.
Webber nem precisa defender a terceira posição já que o piloto Capacho sequer fez força para atacar. Daí em diante teríamos a normal chatice de um GP húngaro, mas a situação relatada acima fez com que as paradas nos boxes invertessem as coisas, jogando o coala que fala para primeiro – para não mais sair de lá – Vettel em segundo, Safado em terceiro e Capacho em quarto.
Bacana foi ver Webber subverter as certezas de que o pneu macio não duraria muitas voltas.
Durou tantas quantas foram necessárias para abrir uma vantagem segura para a troca de pneus.
Bacana também ver a confusão em que a Renault de Kubica bate na Force Índia de Sutil dentro dos boxes.
Mais curioso ainda foi ter a confirmação de que Nico Rosberg é realmente um “roda frouxa”. E ver sua roda pulando nos pits foi no mínimo engraçado.

A punição – por conta da re-largada, diga-se – colocou o Safado em segundo e Vettel em terceiro. Pensava-se que com a tremenda superioridade do carro 5, uma briga ou mesmo uma bela ultrapassagem seria questão de tempo.
Ledo engano, Vettel bundamolizou-se e pensou nos pontos, incomodando muito pouco o Safado.
Na quarta posição ficou o Capacho com sua resignação irritante.
No fim, como coisa emocionante restou ver Schumacher espremendo Barrichello no muro. Se Michael está se divertindo com esta situação é pouco provável, mas que a gente riu muito com o “FDP” dito pelo 1B ao conseguir – de pneu novo contra um extremamente lixado – foi hilário.
Agora as férias da F1 que ninguém é de ferro.
Até a volta, quem dá as cartas é a Red Bull e Mark Webber, o coala que fala.
E acelera.