Quando Chico Buarque, sob o pseudônimo de Julinho de Adelaide, começou a rascunhar o samba “Jorge Maravilha” rabiscou no papel: “-Nada como um dia após um outro dia...” e parou.
Segundo o próprio Chico, a frase veio antes da melodia e a letra demorou um pouco mais, mas a frase estava lá.
E foi com ela na cabeça que acordei na manhã do domingo após dormir algumas horas apenas.
E foi com ela que acabei por mudar meu conceito sobre a prova de F1 que rolou na madrugada.
Pouco antes de dormir havia falado com Felipe Maciel, editor do Podium GP, que não havia gostado da corrida, que havia achado morna, quase sem graça, agora já penso diferente... Foi uma corrida muito boa.
A impressão de ter visto Vettel correr com o regulamento no assento do carro se dissipou.
O alemão não venceu Button por que não quis vencer.
Foi porque não pode.
Apesar do amplo domínio da Red Bull durante o ano, em Suzuka a Mclaren esteve claramente superior e apenas o braço de Vettel explica sua pole position.
E Button, por mais que seu estilo “poupador” me desagrade – sempre digo: o nome do jogo é corrida e não poupança – pilotou com classe, estilo e determinação.
Pouco importa de levou a corrida nas paradas de boxes, olhando as voltas de cada um, num comparativo pobre, é possível projetar uma ultrapassagem. Talvez não simples e nem fácil, ou talvez de bandeja, já que apenas um ponto já bastava para Vettel, mas que Button ultrapassaria, me parece fato.
Até ai tudo OK, mas como explicar que entre Button e Vettel estava Alonso?
Pode-se aplicar duas visões:
Primeira: O terceiro lugar já era o bastante e seria desnecessário correr riscos em uma briga apenas pelo segundo, já que chegar em Button parecia impossível.
Segundo: Era Alonso que estava ali, um cara que mesmo com um carro ruim, está na briga pelo vice e levando muito a sério.
No fim, foi uma corrida com três vitoriosos:Button, de fato.
Alonso, por ter tirado mais uma vez leite de pedra.
Vettel que levou – merecidamente – o título.
Se você chegou até aqui deve estar pensando: “-Porra! O Groo falando bem do Button e do Alonso?”.
Pois é... Como no samba do Chico, o pai da menina não gosta dele, mas ela gosta.
Aqui é a mesma coisa... Eu não gosto dos caras, mas a história gosta...
Segundo o próprio Chico, a frase veio antes da melodia e a letra demorou um pouco mais, mas a frase estava lá.
E foi com ela na cabeça que acordei na manhã do domingo após dormir algumas horas apenas.
E foi com ela que acabei por mudar meu conceito sobre a prova de F1 que rolou na madrugada.
Pouco antes de dormir havia falado com Felipe Maciel, editor do Podium GP, que não havia gostado da corrida, que havia achado morna, quase sem graça, agora já penso diferente... Foi uma corrida muito boa.
A impressão de ter visto Vettel correr com o regulamento no assento do carro se dissipou.
O alemão não venceu Button por que não quis vencer.
Foi porque não pode.
Apesar do amplo domínio da Red Bull durante o ano, em Suzuka a Mclaren esteve claramente superior e apenas o braço de Vettel explica sua pole position.
E Button, por mais que seu estilo “poupador” me desagrade – sempre digo: o nome do jogo é corrida e não poupança – pilotou com classe, estilo e determinação.
Pouco importa de levou a corrida nas paradas de boxes, olhando as voltas de cada um, num comparativo pobre, é possível projetar uma ultrapassagem. Talvez não simples e nem fácil, ou talvez de bandeja, já que apenas um ponto já bastava para Vettel, mas que Button ultrapassaria, me parece fato.
Até ai tudo OK, mas como explicar que entre Button e Vettel estava Alonso?
Pode-se aplicar duas visões:
Primeira: O terceiro lugar já era o bastante e seria desnecessário correr riscos em uma briga apenas pelo segundo, já que chegar em Button parecia impossível.
Segundo: Era Alonso que estava ali, um cara que mesmo com um carro ruim, está na briga pelo vice e levando muito a sério.
No fim, foi uma corrida com três vitoriosos:Button, de fato.
Alonso, por ter tirado mais uma vez leite de pedra.
Vettel que levou – merecidamente – o título.
Se você chegou até aqui deve estar pensando: “-Porra! O Groo falando bem do Button e do Alonso?”.
Pois é... Como no samba do Chico, o pai da menina não gosta dele, mas ela gosta.
Aqui é a mesma coisa... Eu não gosto dos caras, mas a história gosta...
Comentários
Agora imagina o cara fazer o que tem que fazer para impedir o título do outro (que é vencer a corrida) e mesmo assim não adiantar nada porque o outro ficou em terceiro e se sagrou campeão, mas ele não está nem aí e comemora a vitória como se estivesse sendo campeão do mundo ... isso pra mim mostra o quanto cada prova é importante. Não tão importante quanto ser campeão da temporada, mas provando que as quatro provas que restam terão o mesmo valor que as demais, até o Vettel vai querer vencer a maioria delas .....
Não foi a corrida que gostariamos de ver, mas ainda assim não deu sono.
Vettel a meu ver, não quis arriscar. Poderia ter pressionado Alonso bem mais do que fez - mas pra quê? Não era preciso.
No fim os três melhores do ano juntos no pódio.
abs
Gostei das palavras: corrida e poupança. Boa!
Valeu
no final das contas, button merece o vice, ta guiando muito, e se a mc lata acertar a caranga no começo do ano, o vettel vai ter muito mais trabalho. abs. dfschairma
Os três foram grandes vencedores e se a vitória fosse o único resultado que interessasse a Vettel para ser campeão já em Suzuka, teríamos que esperar por Yeongam.
Alonso vem num trabalho esplendoroso! Ano que vem, se tiver um carro decente, vai buscar o tri.
abs
Como dói saber e reconhecer que Alonso é bom pra dedéu, né. Evito ao máximo essas afirmações, mas tem dia que não dá pra ignorar hahahahaha
Vettel... eu já nem sei mais o que eu acho de Vettel. Só sei que não tem como não ama-lo.
Beijos
Primeiramente, parabéns pelo post! Misturou F1 com música de alta qualidade!
Para mim, o pódio em Suzuka é um bom resumo do que está sendo a temporada de 2011: Button no auge da carreira, Alonso tirando leite de pedra da Ferrari e Vettel... bem, torço apenas para que não domine a F1 como fez Schumacher.
Quanto a Lewis Hamilton, fiz uma comparação qu se encaixa bem no perfil do inglês:
http://funnyformula1.blogspot.com/2011/10/comparacoes-infames_9697.html
Espero que goste!
Mas, se agora posso "torcer" por alguém para ser vice, acho que opto por Button.
Abs!
Impossível discordar: os vitoriosos de 2011 no pódio. Mas torço para que Red Bull, Ferrari e McLaren apareçam com carros em níveis de competitividade mais próximos em 2012. Ver esses três brigando em pé de igualdade seria histórico.
Sobre seu comentário a respeito do pobre... Eu fico até assustado com você não saber do que estou falando porque musicalmente eu sou uma negação, então fico na dúvida se realmente há alguma semelhança ou se estou exagerando. Sei que NÃO são iguais, mas acho que há uma quantidade boa de semelhanças, tanto musicalmente quanto na letra entre o refrão de "O Pobre" do Léo Jaime e o de "Jorge Maravilha" do Chico. Exagero meu? Veja o vídeo do Léo Jaime: http://www.youtube.com/watch?v=CwfhXRSW1Mo
E olha, sinceramente, pra mim as canções são água e vinho. Ou melhor, água e óleo... Não consigo mesmo achar semelhanças nem na letra, nem na melodia nem na harmonia...
Brigado!
Mas quanto ao DRS, ele pode ser usado sim para passar retardatários, inclusive no caso mencionado pelo anônimo acima o uso foi tão claro e demorado que se não fosse dentro da regra com certeza a Red Bull e o mundo todo já tavam reclamando de não ter havido nenhuma punição.
Na verdade o DRS pode ser acionado para qualquer carro, até mesmo para um retardatário recuperar uma volta de algum carro à sua frente (é claro que alguém que dê uma volta num retardatário não vai ficar ainda 1 segundo à frente dele na próxima área de DRS, mas se ficar, este pode recuperar a volta com a ajuda do DRS - palavra do Charlie Whitting : http://www.f1fanatic.co.uk/2011/03/16/lapped-drivers-drs-pass-leader-whiting)