Rock in Rio, eu gosto (não de tudo, claro...)

Hoje começa o Rock In Rio e muita gente vai falar: “E daí?”.
Eu curto.
Sem ressalvas.
Ainda que as últimas edições tenham sido muito criticadas principalmente pelas escalações, que no fundo é o que interessa.
Sempre no sentido que não são bem de rock.
Também adoraria um festival só com bandas de metal, indie, punk... Mas festivais da magnitude destes não podem se dar ao luxo de segmentar em um estilo único.
Ruim?
Para quem é radical sim, claro, mas para quem curte uma festa – das boas – não.

As criticas geralmente são baseadas na primeira edição e vem quase sempre acompanhada da frase (com voz esganiçada): “Aquele foi com rock mesmo!”.
Será?
Claro, teve Queen, Iron, Yes, Ac/Dc, Scorpions e outros nomes.
O rock era a música da moda na época.
Mas nem tudo tinha qualidade...  Go go´s, Nina Hagen, B52´s além de serem ruins para caramba ao vivo, tinham um repertório totalmente pop. Ainda que o pop dá época fosse algo bem parecido com o rock. Coisas do mercado musical.

Também criticam a grade nacional do festival. E pelo mesmo motivo.
Ok, até entendo que Claudia Leite, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown são um pé no saco.
Mas não diferem em nada no fato de não serem rock do povo que tocou na primeira edição.
Em que pese que Moraes Moreira e Alceu Valença tenham um pé no estilo (ouvir obrigatoriamente Novos Baianos e o disco Vivo de Alceu Valença).
Mas e Elba Ramalho, Ivan Lins e Eduardo Dusek?

Claro, a cena rock no Brasil estava nascendo e ainda assim levou ao palco nomes - hoje icônicos - como Barão e Paralamas.
Depois do festival foi o grande boom e se outra edição fosse feita um ou dois anos depois provavelmente teríamos todos os grandes nomes no palco (Titãs, Legião, Engenheiros, Barão, Paralamas...).
Hoje não tem nada e nem há uma cena rock forte que justifique a presença obrigatória na grade do festival.
Que me desculpem os fãs, mas tirando alguns discos o Skank não é bem uma banda de rock.
J Quest então nem isto...
Já o Capital Inicial, bem... É uma merda.

Para esta edição vou pular muito com o Metallica, Bruce Springsteen, Sepultura e claro, Iron Maiden.
O que não gosto, nem ouço. Ignoro totalmente...
Se não ouço fora do festival, vou ouvir dentro por quê?
Deixa para quem gosta e vida que segue.
Que venham mais Rock in Rio, todos os anos se possível.

Comentários

Jaime Boueri disse…
Vela pedida musical. Eu estava no Rock In Rio III, e o show do Iron foi um dos melhores que eu vi na vida.

Bom, sobre o texto, tens razão em alguns pontos sim. Mas...
Manu disse…
"O que não gosto, nem ouço. Ignoro totalmente..." [2]

Estou em pleno acordo com vc, Groo.
O que me irrita é alguém que conseguiu comprar ingresso digamos, do Metallica (e eu não - maldito site congestionado!) e dizer que vai pra curtir do mesmo jeito que foi no show do Vitor e Leo.
Me dói cara, e muito, ouvir uma dessas. Mas a gente tem que exercer o altruísmo não é?!
Vou curtir os shows daqueles que dão gosto de ouvir, em casa e depois baixando os shows completos.

Abs!

Vander Romanini disse…
É... Concordo mas acho que tem mais bandas de Rock pra tocar lá!!
Unknown disse…
Eu queria era mesmo ir...rs. Mas tá difícil.
Rafael Schelb disse…
Ah, eu sou meio rabugento com isso e admito. Fico pensando: imagina se alguém resolve colocar o Dr Sin numa micareta? Lógico, alguém vai vir e me dizer: "Mas é diferente." Diferente o que, cara pálida? Se uma micareta é um festival de axé e só pode tocar axé, um festival que que leva "Rock" no nome, deveria tocar só rock, no máximo pop-rock. Então que se mude o nome do festival pra, sei lá, Music In Rio...
Rafael Schelb disse…
E já ia me esquecendo: The Clansman é uma jóia da chamada "fase negra" da história do Maiden...