Trezentas e cinquenta mil pessoas no autódromo para assistir um espetáculo de pouco mais de duas horas de duração.
Um cerimonial considerado kitsch por quem não é estadunidense.
Muita paixão envolvida.
Isto são as 500 milhas de Indianapolis.
Esta é a centésima edição da corrida, embora já tenha mais de cem anos de criada.
Coisas dos intervalos durante as guerras, infelizmente.
A categoria já não é o que foi um dia.
Não tem mais a mesma relevância e importância.
Dois ou três pilotos realmente bons em meio a tantos manetas refugos de categorias europeias, carros feios e tal, mas a corrida em Indianapolis é sempre especial.
Afinal, tem tradição.
Mas algo incomoda.
A corrida tem duzentas voltas e as cento e cinquenta primeiras não servem para muita coisa.
Pode-se perder a vitória nesta parte, mas ganhar a corrida não. Não importa o que se faça: ultrapassar, fazer volta mais rápida, bater recorde.... Nada.
A coisa começa a ficar realmente emocionante quando faltam cinquenta voltas para acabar.
E então começa a parte meio idiota da coisa toda.
Nunca há uma estratégia que leve o piloto que está na frente até o fim da prova.
Sempre há a possibilidade – para não dizer necessidade – de fazer um ridículo “splash and go” nas últimas voltas quando se está liderando.
Por que? Que catzo de estratégia derrotista é esta?
Este ano, para piorar – além dos splashs – um sujeito refugo da F1 que passou a corrida inteira sem ser notado, sem fazer volta mais rápida, sem ultrapassagem relevante sem ter andado sequer na terceira posição ganha a corrida.
Em questão de segundos vira gênio da raça.
A comparação mais simples é com aquele cara que passa o tempo todo em campo na pelada de dez minutos ou dois gols sem sequer participar de nada relevante, mas no fim dos dez minutos alguém chuta uma bola que bate em suas costas e entra no gol.
Fica o gosto meio amargo de pensar que em uma corrida centenária, com tanta tradição e história, qualquer um pode ganhar.
Mesmo sem merecer.
Um cerimonial considerado kitsch por quem não é estadunidense.
Muita paixão envolvida.
Isto são as 500 milhas de Indianapolis.
Esta é a centésima edição da corrida, embora já tenha mais de cem anos de criada.
Coisas dos intervalos durante as guerras, infelizmente.
A categoria já não é o que foi um dia.
Não tem mais a mesma relevância e importância.
Dois ou três pilotos realmente bons em meio a tantos manetas refugos de categorias europeias, carros feios e tal, mas a corrida em Indianapolis é sempre especial.
Afinal, tem tradição.
Mas algo incomoda.
A corrida tem duzentas voltas e as cento e cinquenta primeiras não servem para muita coisa.
Pode-se perder a vitória nesta parte, mas ganhar a corrida não. Não importa o que se faça: ultrapassar, fazer volta mais rápida, bater recorde.... Nada.
A coisa começa a ficar realmente emocionante quando faltam cinquenta voltas para acabar.
E então começa a parte meio idiota da coisa toda.
Nunca há uma estratégia que leve o piloto que está na frente até o fim da prova.
Sempre há a possibilidade – para não dizer necessidade – de fazer um ridículo “splash and go” nas últimas voltas quando se está liderando.
Por que? Que catzo de estratégia derrotista é esta?
Este ano, para piorar – além dos splashs – um sujeito refugo da F1 que passou a corrida inteira sem ser notado, sem fazer volta mais rápida, sem ultrapassagem relevante sem ter andado sequer na terceira posição ganha a corrida.
Em questão de segundos vira gênio da raça.
A comparação mais simples é com aquele cara que passa o tempo todo em campo na pelada de dez minutos ou dois gols sem sequer participar de nada relevante, mas no fim dos dez minutos alguém chuta uma bola que bate em suas costas e entra no gol.
Fica o gosto meio amargo de pensar que em uma corrida centenária, com tanta tradição e história, qualquer um pode ganhar.
Mesmo sem merecer.
Comentários
Só que aconteceu uma bandeira amarela a 37 voltas do final (o acidente de Takuma Sato), com a bandeira verde sendo tremulada faltando 34 voltas para o final.
Enquanto a maioria achou que não conseguiria terminar a prova com o combustível que tinham, e fez um splash and go, pensando não apenas nas 500 Milhas de Indianápolis, mas em pontuar no campeonato, um deles resolveu arriscar. E conseguiu.
Algo parecido aconteceu na Fórmula 1 mesmo, em 2015. Sebastian Vettel tentou fazer a corrida de Spa com apenas uma parada.
Um dos pneus estourou. Se tivesse aguentado, seria a mesma coisa, chamariam ele de gênio, a equipe de estrategista, e coisa e tal.
Sorte também faz parte do esporte.
Não sou americano e adoro a Indy, então, não me inclua nessa. O resto da humanidade considera a indy kitsch menos eu e os americanos... Pode ter um americano que considere a Indy kitsch, existe esta possibilidade...
Paixão ? Já conheceu um ferrarista de perto ? Italianão, nascido em Maranello, o avô era amigo do Enzo e o pai trabalhou na Ferrari ? Eu não. Não coneci. Mas existe. E um framenguista doente ? Conheço. E um rollingstonista doente ? Conheço ! E uma beatlemaníaca ? Xi... tia da Suéllen. 'Paul... e se derrete toda...'. Véia sem vergonha.
O larápio com o dedão em riste pegou a indy, uns 20 anos atrás. Erro de cálculo marqueteiro dos produtores do evento da categoria americana. Lembro bem. GP de Detroit, servia para as duas categorias. Emerson, o rato, do lado da Indy( quem diria...) com ajuda do saudoso Lulu do Vale. Ficaram um ano dizendo ser a Indy mais rápida que a F1 e não se deram conta da aproximação do GP na outrora São Paulo americana. Aliás, um estudo de Detroit serve para Sampa ao invés de ficarem comparando Sampa com New York. Para não dizer que é coisa de carioca ressentido. Miami está anos luz de distância em qualidade de vida do Rio. Com furacão e tudo mais. Cubanos, ai... Mais ainda acho que Sampa é a cidade 'estadunidense' mais ao sul das américas ! Até cheerleaders o Corintia tem ! Com pompom e tudo nas mãos ! Lindinhas !
Voltando. Quando chegou a corrida da F-Indy, em Detroit, mesmo circuito de rua, todo o mundo automobilístico voltou-se para lá. Chegara a hora ! Comparações ! Já tinham os tempos da F1. Qual o carro mais rápido, um F1 ou um Indy ? Mudaram duas ou três curvas, não, me lembro. Vitória do Tio Bernie, o grande malandro ! E olha que ele quis colocar os carros lado a lado, num misto e depois num oval. Era só cortina de fumaça já que a Indy é turismo, entretenimento e marketing... A F1, sim, é tecnológica apesar da anual humilhação monegasca. Mas é tradição correr nas ruas do principado transformando F1s em karts gigantes !
E por falar em tradição, respondo com 'tradição'. História preservada. Ótimos de marketing, com erro fatal na comparação com a tecnológica F1, há 20 anos, os americanos tem mais um trunfo nas mãos. Melhor, triunfo. Além do marketing, toda americana para europeus( com suas óbvias exceções), a divina segurança ! Segurança ! Tudo o que envolve segurança incluindo atendimento aos pilotos, medicina ! Em casos de acidentes nas pistas, a F1 copia, e muito, a Indy. Há anos !
Toma, tio Bernie ! HANS - Head and Neck Support System é coisa deles ! Tem mais mas aí eu deixo para pesquisas dos interessados. Ah, não notou, né ? Os carros agora vem com números neles, do posicionamento na pista. E, quando param no boxe, para splash and go( regras deles, fazer o quê ? Asinha que abre e fecha da F1 tem agora na DTM ! Cruzes !), por exemplo, o tempo de parada surge. Acho que serve não só para chamar o público de volta aos autódromos como também, principalmente, para a maquiavélica tv. Quando filmarem o Zaca e sua Willians com o número '10', abaixo do Rollhoop, o narrador global vai gritar de orgulho: 'O número de Pelé' ! Cê não acha que a F1 não irá copiar ? Cê não acha, não, senhor Groo ?
Tô louco para ir comer um chopis e dois cachorro quente nas arquibancadas da Indianapolis. Falta grana. Gosto da Miller. Lá é Bud ? Skol americana...
Para os coxinhas 450 mil. Para os mortadelas, 50 mil.
350 mil pessoas num autódromo... Ual ! Comparemos com Interlagos.
Xi, Carlin...
M.C.
Enquanto isso, Bernie se esforça para segurar o dedinho imóvel diante de um esquadrão de F16 e F10 que passam razantes diante de 350 mil caipiras. Aliás, Bernie anda tentando imitar Newton e reinventar a lei de gravitação. Não funcionou. Após isso, tentou imitar Newton novamente, quando este afirmara ter visto mais longe por estar sobre ombros de gigantes. Bernie subiu nas costas de Jean Todt e não passou de 1,80m. A dona da F1 é a CVC e Bernie não vence uma queda de braço com as montadoras faz tempo.
Eu nunca vi tamanha demonstração de poder e de força num evento desportivo. Só faltou eles levarem o porta-aviões Indiannapolis puxado sobre rodinhas. A mensagem subliminar foi passada para bilhões de telespectadores.
O sucesso de marketing é inegável e isso a um custo muito mais baixo do que o da F1. Babo tanto com tecnologia de carros quanto qualquer um. Mas, atualmente, a F1 devia se chamar GP1. Mais vale assistir à fanfarra de Tony George do que o velório de Bernie.
E, Ron, se você quiser ver uma mistura de thriller com história de corridas e tecnologia, sugiro que leia o livro de Mario Illien: Beast: Top Secret. Eu nunca ouvi dizer que um carro de F1 pudesse chegar a 400 km/h e pudesse manter o giro alto por três horas seguidas.
Os Dallara são mesmo horríveis, mas eu desconfio de anti-americanismo como princípio a priori.
Abs.
Indianapolis é um espetáculo a parte. Uma das poucas corridas da Indy que acompanho.
abs