Lá encontram Le Felipon que já não estranha a presença dos dois em canto algum.
-Mas Ron, o Coyote disse que o telefonema foi anônimo, como você diz que foi o Iriarte que ligou?
-Comissário, me diz com sinceridade... Quem mais em toda Nova York liga para uma redação de jornal e diz: “-Yo tengo una noticia muy buena para ustedes!”?
-Tem razão...
-O que temos aqui? – pergunta o repórter.
-Um sujeito morto no salão, perto do balcão de saladas... O Coyote já está fotografando.
-Eu vou ver o que ele tem lá e o que posso apurar... Aliás, o que foi que o senhor apurou?
-Nada... Tudo muito insólito, dizem os presentes que ele de repente caiu morto. Ouviram um estampido, mas não há buraco de bala no corpo do homem e nem achamos qualquer sinal de tiro nas paredes ou nos móveis do restaurante...
-Ele estava comendo o que?
-Não perguntei... Não me pareceu importante... Mas pelo que disseram é a primeira vez que aparece aqui.
Nisto chega Coyote com a maquina em punho fotografando tudo que via.
-Comissário... Como não é importante? – diz o fotografo – Olha só o cardápio! Cachorro ensopado, espeto de escorpião, guisado de cobra... O mais normal aqui é a sopa de alga marinha com acelga... Credo.
-Bem... Passarinho que come pedra... Já sabem... Eu não comeria aqui nem que fosse o único restaurante da 45... Fiquem a vontade...
-Obrigado comissário, mas acho que vamos embora também... A história não é das melhores... Acho até que foi um enfarte que matou o infeliz. – diz Ron – Vamos embora Coyote?
-Vamos, vamos... Vou aproveitar e levar este pacote fedido aqui para fora.... Vou jogar este treco fora. – diz Ron.
-Faz bem... Dá uma força pro dono da birosca, com esta agitação não deve nem ter tido tempo para jogar o lixo fora... Você joga fora e ele não leva multa da vigilância sanitária. – completa o comissário se despedindo.
Ron pega o pacote com a ponta dos dedos e cara de nojo. O cheiro exalado pelo pacote é um misto de azedo e podre. Sai em direção à porta enquanto Coyote fotografa a cena.
-Ô Coyote, faz isto não...
-E perder a chance de te ver trabalhando de verdade? E de lixeiro ainda por cima? Nunca!
Antes de chegar a porta uma senhora coreana vem correndo e com um salto digno de Jack Chan se põe entre a porta e Ron. Em um golpe ainda mais rápido a idosa apanha das mãos de Ron – espantado – o pacote.
-Mas, mas... O que a senhora vai fazer com este lixo fedido?
-Lixo nada! Cheilo luim, mas comida boa... Lalga meu almoço! – diz a sexagenária.
Coyote, que mesmo espantado não deixa de clicar a cena, olha para a velha e para o morto, tendo agora idéia do que pode ter dado cabo de sua vida.
With a little help from my friends Anselmo Coyote e Marcão do GP Séries, thank you guys!
-Mas Ron, o Coyote disse que o telefonema foi anônimo, como você diz que foi o Iriarte que ligou?
-Comissário, me diz com sinceridade... Quem mais em toda Nova York liga para uma redação de jornal e diz: “-Yo tengo una noticia muy buena para ustedes!”?
-Tem razão...
-O que temos aqui? – pergunta o repórter.
-Um sujeito morto no salão, perto do balcão de saladas... O Coyote já está fotografando.
-Eu vou ver o que ele tem lá e o que posso apurar... Aliás, o que foi que o senhor apurou?
-Nada... Tudo muito insólito, dizem os presentes que ele de repente caiu morto. Ouviram um estampido, mas não há buraco de bala no corpo do homem e nem achamos qualquer sinal de tiro nas paredes ou nos móveis do restaurante...
-Ele estava comendo o que?
-Não perguntei... Não me pareceu importante... Mas pelo que disseram é a primeira vez que aparece aqui.
Nisto chega Coyote com a maquina em punho fotografando tudo que via.
-Comissário... Como não é importante? – diz o fotografo – Olha só o cardápio! Cachorro ensopado, espeto de escorpião, guisado de cobra... O mais normal aqui é a sopa de alga marinha com acelga... Credo.
-Bem... Passarinho que come pedra... Já sabem... Eu não comeria aqui nem que fosse o único restaurante da 45... Fiquem a vontade...
-Obrigado comissário, mas acho que vamos embora também... A história não é das melhores... Acho até que foi um enfarte que matou o infeliz. – diz Ron – Vamos embora Coyote?
-Vamos, vamos... Vou aproveitar e levar este pacote fedido aqui para fora.... Vou jogar este treco fora. – diz Ron.
-Faz bem... Dá uma força pro dono da birosca, com esta agitação não deve nem ter tido tempo para jogar o lixo fora... Você joga fora e ele não leva multa da vigilância sanitária. – completa o comissário se despedindo.
Ron pega o pacote com a ponta dos dedos e cara de nojo. O cheiro exalado pelo pacote é um misto de azedo e podre. Sai em direção à porta enquanto Coyote fotografa a cena.
-Ô Coyote, faz isto não...
-E perder a chance de te ver trabalhando de verdade? E de lixeiro ainda por cima? Nunca!
Antes de chegar a porta uma senhora coreana vem correndo e com um salto digno de Jack Chan se põe entre a porta e Ron. Em um golpe ainda mais rápido a idosa apanha das mãos de Ron – espantado – o pacote.
-Mas, mas... O que a senhora vai fazer com este lixo fedido?
-Lixo nada! Cheilo luim, mas comida boa... Lalga meu almoço! – diz a sexagenária.
Coyote, que mesmo espantado não deixa de clicar a cena, olha para a velha e para o morto, tendo agora idéia do que pode ter dado cabo de sua vida.
With a little help from my friends Anselmo Coyote e Marcão do GP Séries, thank you guys!
Comentários
Não se trata de " Little help"... Muitos precisam de um mighty help!!!!
abraço!!!
Comida coreana nunca comi, e pelo visto nunca vou comer.
Esses dois reporteres são demais, uns figuras!
abraço
Como sempre, essa dupla de repórteres é o que há. Se morassem em BH seriam assíduos do Café Palhares e olhariam com desdém o Café Pérola.
Abs.