O maestro Rogério Duprat se preparava para mais uma sessão de gravação com um trio de moleques muito promissores vindos do bairro da Pompéia, em São Paulo: Rita Lee, Arnaldo Baptista e seu irmão Sérgio Dias Baptista.
Encantado, dava passagem e forma a toda e qualquer ideia do grupo em relação ao arranjo das canções.
Ainda assim, o maestro ficara com uma pulga atrás da orelha ao ver Rita chegar ao estúdio carregando uma bomba de flit usada para borrifar veneno.
Passou por todos e pousou o estranho objeto (ao menos para o local e a ocasião) entre os instrumentos que costumava tocar nas gravações do grupo: pandeiros, meias-luas, cimbals, flautas...
Entrou na cabine de gravação e gravou algumas vozes e risadas para outra música até ouvir do maestro:
-Vamos gravar a canção francesa?
Foi a deixa para que Rita saísse da cabine e pegasse a bomba de flit.
Já não se aguentando, Duprat pergunta para a menina o que ela pensava em fazer com aquilo.
A resposta foi surpreendente: -Tocar durante a canção.
Tocar? Sim... Isto mesmo.
O chiado que se ouve durante a canção Le premier Bonheur Du Jour e que pode ser facilmente confundido com o chimbau da bateria é na verdade o acionamento da bomba.
Após metade do primeiro take, obviamente, o ar dentro da cabine ficara irrespirável com tanto veneno.
Divertido com a história e gostando do resultado, o maestro ainda tentou encher a bomba com água pura e uma mistura de água com óleo.
Como não ficava tão bom o resultado, achou melhor então voltar com o veneno e que se dane...
Era este o clima das gravações que tanto o encantavam.
A liberdade, a criatividade, a descontração e a alegria que ia muito além da excelência dos irmãos Baptista em seus instrumentos.
E pensar que hoje tem nego que coloca um disco pra tocar, arranha o bicho pra lá, junta uma música no fim da outra (ou no meio) e se acha músico.
Encantado, dava passagem e forma a toda e qualquer ideia do grupo em relação ao arranjo das canções.
Ainda assim, o maestro ficara com uma pulga atrás da orelha ao ver Rita chegar ao estúdio carregando uma bomba de flit usada para borrifar veneno.
Passou por todos e pousou o estranho objeto (ao menos para o local e a ocasião) entre os instrumentos que costumava tocar nas gravações do grupo: pandeiros, meias-luas, cimbals, flautas...
Entrou na cabine de gravação e gravou algumas vozes e risadas para outra música até ouvir do maestro:
-Vamos gravar a canção francesa?
Foi a deixa para que Rita saísse da cabine e pegasse a bomba de flit.
Já não se aguentando, Duprat pergunta para a menina o que ela pensava em fazer com aquilo.
A resposta foi surpreendente: -Tocar durante a canção.
Tocar? Sim... Isto mesmo.
O chiado que se ouve durante a canção Le premier Bonheur Du Jour e que pode ser facilmente confundido com o chimbau da bateria é na verdade o acionamento da bomba.
Após metade do primeiro take, obviamente, o ar dentro da cabine ficara irrespirável com tanto veneno.
Divertido com a história e gostando do resultado, o maestro ainda tentou encher a bomba com água pura e uma mistura de água com óleo.
Como não ficava tão bom o resultado, achou melhor então voltar com o veneno e que se dane...
Era este o clima das gravações que tanto o encantavam.
A liberdade, a criatividade, a descontração e a alegria que ia muito além da excelência dos irmãos Baptista em seus instrumentos.
E pensar que hoje tem nego que coloca um disco pra tocar, arranha o bicho pra lá, junta uma música no fim da outra (ou no meio) e se acha músico.
Comentários
E o cara misturou tudo na mixagem e ficou muito boa!!!
Nunca recebi um tostão e nem a gravação...
Freelancer...
Um tempo bom que ficou pra trás. Infelizmente hoje, muito daquilo que se toca por ai não vale nada...
abs