F1 2017: Rei tombado, rei coroado

O rei foi demitido, viva o novo rei.
Aliás, o imperador caiu, viva o novo rei.
Bernie tinha mão de ferro na condução da categoria que ajudou a salvar de um desmantelamento inevitável nos anos 70/início dos 80 quando tudo era uma bagunça geral com a morte rondando as pistas, mas seu modo de gestão envelheceu, assim como ele próprio e passou a ser insuficiente para o tamanho do monstro que a F1 se tornou, e que, claro ele ajudou a se tornar.
Logo, uma mudança era realmente necessária e a empresa que é dona da categoria agora agiu rápido nesta questão. Rápido e certo.
Trouxe alguém que entende do riscado para a condução da coisa toda.
Ross Brawn tem o batismo dos pitwalls e experiência na administração.
Ajudou a montar e a conduzir um dos times mais vitoriosos da F1 moderna: a Ferrari da era Michael Schumacher.
Depois, como administrador, comprou por um punhado de dólares o espólio de um time desacreditado, que já tinha virado até piada no meio e fez dele um time surpreendentemente vencedor. E o mais importante: foi revendido – com muito lucro – à uma montadora e que domina a categoria já a alguns anos antes que começasse a dar prejuízo.

Com Ross, penso que fica afastado o perigo da “americanização” demasiada da F1. Bem como aquela conversa de duas corridas (uma curta e uma longa) por fim de semana ou a chegada do excesso de bandeiras amarelas...
Outra coisa que anima: Ross era perito em achar brechas no regulamento.
A sacada do difusor triplo soprado que deu a Brawn aquela vantagem toda no início do campeonato de 2009 é um exemplo completo.
Talvez, com ele no comando da categoria, a criatividade seja um pouco mais permitida, o que pode – por que não? – fazer com que os gastos diminuam um pouco em detrimento de soluções simples.
Sonhar não custa.
O grande incomodo em relação a figura de Ross é que ele, diferentemente de Bernie, é apenas um contratado da Liberty, ou seja: do mesmo jeito que foi colocado lá, pode ser tirado dependendo exclusivamente da vontade dos donos da brincadeira. Ou seja: se estiver agradando aos fãs mais do que aos patrões, corremos todos os riscos que pode estar afastando por enquanto.
Mas o futuro à Liberty pertence.... Aguardemos.

Comentários

Rubs disse…
Como eu disse, Ross Brawn é o cara.
Anônimo disse…
Bom, o 'cara' não é. O último 'the Guy' que conheci é um canalha de marca maior e não vai preso por saber demais ! Quando alguém disser que 'fulano é o cara', ligue o sinal de advertência. Luz amarela. Este 'the guy' é o famoso estrategista da era Ferradiana Xumaqueira ? O mesmo 'the Guy' que fez o campeão mas insosso da F1, através dos buracos nas regras queijossuíças feitas por ele próprio ? Mas estou acostumado. O mundo não é politicamente correto no sentido geral da expressão. É barra pesada com os seus canalhas a espreita. Muitos deles vencem. Melhores carros, casas, restaurantes, hotéis. Aviões, iates ! Melhores roupas, melhores bebidas ! Poder, e, por quê não, lindas mulheres ! As mais lindas ! Dinheiro É afrodisíaco, mermãos ! Vindo do Capitalismo fico tranquilo porque, caso seja bem brabo o que o 'cara' fizer, seja pego fazendo tramoias longe de uma concorrência 'leal', será preso. Vindo da esquerda é que é o problema. Exemplo, molequechatteano, ambos banqueiros: Madoff, homem conservador. 150 anos de prisão nos EUA. O filho dele não aguentou e se suicidou. Esteves, aqui, Brasil, amigo do PT, homem socialista. Um certo juiz, ministro, soltou-o. Tornozeleira eletrônica por 4 meses. Abril de 2016, livre, leve, solto. Em Janeiro de 2017, o juiz está morto. Querem as mesmas coisas mas são fingidos mas por meio progressistas, humanistas. O mundo melhor procês, cerebroszinhos lavados, poder e grana para mim ! E quando são flagrados, olha só... Mas a culpa é dos empresariú ! Estatais, diria. Capitalismo de Estado. Nazistas fizeram, China faz. Até a URSS não era tão comunista assim. Como surgiram tantos bilionários russos, com aimplosão do império socialista comuna, 1991, comprando até time de futebol ingrês, hein ? Aulinha de História, de manhã ? Senhor Groo não irá gostar...
Mas acho que o Ross Brawn não dará jeito na coisa, não. Melhor, irá mas pouco. Existe a necessidade de mexer, como disse, aqui, umas semanas atrás, no piti istópi. Acabar com isso, obrigatoriedades, e só dois tipos de pneus. Coisa feitas para a TV. Galvaniônicas ! Acabar com a comunicação com os carros. Placas de volta. E, uma nova: tchau pro Oriente, sobrando o Japão e a Austrália. Como antigamente. Tilke, os traçados novos, quem ganhou ? Tvs... posicionamento de câmeras mas os caras se acham. São burros. Futebol, tentaram, mas os velhinhos da máFIFA são inteligentes. Vou soltando aos pouquinhos para as cabeças apaixonadas não ferverem. Ué ? Prestem atenção, pô ! Só sabem olhar pros carros ? Asinha que abre e fecha ? Sou um homem aranha com vários olhos. Não uso tapa olho de cavalo. Ou de burro. Tanta coisa... Filhos de riloto desaposentado não pode ficar batendo bolinha nos boxes e na frente da tv...
Aí é maquiavelismo meu, meu.

Aliás, quem acabou com a F1 foi a TV !
Essa vai doer a semana toda.


HA !



M.C.
Anselmo Coyote disse…
Aí eu concordo com o Rubs Cascata. O Ross é o cara mesmo. E digo mais: Manor, Marússia e Sauber são os partidos de aluguel da F1. Deviam ser banidas sumariamente. Juntando as três trabalhando honestamente e não sugando pilotos daria para fazer no máximo uma equipe de kart. Não vão fazer falta nenhuma.
FUI.
PS. Apenas nisso concordo com esse botucudo do Rubs.
Ron Groo disse…
Discordo.
Com três equipes a menos? Melhor ir ver o filme do pelé
Marcelonso disse…
Groo,

Ainda que Bernie tenha feito muito pela categoria, sua saída era necessária.


abs
Anselmo Coyote disse…
Uai, Groo... Se a F1 virar uma entidade beneficente e bancar as equipes eu vou montar uma tbm e vc vai ser o primeiro piloto. Eu o segundo, só pra garantir. Dinheiro tenho não, mas planos e boa vontade tenho demais.
Abs.
Rubs disse…
As brigas de Ericsson com Nars foram, todas, incrivelmente emocionantes. Bastava imaginar que só os dois existiam na pista e que tudo o mais eram asteroides e cometas que passavam aleatoriamente como raios, sempre de trás para frente. Um perigo.
Infelizmente, Nars deixou a marca de uma maquiagem removível.
Saudades.