Óbvio.
Você tem mais de vinte anos e viu Senna correndo.
Formou seu gosto pela F1 assistindo o brasileiro ganhar e se acostumando (muito mal, diga-se) a se sentir o torcedor do país mais importante do mundo do automobilismo.
Depois dele, algumas vitórias - não muitas - e a saída do país do rol dos protagonistas.
Se você não é um aficionado pela coisa – e não se envergonhe, nem todo mundo é – provavelmente deixou de ver regularmente as corridas e, claro, sente saudades deste tempo.
Mas, e os realmente loucos pela coisa ou os que não viram “ao vivo”? Sentem saudades também? Claro!
Dentre estes há aquele grupo que não considera o cara “o melhor de todos os tempos” - o que convenhamos, é uma besteira – mas são os mesmos que gostam das corridas pelo que elas são e assim sendo, sentem saudades dele por ter feito delas em seu tempo algo memorável e extremamente divertido.
Como Fangio, Clark, Hill, Ascari, Villeneuve, o pai e alguns outros mais incluindo Michael Schumacher que, ao contrário do que pensam, não inventou o domínio na F1, mas teve sim o seu por muito tempo, o que deixou o negócio chato por um lado e excitante pelo outro já que todos esperavam aparecer o cara que o bateria.
A estes sinto, mas só a idade o bateu.
Para existir um novo rei, o velho tem que sumir.
Qual o legado deixado por Senna às gerações atuais?
Além de todo o papo patriótico da bandeira nas mãos, do ídolo nacional que vingou uma pátria sofrida em domingos pela manhã e blá, blá, blá?
Não vale dizer que abriu portas... Este papel é de outro cara tão importante quanto e que ainda (e tomara que por muitos anos) está vivo.
Simples...
A F1 após a morte de Senna tornou-se obsessiva por segurança e se não se pode dizer que alcançaram a perfeição no quesito (perigoso sempre vai ser) é justo que se diga que o patamar alcançado é alto, muito alto.
Não tivesse existido aquele domingo há vinte anos muito provavelmente Senna estaria por ai (ou não, vai saber?), mas quantas outras vidas teriam se perdido?
Kubica, só para citar um exemplo, seria apenas mais um dado estatístico após aquela pancada em Montreal/2007.
Um ponto positivo na tragédia já que ninguém, absolutamente ninguém, quer ligar a TV para assistir um esporte - um entretenimento, portanto - e ver alguém perder a vida de uma forma que muito provavelmente será horrível.
Porém também há o lado negativo além da perda em si...
Esta mesma busca pela segurança tornou-se uma muleta para que outros interesses tolhessem da F1 sua competitividade natural a transformando cada vez mais em um circo “de luzes e cores” com alguma velocidade e pegas de vez em quando.
Tudo passou a ser visto como “perigoso”, “arriscado” ou “desnecessário ao espetáculo”.
De disputas às pistas.
Some-se isto a sede pela adequação econômico-ecológica e o que temos é que vemos.
Claro, não é culpa do cara, afinal, se ele pudesse escolher com certeza estaria aqui agora e o Kubica que se fodesse.
Mas é algo a se pensar... De qualquer forma: Lá se vão vinte anos...
Você tem mais de vinte anos e viu Senna correndo.
Formou seu gosto pela F1 assistindo o brasileiro ganhar e se acostumando (muito mal, diga-se) a se sentir o torcedor do país mais importante do mundo do automobilismo.
Depois dele, algumas vitórias - não muitas - e a saída do país do rol dos protagonistas.
Se você não é um aficionado pela coisa – e não se envergonhe, nem todo mundo é – provavelmente deixou de ver regularmente as corridas e, claro, sente saudades deste tempo.
Mas, e os realmente loucos pela coisa ou os que não viram “ao vivo”? Sentem saudades também? Claro!
Dentre estes há aquele grupo que não considera o cara “o melhor de todos os tempos” - o que convenhamos, é uma besteira – mas são os mesmos que gostam das corridas pelo que elas são e assim sendo, sentem saudades dele por ter feito delas em seu tempo algo memorável e extremamente divertido.
Como Fangio, Clark, Hill, Ascari, Villeneuve, o pai e alguns outros mais incluindo Michael Schumacher que, ao contrário do que pensam, não inventou o domínio na F1, mas teve sim o seu por muito tempo, o que deixou o negócio chato por um lado e excitante pelo outro já que todos esperavam aparecer o cara que o bateria.
A estes sinto, mas só a idade o bateu.
Para existir um novo rei, o velho tem que sumir.
Qual o legado deixado por Senna às gerações atuais?
Além de todo o papo patriótico da bandeira nas mãos, do ídolo nacional que vingou uma pátria sofrida em domingos pela manhã e blá, blá, blá?
Não vale dizer que abriu portas... Este papel é de outro cara tão importante quanto e que ainda (e tomara que por muitos anos) está vivo.
Simples...
A F1 após a morte de Senna tornou-se obsessiva por segurança e se não se pode dizer que alcançaram a perfeição no quesito (perigoso sempre vai ser) é justo que se diga que o patamar alcançado é alto, muito alto.
Não tivesse existido aquele domingo há vinte anos muito provavelmente Senna estaria por ai (ou não, vai saber?), mas quantas outras vidas teriam se perdido?
Kubica, só para citar um exemplo, seria apenas mais um dado estatístico após aquela pancada em Montreal/2007.
Um ponto positivo na tragédia já que ninguém, absolutamente ninguém, quer ligar a TV para assistir um esporte - um entretenimento, portanto - e ver alguém perder a vida de uma forma que muito provavelmente será horrível.
Porém também há o lado negativo além da perda em si...
Esta mesma busca pela segurança tornou-se uma muleta para que outros interesses tolhessem da F1 sua competitividade natural a transformando cada vez mais em um circo “de luzes e cores” com alguma velocidade e pegas de vez em quando.
Tudo passou a ser visto como “perigoso”, “arriscado” ou “desnecessário ao espetáculo”.
De disputas às pistas.
Some-se isto a sede pela adequação econômico-ecológica e o que temos é que vemos.
Claro, não é culpa do cara, afinal, se ele pudesse escolher com certeza estaria aqui agora e o Kubica que se fodesse.
Mas é algo a se pensar... De qualquer forma: Lá se vão vinte anos...
Comentários
E realmente, pagamos um preço extremamente alto para ter a segurança que existe hoje...
A nossa geração teve a sorte de assistir pilotos do calibre de Emerson, Piquet e Senna. Fomos mal acostumados com vitórias e campeonatos...
E mesmo que anos tenham passado sem que surgisse algum brasileiro capaz de lutar por campeonatos, o gosto pelo esporte para aqueles que gostam de uma bela corrida permanece vivo, independente da geração de pilotos.
Já quem acompanhava a categoria motivado apenas pelas vitórias de Senna, vive a procura de um substituto, que não vai aparecer.
Senna foi fantástico, com um talento muito acima da média, uma lenda da pistas que merece nossa reverencia, assim como Fittipaldi e Piquet.
abs
ABS.
Coisa que, convenhamos, faz parte.
Ou fazia, né?
Ótimo texto!
Mas, no fundo, não gosto de tênis e se tem algum Deus desse esporte eu desconheço. Com certeza não é o Guga, de quem gostei e gosto.
Abs.