Num domingo qualquer destes,
creio eu, em sua coluna na Folha de São Paulo o poeta Ferreira Gullar escreveu
em defesa dos pombos. Aqueles ratinhos de asa que empesteiam as grandes
cidades.
Pois eu vou à contramão do poeta.
Lá ele dizia que era contra que
se caçassem os bichinhos.
Eu sou a favor.
Sim eu sou a favor da cassação em
massa deles. O que, convenhamos é um negócio difícil para caramba!
Cassar pombos...
Primeiro. Sabe-se que estes
bichos voam por ai em bando.
Da última vez que fiz uma contagem
de um bando deles voando tinha para mais de quarenta!
É! Quarenta e são uns bichinhos
corporativistas que nem comento...
Para se cassá-los é preciso
aprovação da maioria. E como disse são uns bichos corporativistas. Ficam
naquela encolha:
“-Cassar, sei não. De outra vez
quando precisei dele, não me faltou...”.
“-Hum... Cassar, não a gente pode
no máximo dar uma reprimenda... Tive negócios com ele e cassar eu nem cogito”.
E assim eles vão se defendendo.
É sabido também que eles têm o
desprezível hábito de sair por aí fazendo ‘caca’ em nossas cabeças. Mas vá
acusar algum deles disto, vá!
“-Eu repilo. Veemente eu
repilo... E repilarei (sic) sempre!”
E tem também a porcaria do voto
secreto.
É eles se escondem atrás de uma
prerrogativa constitucional que lhes permitem decidir em voto secreto o que
fazer com aquele que por acaso falte com o decoro.
Decoro, aliás, é coisa que parece
cada vez mais surreal.
Pombo que se presta a receber
milho na praça, da mão de velhinho suspeito de ser bicheiro? Que nada isto não fere
decoro nenhum.
“-Decoro... Decoro! Pra que
decoro? É só um milhozinho, e era pra alimentar meus pombinhos”.
E são caras-de-pau estes bichos.
Negam e juram inocência...
E não adianta gritar espernear.
Pombo definitivamente não entende voz humana.
E se esta voz humana vier do povo
então.
Pombo não acredita na velha frase
‘vox populi, vox Dei’.
No que acreditariam os pombos?
É certo que existem bons pombos.
Já tivemos pombos heróis.
Pombos correio, que prestaram
serviços de grande relevância para a humanidade. Agora e aqui é que estes
bichos se mostraram uma praga.
É por isto que desta vez me
permito ser contrário à opinião de Ferreira Gullar.
Mestre, com estes bichos não
podemos dar muito mole não. O melhor era nem deixar nascer. Abater ainda na urna.
Depois só a tiros.
É por isto que sou a favor de se
cassar pombos.
Comentários
M.C.
M.C.
São verdadeiramente uma praga, quer ver na blogosfera então...
Tem um monte de pombos que deveria ser abatidos com metralhadoras.
abs
Não bastasse eleger a denigração de ícones, como Amiltinho, como pináculo de sua pirâmide de necessidades, passou a escamotear a verdade.
Esse sujeito é um iconoclasta, um flibusteiro, um sicário enlouquecido.
Sim, esse escritor aí, que se mete a falar de gnomos e fadas e se recusa a narrar a estória da Elfa Ferrada apaixonada pelo Alfa Romeo Uruk-Hai, ou escrever sobre o anão e suas duas sereias.
Pois, se camufla a verdade, eu vou dizê-la: em primeiro lugar, esse santista, que nada tem de santo, é um fanfarrão.
Em segundo lugar, mente: pombos não são corporativistas. Eles são liberais.
O pombo liberto é a própria imagem da paz. Mas, não é só isso. Os pombos são universalmente livres, existem em todos os países, em todos os climas e onde houver um mercado, uma praça pública, uma igreja, aí também haverá pombos. Pombos são cosmopolitas e são agrários. Eles permeiam a economia primária dos grãos, secundária dos balcões das fábricas e terciária dos lanchinhos de praças.
A liberalidade dos pombos exclui qualquer tentativa de regulação ou controle centralizado. Já se tentou exterminá-los em massa; já se tentou treiná-los, na Rússia, com os métodos do grande Pavlov; já se tentou envenená-los com milhos da Monsanto, com farelos de McDonalds e já se tentou emburrecê-los com breganejas e outras coisas. Tudo sem sucesso. Impossível controlar o liberalismo dos pombos.
O sábio pombo João Loco já dizia que Deus deu a natureza igualmente para todos os pombos. Mas, cada pombo é um e cada um é um "eu" porque tem o direito inalienável de viver. E se é um vivente de Deus, suas asinhas, suas peninhas, seu bico alaranjado, fazem parte do seu "eu". Então, a forcinha de suas asinhas e de suas bicadas são parte desse "eu". E se o pombo usa essa forcinha para bicar um amendoim ou a usa para entrar num telhado, um e outro passam a fazer parte do seu "eu". São seus. Viraram sua propriedade.
Daí os invejosos quererem matá-los.
Ah... mas o sábio João Loco disse muitas outras coisas bonitas, como essa:
"a usurpação é o exercício de um poder que pertence por direito a outro, a tirania é o exercício do poder além do direito, o que ninguém tem o direito de fazer. Onde termina a lei, começa a tirania."
Logo, segundo o João Loco, tudo o que está além do direito é tirania. Aí, aparecerem uns neo-pombos dizendo que o movimento dos pombos não só pode como deve estar além do direito. Por causa disso, dominaram o mundo.
Tenho saudades do João Loco. Ele dizia que os pombos nunca podem ter poder acima do pombo líder e bicá-lo, a menos que este ultimo cometa alguma ação que o faça perder a qualidade de líder, caso em que perde a liderança e a dignidade e vira pombo comum. Os outros pombos se tornam, assim, soberanos e "mestres do seu destino" porque resistiram ao líder safado.
Foda-se!
Eu queria mesmo é falar da pomba: do aroma, do buquê, do paladar, da estética, das cores: a pombinha branca, a preta, a amarela, a rosa. O sacrifício da pomba sagrada, a liberalidade das pombas...
http://www.midiasemmascara.org/artigos/economia/13204-o-socialismo-na-pratica-o-laboratorio-da-morte.html
LEIA ! Passarei para o Marcelonso e Ô du Volante, este último , entusiasmadíssimo com o Fascismo ! Ual....
M.C.
M.C.
Grande Groo
M.C.