O ambiente estava nublado e ele não conseguia definir se eram nuvens ou fumaça.
Não havia cheiro algum no ar e nem sensação de frio ou calor.
-Onde catzo eu to? – pensou.
Não se lembrava de como havia chegado ali, não se lembrava de nada.
Quando as vistas se acostumaram reconheceu uma silhueta.
Aliás, reconheceu bem demais.
-Nunca soube que eu tinha um irmão gêmeo. – disse.
-E não tem. – respondeu a silhueta.
-Se eu não tenho um irmão gêmeo, quem é você?
-Sou você.
-Como?
-Você nunca ouviu alguém dizer que o homem se encontra consigo mesmo na morte?
-E eu morri?
-Bom... Você acaba de encontrar a si mesmo.
-E o que a gente faz agora? Discute relação?
-Hum... Então você é gay.
-Ôooo, não. Que história é esta?
-Bem... Você está aqui conhecendo a si mesmo e sai logo dizendo que quer discutir relação e quem gosta de discutir relação é mulher. Você é mulher?
-Não, você sabe bem...
-Então é gay.
-Cê não entendeu, eu fiz uma ironia.
-Hum... Irônico você... É gay mesmo.
-Não, espera... Não é nada disto você não está me entendendo...
-Ih rapaz... Você está se complicando. Agora vai pagar de “ninguém me entende.”?
-Ah... Deixa pra lá.
-Vai emburrar? Vai ficar sem falar comigo?
-Você não me deixa falar nada, fica ai tirando sarro. Acha que eu sou burro? Não sou não.
-Cara... Melhor parar. Você fez igual mulher: perguntou; você mesmo respondeu e ainda ficou bravo. E você disse que não é mulher. Logo, você é gay.
-Tá... Então eu sou gay, você venceu.
-Eu venci? Lembre-se, eu sou você.
-Desisto.
-Desiste nada, agora tem que ter a parte final da aceitação, tem que dizer em voz alta que é gay.
-Ok! Eu sou gay.
-Mais alto.
-Eu sou gay! (quase gritando)
-Mais alto!
-Eu sou gay!!!! (gritando)
-Mais alto!
-Eu sou gay!!!!!! (gritando tão alto que perde o fôlego e a consciência.).
Quando acorda, está deitado no balcão de um bar vazio.
A sua volta apenas alguns amigos e uma mulher chorando.
-O que foi que aconteceu? – pergunta ele com voz pastosa.
-Nada demais, você levantou da mesa, tropeçando, disse que ia ao banheiro, mas entrou no vestiário dos garçons, começou a falar sozinho, depois a gritar que era gay e desmaiou. Te encontramos encostado no espelho.
-Putz... E ela ouviu? – se referindo à noiva.
-Tudinho...
-Anjo, olha eu to meio alto e... – diz ele virando-se para ela.
-Tira a mão de mim! Agora a desculpa é a bebida né? Bebida virou chave de armário agora... Sei. Cê pensa que eu sou burra? Eu não burra não! E me deixa! Você não entende. – e sai batendo os pés.
Ele a olha indo embora e tem uma sensação curiosa de deja vu.
Não havia cheiro algum no ar e nem sensação de frio ou calor.
-Onde catzo eu to? – pensou.
Não se lembrava de como havia chegado ali, não se lembrava de nada.
Quando as vistas se acostumaram reconheceu uma silhueta.
Aliás, reconheceu bem demais.
-Nunca soube que eu tinha um irmão gêmeo. – disse.
-E não tem. – respondeu a silhueta.
-Se eu não tenho um irmão gêmeo, quem é você?
-Sou você.
-Como?
-Você nunca ouviu alguém dizer que o homem se encontra consigo mesmo na morte?
-E eu morri?
-Bom... Você acaba de encontrar a si mesmo.
-E o que a gente faz agora? Discute relação?
-Hum... Então você é gay.
-Ôooo, não. Que história é esta?
-Bem... Você está aqui conhecendo a si mesmo e sai logo dizendo que quer discutir relação e quem gosta de discutir relação é mulher. Você é mulher?
-Não, você sabe bem...
-Então é gay.
-Cê não entendeu, eu fiz uma ironia.
-Hum... Irônico você... É gay mesmo.
-Não, espera... Não é nada disto você não está me entendendo...
-Ih rapaz... Você está se complicando. Agora vai pagar de “ninguém me entende.”?
-Ah... Deixa pra lá.
-Vai emburrar? Vai ficar sem falar comigo?
-Você não me deixa falar nada, fica ai tirando sarro. Acha que eu sou burro? Não sou não.
-Cara... Melhor parar. Você fez igual mulher: perguntou; você mesmo respondeu e ainda ficou bravo. E você disse que não é mulher. Logo, você é gay.
-Tá... Então eu sou gay, você venceu.
-Eu venci? Lembre-se, eu sou você.
-Desisto.
-Desiste nada, agora tem que ter a parte final da aceitação, tem que dizer em voz alta que é gay.
-Ok! Eu sou gay.
-Mais alto.
-Eu sou gay! (quase gritando)
-Mais alto!
-Eu sou gay!!!! (gritando)
-Mais alto!
-Eu sou gay!!!!!! (gritando tão alto que perde o fôlego e a consciência.).
Quando acorda, está deitado no balcão de um bar vazio.
A sua volta apenas alguns amigos e uma mulher chorando.
-O que foi que aconteceu? – pergunta ele com voz pastosa.
-Nada demais, você levantou da mesa, tropeçando, disse que ia ao banheiro, mas entrou no vestiário dos garçons, começou a falar sozinho, depois a gritar que era gay e desmaiou. Te encontramos encostado no espelho.
-Putz... E ela ouviu? – se referindo à noiva.
-Tudinho...
-Anjo, olha eu to meio alto e... – diz ele virando-se para ela.
-Tira a mão de mim! Agora a desculpa é a bebida né? Bebida virou chave de armário agora... Sei. Cê pensa que eu sou burra? Eu não burra não! E me deixa! Você não entende. – e sai batendo os pés.
Ele a olha indo embora e tem uma sensação curiosa de deja vu.
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