Um carro e uma cervejinha em terras tchecas

Uma experiência inusitada.
 Dirigir no leste europeu a bordo de um Škoda, marca nacional tcheca de automóveis. Apesar do maior orgulho local tcheco ser algo que não combina com direção, a cerveja, “provar” o outro orgulho faz a viagem uma aventura histórica e peculiar.
Isso porque a marca, que nem é mais 100% tcheca, diga-se de passagem, passou por profundas mudanças desde sua aparição, ainda em 1895 quando era Laurin & Klement, uma fábrica de bicicletas.  Após a fusão desta e da Škoda Pilsen (olha a cerveja de novo...) foi fundada a Škoda Auto em 1925.

A produção foi interrompida durante as duas Grandes Guerras. Na Segunda, quando o país foi invadido pelos nazistas, na época Tchecoslováquia, passou a produzir armamentos. Mas a ligação com os alemães não parou por aí. Décadas depois, ainda sem tecnologia suficiente para competir no mercado, fechada pela cortina de ferro que dominou o país por 40 anos e tendo como clientes apenas os consumidores locais,  passou a ser subsidiária da Volkswagen em 1991 e a parceria perdura até hoje. Apesar desse detalhe ser desconversado pelos mais patrióticos.
Depois do impulso na tecnologia a marca hoje já é montada na China, Índia e Rússia, além de ser exportada para vários países europeus.

A estrada na República Tcheca
Bem, dirigir no centro de Praga como turista não é tão aconselhável. Primeiro, você deve estar bem acostumado a dividir as ruas com o bondes que saem de todas as direções e sempre tem preferência, somado a isso, não há lugar para estacionar. Andar a pé é o mais indicado, ou usar o transporte público, que funciona muito bem. Porém o país não se resume apenas a sua capital e aí é que o aluguel do carro surge como uma boa ideia para conhecer outras cidades.

O país é tão pequeno que se você dirigir cerca de 300 km periga alcançar a fronteira e já estar passeando em outro país, quem sabe a Alemanha, Polônia, Eslováquia ou Áustria, o que podemos considerar uma boa notícia, tudo perto e sem barreiras. Para ser mais exato, de Praga para Dresden, na Alemanha, são somente 148 km. Já para Viena, na Áustria, 330 km.
Mas ainda para explorar cidades tchecas, algumas dicas saindo de Praga: Karlovy Vary, uma cidade termal que reserva uma atmosfera clássica, apenas 127 km; Pilsen, o destino para visitar a cervejaria mais famosa da região, 94 km; Ceský Krumlov, uma cidadezinha recortada pelo rio Moldava, com castelos e ruas medievais paradas no tempo, 170 km.

Como turista você deve portar seu passaporte, CNH e a PID – permissão internacional para dirigir. As estradas são bem sinalizadas, a língua é uma barreira, porém algumas sinalizações têm significados universais, claro. Nas rodovias a velocidade máxima chega a 130 km. 
Para alugar um carro, certamente a Škoda terá preços mais acessíveis por ser um produto local, um acessório extremamente útil é o GPS que vai ajudar você a encontrar seu destino, antes de se perder e parar em outros país. O seguro de carro deve ser incluído no pacote e tenha em mãos seu seguro viagem, o que atesta direito a atendimento médico, caso precise. Lembre-se, se for provar uma cervejinha, esqueça a direção ou escolha um hotel bacana para pernoitar antes de voltar para a terra das cem torres.

Comentários

Daniel disse…
Eu sempre achei que Skoda era um carro russo.