O ônibus estava vazio ao sair do ponto inicial, apenas um passageiro além do cobrador e da motorista.
Logo na primeira parada, apenas trezentos metros do ponto inicial, um sujeito dá o sinal para embarcar.
Não é comum que entre alguém naquele local, apenas bem mais à frente, mas como é sua obrigação, a motorista para o coletivo.
Ao embarcar o rapaz para na frente da catraca como quem vai tirar do bolso a carteira, mas ao invés de sacar o dinheiro anuncia um assalto. -Pô! Sangue bão... O busão acabou de sair do ponto inicial, primeira viagem... Não tem grana nem pro troco. – diz o cobrador.
-Que é que ta pegando ai, Coroinha? – pergunta a motorista.
-O sangue bão aqui disse que vai assaltar a gente Danuza... – e ri. Ela também.
-Do que cês tão rindo mano? O baguio é sério! Passa a grana. – insiste.
-Que grana Mané? Já disse que é a primeira viagem. Não tem.
-Acredita no Coroinha, sangue bão... Se ele disse é porque não tem.
-Dirige ai minha tia...
-Eu não sou tia de vagabundo! - e dá uma guinada no coletivo.
Então o único passageiro embarcado acorda com um sobressalto.
-Ô Danuza, cacete... Tá levando gado não, apesar de eu ser pequeno, não sou bezerro.
-Fica quieto ai rapaz, isto é um assalto. – diz o meliante.
-Assalto? Ô Coroinha! O cara ai quer levar o que? – e tanto o passageiro quanto o cobrador caem na risada.
-Cês não tão me levando à sério... Eu vou queimar todo mundo se não aparecer a grana.
-Que grana, ô manézão? Não te falei que não tem?
-Pô gente... Colabora... Acordei cedo pra cacete pra assaltar este busão, deve ter pelo menos o troco ai. Ou a grana que o cara ali pagou... Qualquer coisa.
A motorista, o cobrador e o passageiro gargalham.
Logo na primeira parada, apenas trezentos metros do ponto inicial, um sujeito dá o sinal para embarcar.
Não é comum que entre alguém naquele local, apenas bem mais à frente, mas como é sua obrigação, a motorista para o coletivo.
Ao embarcar o rapaz para na frente da catraca como quem vai tirar do bolso a carteira, mas ao invés de sacar o dinheiro anuncia um assalto. -Pô! Sangue bão... O busão acabou de sair do ponto inicial, primeira viagem... Não tem grana nem pro troco. – diz o cobrador.
-Que é que ta pegando ai, Coroinha? – pergunta a motorista.
-O sangue bão aqui disse que vai assaltar a gente Danuza... – e ri. Ela também.
-Do que cês tão rindo mano? O baguio é sério! Passa a grana. – insiste.
-Que grana Mané? Já disse que é a primeira viagem. Não tem.
-Acredita no Coroinha, sangue bão... Se ele disse é porque não tem.
-Dirige ai minha tia...
-Eu não sou tia de vagabundo! - e dá uma guinada no coletivo.
Então o único passageiro embarcado acorda com um sobressalto.
-Ô Danuza, cacete... Tá levando gado não, apesar de eu ser pequeno, não sou bezerro.
-Fica quieto ai rapaz, isto é um assalto. – diz o meliante.
-Assalto? Ô Coroinha! O cara ai quer levar o que? – e tanto o passageiro quanto o cobrador caem na risada.
-Cês não tão me levando à sério... Eu vou queimar todo mundo se não aparecer a grana.
-Que grana, ô manézão? Não te falei que não tem?
-Pô gente... Colabora... Acordei cedo pra cacete pra assaltar este busão, deve ter pelo menos o troco ai. Ou a grana que o cara ali pagou... Qualquer coisa.
A motorista, o cobrador e o passageiro gargalham.
-Seguinte... – diz Coroinha, o cobrador – Não tem grana nenhuma. O Nicão ali não paga passagem. Ele é deficiente, logo... Sacou, sangue?
-Deficiente do que porra? – se exalta o ladrão.
-Caralho! Tu é cego ou burro? Eu sou anão... – diz Nicão já fulo da vida.
-Deficiente do que porra? – se exalta o ladrão.
-Caralho! Tu é cego ou burro? Eu sou anão... – diz Nicão já fulo da vida.
-E desde quando anão é ser deficiente? No que te atrapalha além de não alcançar o bagageiro das conduções?
-Se eu te mostrar no que atrapalha você reconhece a deficiência e sai fora de boa? Grana cê já sabe que não tem mesmo...
O meliante pensa e decide aceitar a proposta.
-Eu não devia, mas vou te contar... E se rir vai tomar com a marmita que eu levo na cabeça. Danusa, para a porra do busão ai! - e ela encosta o coletivo no meio fio com duas rodas sobre a calçada.
-Então, vou contar uma vez só, por isto presta atenção... – e começa a contar – Tá vendo eu aqui de pé? Pois é, tenho os membros perfeitos, todos eles se você quer saber, mas tenho só 1m45 de altura. E ontem matei o trampo pra ir no motel.
-Com mulher normal? – pergunta o ladrão meio envergonhado.
-Como assim normal? Lógico que era normal ou eu tenho cara de quem sai com travesti caralho? – se irrita Nicão.
-Não, não... Eu quis dizer na altura... – desculpa ai baixinho.
-Bão... Não... Ela também é anã e é cinco centímetros menor que eu. Mas é lindinha... Toda bonitinha, parece uma boneca... Ai a gente foi lá... Escolhemos o motel pegamos o taxi e lá fomos nós.
-Tu foi em qual? – quis saber Danusa.
-No Camelot, aquele que parece um castelo.
-Tô ligada! Já fui com a Rose lá... O negócio é medieval mesmo, por fora e por dentro. Chão de pedra e tudo...
-Pois é... Ai que eu queria chegar... A gente desceu do taxi, entrou no castelo, pegamos a chave e quando chegamos no quarto e a porra da cama era tamanho e altura tipo medieval mesmo, daquelas enormes, altas pra caramba... Melou tudo.
-Como assim melou tudo? O que aconteceu? – ficou curioso o bandido.
-Amigo... Olha para mim e imagina uma menina ainda menor... Imaginou? Imagina ai a porra de uma cama alta pra caraio... Imaginou?
-Tá, mas e daí?
-Como e daí? Cê já viu quarto de motel ter escadinha pra subir na cama?
-Ixi... Mas não dava pra fazer no carpete mesmo?
-Que carpete? Cê é surdo? Não ouviu a Danusa falar que o chão é de pedra?
-E não rolou nada então?
-Rolou... Rolou que eu morri numa grana no motel, perdi o dia de trabalho, vou tomar um esculacho se não tiver uma boa desculpa pra ter faltado. E agora ainda tem um rosca-frouxa pedindo ajuda para assaltar o ônibus que eu estou... Convencido?
-É parceiro, foi uma situação bem ruim, heim?
-Pois é... Agora que reconheceu e sabe que não tem grana no busão, sai fora!
-Tá certo então, cotoco... Não vou mais assaltar o busão... Mas pode ir me dando a marmita e o relógio ai, se não, sem piada, a coisa vai ficar pequena pra você...
-Se eu te mostrar no que atrapalha você reconhece a deficiência e sai fora de boa? Grana cê já sabe que não tem mesmo...
O meliante pensa e decide aceitar a proposta.
-Eu não devia, mas vou te contar... E se rir vai tomar com a marmita que eu levo na cabeça. Danusa, para a porra do busão ai! - e ela encosta o coletivo no meio fio com duas rodas sobre a calçada.
-Então, vou contar uma vez só, por isto presta atenção... – e começa a contar – Tá vendo eu aqui de pé? Pois é, tenho os membros perfeitos, todos eles se você quer saber, mas tenho só 1m45 de altura. E ontem matei o trampo pra ir no motel.
-Com mulher normal? – pergunta o ladrão meio envergonhado.
-Como assim normal? Lógico que era normal ou eu tenho cara de quem sai com travesti caralho? – se irrita Nicão.
-Não, não... Eu quis dizer na altura... – desculpa ai baixinho.
-Bão... Não... Ela também é anã e é cinco centímetros menor que eu. Mas é lindinha... Toda bonitinha, parece uma boneca... Ai a gente foi lá... Escolhemos o motel pegamos o taxi e lá fomos nós.
-Tu foi em qual? – quis saber Danusa.
-No Camelot, aquele que parece um castelo.
-Tô ligada! Já fui com a Rose lá... O negócio é medieval mesmo, por fora e por dentro. Chão de pedra e tudo...
-Pois é... Ai que eu queria chegar... A gente desceu do taxi, entrou no castelo, pegamos a chave e quando chegamos no quarto e a porra da cama era tamanho e altura tipo medieval mesmo, daquelas enormes, altas pra caramba... Melou tudo.
-Como assim melou tudo? O que aconteceu? – ficou curioso o bandido.
-Amigo... Olha para mim e imagina uma menina ainda menor... Imaginou? Imagina ai a porra de uma cama alta pra caraio... Imaginou?
-Tá, mas e daí?
-Como e daí? Cê já viu quarto de motel ter escadinha pra subir na cama?
-Ixi... Mas não dava pra fazer no carpete mesmo?
-Que carpete? Cê é surdo? Não ouviu a Danusa falar que o chão é de pedra?
-E não rolou nada então?
-Rolou... Rolou que eu morri numa grana no motel, perdi o dia de trabalho, vou tomar um esculacho se não tiver uma boa desculpa pra ter faltado. E agora ainda tem um rosca-frouxa pedindo ajuda para assaltar o ônibus que eu estou... Convencido?
-É parceiro, foi uma situação bem ruim, heim?
-Pois é... Agora que reconheceu e sabe que não tem grana no busão, sai fora!
-Tá certo então, cotoco... Não vou mais assaltar o busão... Mas pode ir me dando a marmita e o relógio ai, se não, sem piada, a coisa vai ficar pequena pra você...
Comentários
Sai cada história dessa caixola...e o cara ainda ficou sem a marmita e o relógio.
abs
Putz. Feliz Natal tmbém.
Abs.
Escapei por muito pouco de ser um anão: uma reguinha de estojo.
Estaria esse sujeito fazendo alusão à minha pessoa?
Não gostei dessa história, não. Nenhuma graça, porque eufemismo é coisa de medroso.
Esse é o "tópos" do mais e do menos.
Ô Groo, como vc aguenta esse cascateiro, rapaz? E ainda fazendo chantagenzinha barata... ai que dozinha dele.
Vá te catar, estrovenga.
Abs.
história bacana...
abs...
Dei gargalhadas com esse cotoco, hehehe
Abracos,
Guilherme
www.seguroauto.org