A diferença desta vez é que não estava dentro do ônibus, mas na calçada.
Depois de fazer as compras de última hora para o natal, voltava tranquilo pelas calçadas esburacadas e desiguais da cidade.
Logo a frente caminhava um carinha de mãos dadas com uma menina bem atraente, gostosa mesmo, e com uma senhora que – acreditem – nos seus melhores dias não devia ser lá grande coisa. Bem pelo contrário...
Como sempre, nesta época, o tráfego de carros sobe muito e causa alguns pequenos congestionamentos em pontos de estrangulamento, e por aqui não há poucos. Pelo contrário.
Em um destes, um cruzamento sem sinalização e com muitos pontos cegos, um ônibus trava o trânsito enquanto espera o desembarque.
Da janela, três moleques – na acepção da palavra – enfiam suas cabeças pela janela e, do nada, resolveram arreliar quem passa.
Ao ver o trio que ia a minha frente, começam a fazer graça com a menina gostosa, mas ao perceberem a velha feia o foco muda.
Aparentemente, os moleques conheciam o dito popular “quer saber como será sua mulher na velhice, olhe para sua sogra” e é exatamente o que usam para tirar sarro.
“-Ai, tá contente com a gostosa né?”
“-Aproveita, porque no futuro ela vai ficar igual à véia feia ai do teu lado.”
“-E reza pra ela ficar igual à véia, porque se ficar pior vai ser o próprio capeta.”
Grosseiro e desnecessário, senti até uma ponta de dó da velha.
Os risos ainda ecoavam quando o carinha resolve dar algum tipo de resposta, o que defendeu um pouco a moça, mas não a senhora. Bem pelo contrário.
“-Se ferraram seus otários, é minha mãe, não dela!”.
De repente a pontinha de dó que havia sentido pela velha se transferiu para a menina.
Depois de fazer as compras de última hora para o natal, voltava tranquilo pelas calçadas esburacadas e desiguais da cidade.
Logo a frente caminhava um carinha de mãos dadas com uma menina bem atraente, gostosa mesmo, e com uma senhora que – acreditem – nos seus melhores dias não devia ser lá grande coisa. Bem pelo contrário...
Como sempre, nesta época, o tráfego de carros sobe muito e causa alguns pequenos congestionamentos em pontos de estrangulamento, e por aqui não há poucos. Pelo contrário.
Em um destes, um cruzamento sem sinalização e com muitos pontos cegos, um ônibus trava o trânsito enquanto espera o desembarque.
Da janela, três moleques – na acepção da palavra – enfiam suas cabeças pela janela e, do nada, resolveram arreliar quem passa.
Ao ver o trio que ia a minha frente, começam a fazer graça com a menina gostosa, mas ao perceberem a velha feia o foco muda.
Aparentemente, os moleques conheciam o dito popular “quer saber como será sua mulher na velhice, olhe para sua sogra” e é exatamente o que usam para tirar sarro.
“-Ai, tá contente com a gostosa né?”
“-Aproveita, porque no futuro ela vai ficar igual à véia feia ai do teu lado.”
“-E reza pra ela ficar igual à véia, porque se ficar pior vai ser o próprio capeta.”
Grosseiro e desnecessário, senti até uma ponta de dó da velha.
Os risos ainda ecoavam quando o carinha resolve dar algum tipo de resposta, o que defendeu um pouco a moça, mas não a senhora. Bem pelo contrário.
“-Se ferraram seus otários, é minha mãe, não dela!”.
De repente a pontinha de dó que havia sentido pela velha se transferiu para a menina.
Comentários
Abs.
Existem momentos em que o melhor a fazer é ignorar sem dizer nada...
abs
Abs.