Já foram narradas aqui algumas as aventuras da dupla de repórteres: Ron e Coyote. Sempre com as participações mais que especiais do chefe Mar Céu L`Onça, o gringo Iriarte, Dra. Remédios, Leandrus, o checheno de Lisboa, o chefe de polícia Le Felipon e seu adjunto Oliver entre outros com participações menores, mas igualmente importantes...
Porém algumas perguntas ficaram sem resposta e a mais importante delas foi: Como eles se conheceram?
Ora... São amigos de longa data, quiçá de infância.
A verdade é que sempre moraram na região da Rua 45, que antes de ser um distrito de vida fervilhante e de figuras insuspeitas (ou muito suspeitas, depende do ponto de vista) era um tranqüilo bairro residencial.
Cortado pelo hoje poluído Rio Potomak, Col de Turini – sim, este é o nome do bairro em que se situa a Rua 45 – era composto por casas térreas, separadas por cercas vivas.
Famílias que se juntavam nos fins de semana para churrasquear e jogar conversa fora.
Mas não eram churrascos comuns, não se assava somente cortes nobres de carne como no Brasil ou hambúrgueres como nos EUA. Assava-se o quanto era possível caçar na hoje extinta floresta de Splashandgo ou pescar no já citado Potomak.
E foi em um destes festins que a turma se reuniu pela primeira vez...
-Meu pai foi pescar com o seu... – disse o pequeno Ron.
-É eu sei... Meu nome é Coyote e o seu?
-Ron... Vamos todos almoçar juntos? – quis saber Mar Céu L´onça.
-Vamos sim... Inclusive com aquela menina nova no bairro, aquela que disse que quer ser médica... – respondeu Coyote.
-Vamos lá ver os peixes? – instigou Ron.
-Vamos! Assim posso tirar fotos dos bichos. – Coyote tinha sempre pendurada em seu pescoço uma câmera fotográfica de brinquedo. Daquelas que espirram água.
-Você fotografa? – quis saber L´Onça
-Não... Mas um dia... Mas onde estão os peixes?
-Estão lá em casa... Na área de serviço, meu pai colocou os peixes no tanque. – disse Ron.
-Como você sabe? Já viu? – quis saber Coyote.
-Não... Mas ouvi minha mãe dizer que tudo que é porcaria meu pai joga no tanque, logo...
Enquanto seguiam os três para a casa de Ron, encontraram Remédios, aquela que sonhava ser médica. Ela vinha acompanhada de Iriarte, menino novo no bairro. Logo foram convidados para acompanhar e de pronto aceitaram. Ao chegar ao portão da casa encontraram o pai de Ron conversando com o Senhor L`Onça.
-E como chamam mesmo os peixes? – quis saber Mr. L´Onça.
-Bagres africanos... A prefeitura colocou muitos deles no lago, para re-povoar.
-E são grandes?
-Grandes e resistentes... Coyote e eu pegamos um cada, mas de mais de dez quilos... E sabe, horas depois de pescados ainda estavam vivos...
-É... Eu soube que eles atravessam grandes extensões de terra para migrar quando as águas onde vivem ficam com pouca comida...
-Pois é...
O grupo de crianças ouve aquilo e passa direto para a área de serviço e lá encontraram os tais bagres africanos dentro do tanque.
-Mas o tanque tá vazio! – disse Remédios – Tá sem água... Eles vão morrer...
-Acho que já morreram... – disse Coyote – Se bem que teu pai disse que eles são resistentes.
-Disse... Mas acho que não tanto, né... Eles chegaram faz um bocado de tempo... – disse Ron.
-Feio né? Bigodudo... – disse Remédios...
-Estiloso ele, parece o Clark Gable... – emenda Coyote.
-Fotografa eles logo, Coyote...
-Tiénes filme en esta máquina? – pergunta Iriarte e todos se espantam...
-O que ele disse? – quis saber Coyote.
-Perguntou se tem filme na máquina, ele é boliviano...
-Usted és gringo? – pergunta Coyote.
-Ai depende... De mi ponto de vista, lo gringo es tu...
-Faz sentido... - diz Ron e Remédios concorda – mas vai lá fotografa logo e vamos embora... Não gosto muito de ver morto... Nem bicho...
-Mas... Assim... Com eles um por cima do outro? Não vai ficar boa a foto. Arruma eles ai Ron.
-Arrumar como?
-Tira um de cima do outro, ajeita os bigodes deles... Fecha a boca daquele maior...
-Eu não.. Não vou por a mão em defunto... Nem bicho... Fotografa logo...
Então Coyote se posiciona, leva a máquina aos olhos, faz mira e aperta o botão, disparando assim um fino fio d´agua para cima dos peixes, que aparentemente estavam mortos.
Aparentemente, já que ao receberem o jato se agitam e começam a saltar dentro do tanque, caindo no chão e pulando em direção ao grupo.
Curiosos, Ron e Coyote não tiram os olhos dos peixes que avançam em direção a porta da área de serviço. Assustada, Remédios não consegue sair do lugar. Apenas grita.
Iriarte, com mais ação, toma nas mãos um cabo de vassoura e passa a bater nos peixes até que estes fiquem completamente imóveis.
Trazidos até ali pelos gritos da menina, os pais de Ron chegam e encontram a cena já montada: Coyote com a máquina fotográfica, Ron com um caderninho anotando tudo, L´Onça pensando numa forma de contar ao resto da turma, Remédios examinando os peixes para confirmar se morreram de falta de ar ou das pancadas e Iriarte prontinho para contar aos adultos o que aconteceu.
-Os peixes ainda estavam vivos quando vocês entraram aqui? – perguntou o pai de Ron...
-Si, si... Estavam. Pero, agora...
Porém algumas perguntas ficaram sem resposta e a mais importante delas foi: Como eles se conheceram?
Ora... São amigos de longa data, quiçá de infância.

Cortado pelo hoje poluído Rio Potomak, Col de Turini – sim, este é o nome do bairro em que se situa a Rua 45 – era composto por casas térreas, separadas por cercas vivas.
Famílias que se juntavam nos fins de semana para churrasquear e jogar conversa fora.
Mas não eram churrascos comuns, não se assava somente cortes nobres de carne como no Brasil ou hambúrgueres como nos EUA. Assava-se o quanto era possível caçar na hoje extinta floresta de Splashandgo ou pescar no já citado Potomak.
E foi em um destes festins que a turma se reuniu pela primeira vez...
-Meu pai foi pescar com o seu... – disse o pequeno Ron.
-É eu sei... Meu nome é Coyote e o seu?
-Ron... Vamos todos almoçar juntos? – quis saber Mar Céu L´onça.
-Vamos sim... Inclusive com aquela menina nova no bairro, aquela que disse que quer ser médica... – respondeu Coyote.
-Vamos lá ver os peixes? – instigou Ron.
-Vamos! Assim posso tirar fotos dos bichos. – Coyote tinha sempre pendurada em seu pescoço uma câmera fotográfica de brinquedo. Daquelas que espirram água.
-Você fotografa? – quis saber L´Onça
-Não... Mas um dia... Mas onde estão os peixes?
-Estão lá em casa... Na área de serviço, meu pai colocou os peixes no tanque. – disse Ron.
-Como você sabe? Já viu? – quis saber Coyote.
-Não... Mas ouvi minha mãe dizer que tudo que é porcaria meu pai joga no tanque, logo...
Enquanto seguiam os três para a casa de Ron, encontraram Remédios, aquela que sonhava ser médica. Ela vinha acompanhada de Iriarte, menino novo no bairro. Logo foram convidados para acompanhar e de pronto aceitaram. Ao chegar ao portão da casa encontraram o pai de Ron conversando com o Senhor L`Onça.
-E como chamam mesmo os peixes? – quis saber Mr. L´Onça.
-Bagres africanos... A prefeitura colocou muitos deles no lago, para re-povoar.

-Grandes e resistentes... Coyote e eu pegamos um cada, mas de mais de dez quilos... E sabe, horas depois de pescados ainda estavam vivos...
-É... Eu soube que eles atravessam grandes extensões de terra para migrar quando as águas onde vivem ficam com pouca comida...
-Pois é...
O grupo de crianças ouve aquilo e passa direto para a área de serviço e lá encontraram os tais bagres africanos dentro do tanque.
-Mas o tanque tá vazio! – disse Remédios – Tá sem água... Eles vão morrer...
-Acho que já morreram... – disse Coyote – Se bem que teu pai disse que eles são resistentes.
-Disse... Mas acho que não tanto, né... Eles chegaram faz um bocado de tempo... – disse Ron.
-Feio né? Bigodudo... – disse Remédios...
-Estiloso ele, parece o Clark Gable... – emenda Coyote.
-Fotografa eles logo, Coyote...
-Tiénes filme en esta máquina? – pergunta Iriarte e todos se espantam...
-O que ele disse? – quis saber Coyote.
-Perguntou se tem filme na máquina, ele é boliviano...
-Usted és gringo? – pergunta Coyote.
-Ai depende... De mi ponto de vista, lo gringo es tu...
-Faz sentido... - diz Ron e Remédios concorda – mas vai lá fotografa logo e vamos embora... Não gosto muito de ver morto... Nem bicho...
-Mas... Assim... Com eles um por cima do outro? Não vai ficar boa a foto. Arruma eles ai Ron.
-Arrumar como?
-Tira um de cima do outro, ajeita os bigodes deles... Fecha a boca daquele maior...
-Eu não.. Não vou por a mão em defunto... Nem bicho... Fotografa logo...
Então Coyote se posiciona, leva a máquina aos olhos, faz mira e aperta o botão, disparando assim um fino fio d´agua para cima dos peixes, que aparentemente estavam mortos.
Aparentemente, já que ao receberem o jato se agitam e começam a saltar dentro do tanque, caindo no chão e pulando em direção ao grupo.
Curiosos, Ron e Coyote não tiram os olhos dos peixes que avançam em direção a porta da área de serviço. Assustada, Remédios não consegue sair do lugar. Apenas grita.
Iriarte, com mais ação, toma nas mãos um cabo de vassoura e passa a bater nos peixes até que estes fiquem completamente imóveis.
Trazidos até ali pelos gritos da menina, os pais de Ron chegam e encontram a cena já montada: Coyote com a máquina fotográfica, Ron com um caderninho anotando tudo, L´Onça pensando numa forma de contar ao resto da turma, Remédios examinando os peixes para confirmar se morreram de falta de ar ou das pancadas e Iriarte prontinho para contar aos adultos o que aconteceu.
-Os peixes ainda estavam vivos quando vocês entraram aqui? – perguntou o pai de Ron...
-Si, si... Estavam. Pero, agora...
Comentários
Parabéns pelo texto Groo.
abs.
ALYSSON PRADO "BALO"
Essa molecada já era danada desde muito cedo,o problema ou não,é que com o passar do tempo tudo foi se acentuando...
Excelente texto,voltei no tempo mesmo,até ouvi uma voz que dizia:
"Once upon a time ..."
abraço
valeu pelo que me toca ron, ninguém entende meu sotaque e ainda matei os peixes a pancadas!! kkkkkkkk
cara, cé tem que recomeçar as aventuras pediátricas de le sanateur
Coyote, audades de vc.
Abraços
valeu pelo que me toca ron, ninguém entende meu sotaque e ainda matei os peixes a pancadas!! kkkkkkkk
cara, cé tem que recomeçar as aventuras pediátricas de le sanateur
Resistentes esses bagres africanos, hein?! Pero no mucho... jejeje
Cara, faz um bom tempo que eu não comento aqui. Mas é muito divertido ler o que vc escreve.
Abs.
se arrepiar ! Endoidei.
Abraços
Essa turminha bem que podia se encontrar para por a fofoca em dia, longe das nobres atribuições do dia-a-dia...rsrs.
Abs.