A banda já estava estabelecida como um dos grandes nomes do hard rock/heavy metal na Inglaterra, com boas doses de reconhecimento também nos EUA, mas ainda faltava algo: a terra do sol nascente. Não se pode afirmar, mas parece que toda banda de rock só se sente realmente grande após tocar - e enlouquecer – os fãs do outro lado do planeta.
E assim, naquele longínquo 1972, mais precisamente no mês de agosto, o Deep Purple desembarcava pela primeira vez por lá, para uma série de quatro apresentaçoes em Tókio e Osaka. Duas em cada cidade.
Pela manhã do dia quinze a banda recebe no hotel alguns executivos da filial japonesa de sua gravadora que fazem um pedido até certo ponto simples: gravar as apresentações e lança-las em disco para os fãs locais.
Porém quando se tratava de Deep Purple e principalmente de sua prima dona guitarrista Ricthie Blackmore, nada era tão simples.
Em entrevista para o documentário Come Hell or High Water, Ian Gillan chega a dizer que Blackmore é tão insuportável que nem seu próprio cachorro gostava dele...
E sendo assim começam as implicações para que os shows sejam gravados.
Ritchie alega que um produto apenas para o Japão fomentaria a pirataria na Europa e na América.
A gravadora promete que dependendo da vendagem do disco, o lançaria também nestes mercados e conseguiu a aprovação do restante do grupo. Blackmore, porém, fez outra exigência: impõe que Martin Birch (hoje famoso produtor de bandas heavy, entre elas o Iron Maiden) fosse o coordenador da gravação.
Imposição aceita e parece que tudo está finalmente certo.
Tudo? Não... Primeiro um dos tambores da bateria de Ian Paice é destruído pelo caminhão de equipamento. Outro parecido mais próximo estava nos EUA.
A Ludwig, fabricante dos kits de bateria da qual era endorser, se prontificou a mandar outro de forma urgente e inacreditavelmente mandou!
Então é a vez do vocalista Ian Gillan fazer sua reclamação sobre a tal gravação.
Reclamação um tanto justa, diga-se.
Devido ao ritimo intenso de trabalho da banda, quase sem férias, sua garganta estava combalida e sofrendo de uma inflamação.
Faria os shows, mas não queria a gravação do disco por medo de não conseguir cantar bem o suficiente.
O bombeiro deste incêndio foi um improvável Ritchie Blackmore que surgiu com a fantástica idéia de que tocassem simplesmente o mais alto que pudessem, cobrindo assim algumas partes dos vocais de Gillan, que surpreendentemente aceitou!
E antes que tudo fosse dado como certo, Jon Lord resolveu fazer também sua exigência: nada de overdubs! Adição de partes ou correções na fita original, tudo tinha que sair conforme fosse gravado. Desesperada a gravadora deu seu OK e lá foram eles para shows em Osaka nos dias 15 e 16, e em Tókio nos dias 17 e 18.
Dos shows dos três primeiros dias surge um dos mais poderosos e impressionantes discos de rock de todos os tempos. Made in Japan trás a banda cuspindo fogo e tocando como nunca, apesar dos pesares. Até a garganta de Gillan ganha uma sobrevida e solta suas melhores notas.
Cada faixa do disco é um monolito sólido e com vida própria.
De Highway Star, que abre o disco com sua introdução nervosa que vai juntando instrumento por instrumento até explodir em cores e texturas de música clássica à serviço do rock pesado,
até Space Trukin com seus vinte e tantos minutos de duração, o ouvinte é envolvido por uma massa sonora bem definida, com cada instrumento conduzindo à um coletivo fantástico.
O próprio Paice disse em 1998 que aqueles números nunca foram tão bem executados, nem antes e nem depois de Made in Japan.
Que, aliás, virou clássico e foi vendido como água no deserto tanto no país de origem quanto nos mercados europeu e americano.
Eis minha sugestão para abrir os trabalhos para o GP do Japão de F1.
E assim, naquele longínquo 1972, mais precisamente no mês de agosto, o Deep Purple desembarcava pela primeira vez por lá, para uma série de quatro apresentaçoes em Tókio e Osaka. Duas em cada cidade.
Pela manhã do dia quinze a banda recebe no hotel alguns executivos da filial japonesa de sua gravadora que fazem um pedido até certo ponto simples: gravar as apresentações e lança-las em disco para os fãs locais.
Porém quando se tratava de Deep Purple e principalmente de sua prima dona guitarrista Ricthie Blackmore, nada era tão simples.
Em entrevista para o documentário Come Hell or High Water, Ian Gillan chega a dizer que Blackmore é tão insuportável que nem seu próprio cachorro gostava dele...
E sendo assim começam as implicações para que os shows sejam gravados.
Ritchie alega que um produto apenas para o Japão fomentaria a pirataria na Europa e na América.
A gravadora promete que dependendo da vendagem do disco, o lançaria também nestes mercados e conseguiu a aprovação do restante do grupo. Blackmore, porém, fez outra exigência: impõe que Martin Birch (hoje famoso produtor de bandas heavy, entre elas o Iron Maiden) fosse o coordenador da gravação.
Imposição aceita e parece que tudo está finalmente certo.
Tudo? Não... Primeiro um dos tambores da bateria de Ian Paice é destruído pelo caminhão de equipamento. Outro parecido mais próximo estava nos EUA.
A Ludwig, fabricante dos kits de bateria da qual era endorser, se prontificou a mandar outro de forma urgente e inacreditavelmente mandou!
Então é a vez do vocalista Ian Gillan fazer sua reclamação sobre a tal gravação.
Reclamação um tanto justa, diga-se.
Devido ao ritimo intenso de trabalho da banda, quase sem férias, sua garganta estava combalida e sofrendo de uma inflamação.
Faria os shows, mas não queria a gravação do disco por medo de não conseguir cantar bem o suficiente.
O bombeiro deste incêndio foi um improvável Ritchie Blackmore que surgiu com a fantástica idéia de que tocassem simplesmente o mais alto que pudessem, cobrindo assim algumas partes dos vocais de Gillan, que surpreendentemente aceitou!
E antes que tudo fosse dado como certo, Jon Lord resolveu fazer também sua exigência: nada de overdubs! Adição de partes ou correções na fita original, tudo tinha que sair conforme fosse gravado. Desesperada a gravadora deu seu OK e lá foram eles para shows em Osaka nos dias 15 e 16, e em Tókio nos dias 17 e 18.
Dos shows dos três primeiros dias surge um dos mais poderosos e impressionantes discos de rock de todos os tempos. Made in Japan trás a banda cuspindo fogo e tocando como nunca, apesar dos pesares. Até a garganta de Gillan ganha uma sobrevida e solta suas melhores notas.
Cada faixa do disco é um monolito sólido e com vida própria.
De Highway Star, que abre o disco com sua introdução nervosa que vai juntando instrumento por instrumento até explodir em cores e texturas de música clássica à serviço do rock pesado,
até Space Trukin com seus vinte e tantos minutos de duração, o ouvinte é envolvido por uma massa sonora bem definida, com cada instrumento conduzindo à um coletivo fantástico.
O próprio Paice disse em 1998 que aqueles números nunca foram tão bem executados, nem antes e nem depois de Made in Japan.
Que, aliás, virou clássico e foi vendido como água no deserto tanto no país de origem quanto nos mercados europeu e americano.
Eis minha sugestão para abrir os trabalhos para o GP do Japão de F1.
Comentários
Iú donti nide nou toti controu ... Dá-lhe, Joel !
Me apresente a uma opção decente fora do maniqueísmo que rege nossa política e eu voto com o maior prazer, capaz até de vestir a camisa.
Deep purple ...Made in Japan... uns dos maiores shows da história...
Abraço do Giglio!!!!
Falei que voltava e voltei hehehe...
Vamos ver o que o fim de semana no Japão nos reserva.
Abs!
Se eu ganhar na mega da próxima vez vou pra Brusque, e convido o Deep Purple para tocar lá.
Suzuka é uma pista fabulosa,mas com a atual configuração dos carros, ultrapassar vai ser aquela história...
Por isso torço pela chuva, ainda que nivele por baixo,pode embaralhar o grid e obrigar muita gente a se recuperar.
abs
rock pra mim é feito por gente que entende de sonoridade mesmo.
mas viva as diferenças.
O serra e o psdb são ruins mesmo, mas o pt e a dilma são bem piores.
credo, cruzes vamos ter que engoli-los de novo.
oh democracia. o poder:
do povo, para o povo.
em sintese, cada 100 de repente 51 que pensam diferente farao os outros 49 serem dirigidos igualmente pelo candidato dos primeiros 51. seja bom ou seja ruim. democracia, oh democracia.
aqui em Brusque e em santa catarina como um todo já expurgamos essa coisa de pt.
Mandamos eles pra p.... que partiu.
Em 2012, eleições municipais, as prefeituras que tem pt por aqui vão dar um recadinho ao partido dos trabalhadores (que de trabalhadores não tem nada)
AH! mas deixa pra lá isso. assunto chato.
Viva o alonso.
don fodon de las asturias vai patrolar esses pilotinhos, pode nem ganhar a corrida, mas hamilton e vettel (crash!!!!)
ficando cada vez mais um duelo
canguru x paella
E se tivéssemos alternativa aos petralhas e aos tucanalhas, eu votaria nela.
E viva a diferença, que vença o melhor.
Vim por meu comentário "oficial" sobre o Made in Japan, realmente um puta disco, como disse durante os comentários dos treinos de Suzuka o conheci em 88 e me apaixonei, quando Ian Paice ataca os pratos logo no início de Highway Star o show realmente começa, mas foi Child in Time que me pegou de verdade!
Ah, apesar de ser um clássico quase unânime, eu tenho um preferência maior pelo Deep Purple In Concert 72-73.
Abrazz e parabéns pela transmissão de ontem
Adorei, abs!!