A crônica do GP: O fim do azar?

Logo após o fim da corrida em Mônaco, Felipe Massa foi para o motorhome feliz da vida.
Após largar em décimo sexto, conseguiu chegar ao sétimo lugar.
Parece pouco, mas ele lembra a todos os maledicentes que a corrida era nas ruas do principado.
-Lá é difícil passar, é apertado pra caramba! – diz.

Senta-se em sua cadeira e mesmo não tendo feito pódio, pede um champanhe para comemorar.
-Comemorar o que exatamente? – lhe pergunta seu secretário.
-O fim do azar! – responde referindo-se a todos os lances ruins do ano até aqui.
-Na corrida desta vez não fui acertado pelo Alonso, nem pelo japonês fiadaputa das vaquinhas e muito menos pelo moleque da Caterham como na classificação. Isto só pode significar o fim do azar! – e se prepara para espocar o espumante.

Então toca o telefone celular.
Olhando para o display descobre tratar-se de uma ligação de seu administrador, provavelmente para lhe dar o balanço de seus investimentos.
-Alô! Fala meu querido, boas noticias, presumo!
-Na verdade não Felipe, na verdade não...
-Como não? Agora estou com sorte, você não viu a corrida hoje?
-Vi, parabéns pelo sétimo lugar, mas...
-Mas?
-Sabe aquele terreno que o senhor comprou no Atacama?
-Sim... Aquele lote no deserto.
-Pois é.  Choveu tanto no deserto que inundou toda a região incluindo seu terreno.
-Hum... Só isto?
-Não... Os anões do espetáculo circense que o senhor patrocina...
-Opa! Os menores anões do mundo! Este é retorno certo.
-Então... Os anões estão crescendo, o menorzinho deles já está com 1m80cm.
-Sério? E o maior? Aquele que tinha 48 cm de altura?
-Está fazendo testes no Lakers hoje.
-Só falta você dizer que a grana da bolsa de valores também vai mal.
-O senhor não lê jornais? A Dilma voltou a subir nas pesquisas...

Felipe agradece e se despede, desliga o telefone, mas ainda assim se recusa a acreditar que a má fase continua. Tudo o que foi lhe relatado é anterior a corrida, portanto faz parte do passado.
 Pega uma fatia de pão e passa geleia, fica de pé sobre o tapete persa de cinco mil dólares que cobre o piso do motorhome e a deixa cair.
A face com a geleia cai para cima.
-E o fim do azar, eu disse!
Então pega a garrafa novamente e a abre fazendo o movimento de girar a rolha para estourar.
A rolha sobe, bate no teto e volta batendo no pote de geleia que derrama todo seu conteúdo sobre o referido tapete e não bastasse isto, o conteúdo da garrafa também cai sobre a geleia fazendo uma meleca considerável.
Antes mesmo de poder se lamentar, um batalhão de mecânicos juntamente com alguns repórteres invade o motorhome para comemorar e entrevistar o piloto espalhando a sujeira por todo o tapete.

Comentários

Tá mal o rapaz...em Monco até eu de camaro chego em sétimo !
Vander Romanini disse…
Esse aí se chover mulher, cai o Kid Bengala em seu colo...
Jaime Boueri disse…
Putz... Mas Mônaco saiu melhor do que a encomenda. Largando em 16º, ao lado do Maldonado...

Chegar em 7º foi uma vitória.
Marcelonso disse…
Groo,

E pensar que no inicio do ano se acreditava em vitória dele na Williams.


abs