O título fica meio deslocado e sem sentido, afinal, não existe eleição lado A.
As baixarias, os ataques, os candidatos carregados de folclore e cinismo fazem do espetáculo da democracia um thriller de terror lado ZZ, bem mais trash que qualquer filme de José Mojica Marins.
A quantidade de personagens (im) populares a pipocar nas telas das TV´s a cada dois anos (seja lá para qual cargo for) é impressionante.
Desde comediantes popularescos até “comediantes” involuntários.
Gente que em uma análise pouco profunda pode ser declarada imprópria para os cargos que pleiteiam.
Claro, reza a lei máxima da democracia que qualquer um pode se eleger e exercer mandatos em cargos públicos, mas... É qualquer um que queremos nos representando?
E não me venha que isto é papo de elite, de reacionário, de simpatizante da direita ou extrema direita.
Estou cagando e andando para estes rótulos, porém, não vou deixar de me divertir à custa deste pessoal.
Em São Paulo.
Para governador temos à proa das pesquisas o atual ocupante do cargo.
Detonou a saúde, sucateou a educação (ainda não engulo a progressão continuada) e em certos aspectos, contribuiu para o agravamento do problema de armazenagem e distribuição de água potável no Estado.
Claro, ele não tem culpa de que não esteja chovendo regularmente, mas dava para ter investido mais em manutenção da rede e novos reservatórios. Ou não?
Pelo lado da oposição há um poste e um candidato dos empresários.
O poste, como tal, não decola e não tem carisma. Creio que nem competência.
O outro é, aparentemente, uma continuidade das políticas já implantadas pelo atual governo. Mas com um verniz de tez mais clara, para não confundir demais.
Para o planalto a coisa é ainda mais calamitosa.
A atual presidente (presidenta é o caralho) se viu pressionada e começou a dizer em seu programa tantas vezes que são necessárias mudanças que só falta sugerir que se vote no tucano.
O tucano por sua vez só fala em manter isto, manter aquilo, manter outras coisas que não é difícil vendo-o apoiando a candidata à reeleição num eventual segundo turno.
Curioso, já que há bem pouco tempo atrás eram inimigos figadais.
O que quer dizer pouca coisa... O atual partido do governo era inimigo declarado do “rouba mais faz”, do “caçador de marajás”, do líder do “clã do Maranhão” e hoje é aliado de todos eles em maior ou menor escala.
A candidata dita de “renovação” e que ganhou a candidatura por um acidente (sem ironias e sem piadas) se perde em voltas e reviravoltas de opinião que, por vezes, tem explicações confusas que só pioram a coisa.
Mas o pior de todos, sem dúvida, é o eleitorado de forma geral.
Em vez de se preocupar em procurar boas propostas, planos de governo com fundamento e possíveis de serem levados à cabo, fica apenas na superfície da discussão arranhando temas tão fúteis quanto intangíveis ao ocupante do planalto.
Não é o presidente quem vai decidir sozinho leis sobre direitos de homossexuais, partes religiosas, maioridade penal entre outros assuntos. Até por isto, pouco importa a crença que ele/ela tenha ou deixe de ter...
Isto vai caber ao Congresso e ao Senado, que criarão e votarão as leis, as emendas e aprovarão ou não estes temas.
O presidente pode apresentar coisas, mas vai ser levado ao crivo destas casas.
Assim como pode também vetar o que delas vier, mas é um jogo de interesses onde a política partidária vai mandar mais que a vontade do “supremo mandatário”.•.
Longe de querer dizer: “vote em qualquer um para presidente”, a mensagem real é: “escolha com mais cuidado quem vai ocupar o Congresso e o Senado”.
É de lá que virão as mudanças ou ajustes que estamos esperando, não do “super homem” ou “super mulher” que pleiteia a presidência.
Pense nisto.
As baixarias, os ataques, os candidatos carregados de folclore e cinismo fazem do espetáculo da democracia um thriller de terror lado ZZ, bem mais trash que qualquer filme de José Mojica Marins.
A quantidade de personagens (im) populares a pipocar nas telas das TV´s a cada dois anos (seja lá para qual cargo for) é impressionante.
Desde comediantes popularescos até “comediantes” involuntários.
Gente que em uma análise pouco profunda pode ser declarada imprópria para os cargos que pleiteiam.
Claro, reza a lei máxima da democracia que qualquer um pode se eleger e exercer mandatos em cargos públicos, mas... É qualquer um que queremos nos representando?
E não me venha que isto é papo de elite, de reacionário, de simpatizante da direita ou extrema direita.
Estou cagando e andando para estes rótulos, porém, não vou deixar de me divertir à custa deste pessoal.
Em São Paulo.
Para governador temos à proa das pesquisas o atual ocupante do cargo.
Detonou a saúde, sucateou a educação (ainda não engulo a progressão continuada) e em certos aspectos, contribuiu para o agravamento do problema de armazenagem e distribuição de água potável no Estado.
Claro, ele não tem culpa de que não esteja chovendo regularmente, mas dava para ter investido mais em manutenção da rede e novos reservatórios. Ou não?
Pelo lado da oposição há um poste e um candidato dos empresários.
O poste, como tal, não decola e não tem carisma. Creio que nem competência.
O outro é, aparentemente, uma continuidade das políticas já implantadas pelo atual governo. Mas com um verniz de tez mais clara, para não confundir demais.
Para o planalto a coisa é ainda mais calamitosa.
A atual presidente (presidenta é o caralho) se viu pressionada e começou a dizer em seu programa tantas vezes que são necessárias mudanças que só falta sugerir que se vote no tucano.
O tucano por sua vez só fala em manter isto, manter aquilo, manter outras coisas que não é difícil vendo-o apoiando a candidata à reeleição num eventual segundo turno.
Curioso, já que há bem pouco tempo atrás eram inimigos figadais.
O que quer dizer pouca coisa... O atual partido do governo era inimigo declarado do “rouba mais faz”, do “caçador de marajás”, do líder do “clã do Maranhão” e hoje é aliado de todos eles em maior ou menor escala.
A candidata dita de “renovação” e que ganhou a candidatura por um acidente (sem ironias e sem piadas) se perde em voltas e reviravoltas de opinião que, por vezes, tem explicações confusas que só pioram a coisa.
Mas o pior de todos, sem dúvida, é o eleitorado de forma geral.
Em vez de se preocupar em procurar boas propostas, planos de governo com fundamento e possíveis de serem levados à cabo, fica apenas na superfície da discussão arranhando temas tão fúteis quanto intangíveis ao ocupante do planalto.
Não é o presidente quem vai decidir sozinho leis sobre direitos de homossexuais, partes religiosas, maioridade penal entre outros assuntos. Até por isto, pouco importa a crença que ele/ela tenha ou deixe de ter...
Isto vai caber ao Congresso e ao Senado, que criarão e votarão as leis, as emendas e aprovarão ou não estes temas.
O presidente pode apresentar coisas, mas vai ser levado ao crivo destas casas.
Assim como pode também vetar o que delas vier, mas é um jogo de interesses onde a política partidária vai mandar mais que a vontade do “supremo mandatário”.•.
Longe de querer dizer: “vote em qualquer um para presidente”, a mensagem real é: “escolha com mais cuidado quem vai ocupar o Congresso e o Senado”.
É de lá que virão as mudanças ou ajustes que estamos esperando, não do “super homem” ou “super mulher” que pleiteia a presidência.
Pense nisto.
Comentários
E o triste é que para o legislativo existe uma caralhada de candidatos, que falam qualquer besteira em 10, 20 segundos.
Assim, como e quando a grande massa populacional, que tem (com razão) asco à política, vai conseguir escolher bons representantes em meio a esse esgoto à céu aberto?
Eu, por exemplo, votaria de olhos fechados no Suplicy, mas como foi contra a diminuição da maioridade penal e entre outras coisas, não vou votar mais.
Tá osso votar, viu?
A responsabilidade é nossa sem dúvida alguma. No entanto, nosso problema é cultural e pra ser sincero, não acredito em mudança alguma no eleitorado.
Se acontecer uma mudança profunda na educação, coisa que não viveremos para ver, quem sabe daqui uns 30 anos ou mais possamos começar a fomentar uma nação.
abs
Nenhum "candidato" governa sem a corja política do legislativo e nenhum poderia ou conseguiria acabar com o pré-sal ou piorar ainda mais a saúde. A alternativa é o dogmatismo e a teologia da prosperidade pré-milerarista: a providência divina escolheu a salvadora para instaurar o Reino de Deus no Brasil e despachar Nico Rosberg e Coyote para queimarem no lago de fogo do inferno.
O que será que fizemos para nascer nesta merda toda, Ron Groo?
Abs.
a consciência política passa primeiro pelo Legislativo...
se o povo não entender isso, de nada adianta escolher o Zé ou a Maria...
abs...