O amigo jornalista Marcio Kohara, que escreve para diversos veículos – Pódium GP, Tazio, Best Cars – além do próprio blog, o Col de Turin, me disse uma vez.
“-Se a versão é mais interessante que o fato, publique-se a versão”. – ou – “-Jornalismo é saber separar o joio do trigo... E publicar o joio.”
Seguindo estes sábios conselhos, eis aqui minha contribuição com uma versão que tem tudo para ser joio...
O ano era 1975 e o campeonato era o europeu de F3. A corrida era no circuito de Anderstop, na Suécia, preliminar da prova de F1 daquele ano.
A equipe era a March, que também tinha seu braço na F1, oficialmente, seus pilotos para a F3 daquele ano eram o sueco Gunnar Nilsson e o brasileiro Alex Dias Ribeiro, provavelmente o primeiro atleta de Cristo e que um dia correria com a inscrição “Jesus saves” na carroceria de seu carro.
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Alex Dias Ribeiro, sempre no lugar errado na hora errada |
Atrás dos dois vinha Alex, que por conta de um pneu furado e um trabalho de boxes nos moldes da época (bem mais lento...) era retardatário em uma volta.
Restava ao brasileiro apenas tentar dar a volta mais rápida da prova, porém, no décimo quinto giro, Alex perde o controle do carro e acerta Nilsson, tirando-o da disputa pela vitória e também da prova.
Gunnar fica irado, porém... O que fazer? Ao fim do campeonato ainda se sagraria o campeão.
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Connie Anderson #1, Gunnar Nilsson #2 e Alex #3 |
-Às vezes parece que vocês gostam um pouco mais do Gunnar Nilson do que de mim... Por quê? – perguntou o piloto brasileiro.
-Sabe Alex, gostamos de você... Sempre simpático, muito educado e nos presenteia sempre com bonitos exemplares da bíblia... Mas o Gunnar trás umas revistas lá da terra dele... – sorriu meio constrangido o mecânico
Talvez por estas histórias é que algum tempo depois surgiu a piada no meio da F1 “Jesus fail to saves Alex...”
Comentários
Mas acho que faltou ilustrar melhor o post, o datena diria "Quero ibagens das revistas pô" ... kkkkkkkkkkk
Alex construiu nas categorias inferiores belos resultados, mas quando chegou na F1, nada eu certo...
Foi um azar da porra, como diria um camarada.
abs
Mas foi um grande piloto.
M.C.
dessa forma a disputa era sempre desigual... a "sueca" levava vantagem sempre... kkkkk
abs...
A salvação é para morto ou, pelo menos, para um tempo após a morte.
No tempo da vida o que vale é o poder de adaptação. E de todos os poderes temporais do mundo, o maior é o poder daquela espingarda de um cano só, usada para matar os crentes.
Eu me refiro àquela espingarda que suecas e brasileiras escondem entre as virilhas. Não há um crente que não caia duro, feito um esteio de aroeira, ao ver o poder desta espingarda.
O Alex, antes de ser careca, esticava as canelas quando via uma doze dessas.
Tudo é vaidade e correr atrás do vento. Mas o maior poder do mundo é o poder da perseguida. E uma sueca cor de rosa clara... Valha-me!