Layla

Quem disse que canções de amor têm de ser melosas?
Quem inventou isto nunca ouviu “Layla”.
A canção gravada no disco Derek and the Dominos de 1970 e que na realidade é o primeiro disco solo de Eric Clapton é uma ode ao amor não correspondido.
Após tocar com os Yardbirds, John Mayal´s Bluesbrakers, Cream e até – por pouco tempo -com o Blind Faith, Eric resolve se lançar solo e convida alguns colaboradores para ser seu time de apoio.
Diz a lenda, que após a primeira apresentação do grupo alguém perguntou a Eric qual seria o nome da banda.
-Eric and the Dynamos. – respondeu o guitarrista.
-Como? Derek and the Dominos?
-É, é...  – e sai andando.
Se não era, ficou sendo.
E neste primeiro disco, Eric que sempre foi chegado a fazer de suas canções válvulas de escape para seus sentimentos, cunha uma das mais memoráveis canções de amor não correspondido da história: “Layla”.
Feita para Patti Boyd que à época era esposa de George Harrison - um dos melhore amigos de Eric - que parecia preferir “Something” ao trabalho de Clapton, a canção passa longe de ser melosa.
Em grande parte por culpa – ou mérito – de Duane Allman, que convidado para uma participação especial no disco, pilotou sua slide guitar como se esta fosse um trem desgovernado. Resultando em um dos riffs mais famosos e devastadores do rock até desembocar no final da canção com um lindo solo contrapondo o piano elegantemente sóbrio e angelical.



O já veterano produtor Tom Dowd, conhecido à época pelo mau humor e pela má vontade com que tratava os singles que produzia, após a sessão de gravação da musica, saiu dos estúdios dizendo: “-Esta porra é o melhor disco que fiz em dez anos!”.
Porém o reconhecimento de quem mais importava demorou um pouco a vir.
A canção só chegou a seu ponto mais alto nas paradas – quarto lugar – dez anos depois e Patti só levou seus belos olhos azuis para junto de Eric em 1979.

Comentários

Anônimo disse…
Fofocas...

Soube, por línguas bifurcadas, das mais importantes revistas inglesas de mexericos, daqueles tabloides famosos, que o George roubou a moça do Erik. Como num domingo no parque, foi lá e créu na bela( era bonita de corpo ? Rosto, meu Deus ! Um anjo !). Como eles são artistas famosos, e ingleses!, da época mais explosiva da porraloquice mundial, e não sendo mortais como eu e bilhões, entre estes, o Eijosé e o Eijoão da música do Berto Gil Berto, não rolou faca, só um ' tudo bem, depois eu pego ela de volta... que tal um Lucy in the Sky with Diamonds, George ?',' Demorô, Erik. Pensando bem, vamos variar um pouco, que tal Cocaine ?',' Cê qui sabe... Nada de chamar o Paul e a Linda, chatérrimos !',' John e Yoko ?', 'Tá louco ! Cruzes ! Aquela japa, com aquela voz. E John despirocou-se todo', ' A Layla ?',' Isso, gente nova ! But... You've got me on my knees, George. Quem é Layla ? '.
E foi o que aconteceu ! Naquela época, ninguém era de ninguém ! Hoje vivemos numa época careta ! Polititicamente correta ! Nem como os nossos pais...



M.C.
joaoleopires disse…
Belíssima canção....a versão acústica do ínício dos anos 90 é para mim a melhor.
Eric Clapton, um gênio!!!