Em 1993 Perry Farrel - então ex vocalista do Jane´s Addction - resolveu montar uma banda para se divertir.
Criou então o: Porno For Pyros.
Lançou um disco genial com o mesmo nome da banda.
Nele discutiu sexualidade, fama, conflitos raciais, drogas e violência e criou uma pérola chamada Pets, uma canção movida por uma bateria de lata, acordes elegantes, um solo amalucado refrão grudento e uma letra genial que dizia que um dia a raça humana se tornaria grandes animais de estimação para uma civilização mais evoluída vinda de outro planeta.
Hoje, dezoito anos depois, temos a confirmação da idéia que a letra defende, mas ao invés de sermos animais de estimação de seres mais evoluídos, somos reféns de seres acéfalos que – o que mais me incomoda – são defendidos por quem deveria, no mínimo, nos dar a sensação de proteção.
No domingo à noite, em uma destas mesas redondas sobre futebol, como se fosse possível analisar um treco que a rigor tem apenas uma regra respeitada: a que manda ter uma bola. Já que o resto é passível de interpretação por parte dos árbitros.
E neste programa, era apresentado um vídeo onde um segurança do Metrô – SP pedia a uma usuária que tirasse a camiseta do time que estava vestindo – a saber: São Paulo – porque naquele horário jogariam Corinthians e Santos pela final do Paulixão 2011.
Segundo o âncora do programa, o jornalista sério (?) Flavio Prado, a menina é que estava errada, afinal, se ela lesse jornais saberia que estavam em campo as duas agremiações e nas ruas suas “importantes torcidas”.
“-É perigoso!” – dizia ele – “-E depois vai dizer que não foi avisada e que quando acontece algo é culpa do Estado que não dá segurança!” - completou passando a idéia de que se houvesse um ato de violência a culpa seria da menina, e não dos imbecis.
E o pior!
Criou então o: Porno For Pyros.
Lançou um disco genial com o mesmo nome da banda.
Nele discutiu sexualidade, fama, conflitos raciais, drogas e violência e criou uma pérola chamada Pets, uma canção movida por uma bateria de lata, acordes elegantes, um solo amalucado refrão grudento e uma letra genial que dizia que um dia a raça humana se tornaria grandes animais de estimação para uma civilização mais evoluída vinda de outro planeta.
Hoje, dezoito anos depois, temos a confirmação da idéia que a letra defende, mas ao invés de sermos animais de estimação de seres mais evoluídos, somos reféns de seres acéfalos que – o que mais me incomoda – são defendidos por quem deveria, no mínimo, nos dar a sensação de proteção.
No domingo à noite, em uma destas mesas redondas sobre futebol, como se fosse possível analisar um treco que a rigor tem apenas uma regra respeitada: a que manda ter uma bola. Já que o resto é passível de interpretação por parte dos árbitros.
E neste programa, era apresentado um vídeo onde um segurança do Metrô – SP pedia a uma usuária que tirasse a camiseta do time que estava vestindo – a saber: São Paulo – porque naquele horário jogariam Corinthians e Santos pela final do Paulixão 2011.
Segundo o âncora do programa, o jornalista sério (?) Flavio Prado, a menina é que estava errada, afinal, se ela lesse jornais saberia que estavam em campo as duas agremiações e nas ruas suas “importantes torcidas”.
“-É perigoso!” – dizia ele – “-E depois vai dizer que não foi avisada e que quando acontece algo é culpa do Estado que não dá segurança!” - completou passando a idéia de que se houvesse um ato de violência a culpa seria da menina, e não dos imbecis.
E o pior!
Brigava com o ex arbitro de futebol Jose Roberto Godoy que defendia (!) a idéia de que o segurança não deveria pedir para ela tirar a camisa, ferindo assim seu direito constitucional de ir, vir e se vestir como quiser, mas sim dar a devida segurança para que a menina fizesse a viagem nos trens do Metrô sem ser incomodada pelos bandidos travestidos de torcida que costumam habitar os estádios. Principalmente os paulistas...
Ora! Qual o tamanho da inversão de valores do sério (?) jornalista esportivo neste caso?
Quem são os bichos de zoológico?
Quem são os seres inteligentes?
Onde está o Estado nestas horas?
Quem é Perry Farrel?
We´ll make great pets!
Ora! Qual o tamanho da inversão de valores do sério (?) jornalista esportivo neste caso?
Quem são os bichos de zoológico?
Quem são os seres inteligentes?
Onde está o Estado nestas horas?
Quem é Perry Farrel?
We´ll make great pets!
Comentários
e musica legal, não conhecia essa banda, vou me informar mais sobre eles...
1) na desconfiança mútua entre individuos que em primeira instância tinham decidido conviver pacíficamente...
2)na transferência de responsabilidades e poder de desscição desde o cidadão para representantes, sem a devida fiscalização pr parte do individuo que cedeu esta parte da sua liberdade...
Então a permanencia do poder depende da existência de fatores de desconfianza, tanto quanto da insenção de responsabilidades do cidadão agresor. Se o guarda tivesse que reprimir as multidões violentas, geraria muita adversão e acabaríamos por entender que a convivencia pacífica É UMA FALACIA somenta mantida pela nossa disposição minoritaria a somenternos a os desejos de outros, cedendo nossa liberdade para que aqueles possam se sentir a vontade.
o asunto aqui não é se estão cumprindo a lei, e sim se o poder quer adeptos ou cidadão de bem. Pelo jeito resulta mais lucrativo humilhar uma cidadâ honesta do que ofender uma multidão de vándalos.
Na época que era moleque, a gente zoava dos times derrotados, a convivencia era pacifica independente da camisa.
Hoje neguinho é espancado e até assassinado só porque veste uma camisa rival.
Não vou mais a estádios, infelizmente a imensa maioria povoam essas praças, são animais que deveriam estar em jaulas.
abs
Se o poder se estabelece a partir de:
1)A desconfiança mútua entre individuos que anteriormente tinham decidido conviver pacíficamente
2)A aceitação da maioría de que ele será quem decida os impases entre dois individuos
3)A perda de liberdade por parte do individuo, cedida ao poder para que possa garantir as duas anteriores
Então o poder só pode se perpetuar por medio da continuidade de conflitos. se por exemplo o poder decidise confrontar as hordas de selvagens que são verdadeiramente livres para fazer o que quiserem depois de um jogo, perdería todo sustento de imediato.
o que está em discussão hoje não é se o poder quer ou não cidadás honestas, e sim se o poder tem como se sustentar numa sociedade depois de excluir todos os que a corrompem.
convivencia pacífica? é um mito, só depois de tirar a invasividade do estado do meio. MEu sogr me contava o outro dia que nos oitenta no interior de MT não tinha babaquinha fazendo barraco no consultorio. Claro que não, naquela época até o médico tinha um treoitão embaixo da mesa, vai que fica louco e quer fazer uso...