A F1 moderna e a criatividade

Dando sequência aos textos sobre a F1 moderna e as limitações que a engessam, Paulo Alexandre, o Speeder_76 do Continental Circus mira seus holofotes para a “complexidade” dos regulamentos da F1.
Daí, pula para um tópico relevante e pouco discutido como o banimento da criatividade em prol de uma igualdade mentirosa de oportunidades e forças.
Paulo cita diversos casos em que projetistas e engenheiros encontraram soluções criativas para problemas em seus carros.
Desde pequenas asas traseiras em duplicidade até chassis duplos que absorviam o relevo das pistas dando ao piloto mais conforto e estabilidade.
E isto que Paulo sequer citou a suspensão ativa usada pela Williams em seu FW14 que humilhou a concorrência.
A vantagem daquele bólido era tanta que um dos líderes do time, Patrick Head, chegou a dizer que era um carro “anti-Mansell”, na intenção de dizer que nem um piloto considerado burro, ou desastrado, conseguiria atrapalha-lo e ir mal no campeonato com ele.

Depois deste episódio (e com a proibição do uso de tecnologia embarcada deste tipo) as soluções foram rareando, mas apareciam...
Mesmo de forma esporádica e mais escondida, como o caso do “amortecedor de massa” usada pela Renault de Fernando Alonso usado em 2006 e proibido no ano seguinte e que ajudavam o carro a absorver as vibrações nos pneus dianteiros e manter um nível ato de aderência dos pneus.

Também os difusores duplos usados pela Brawn GP em seu ano glorioso e que eram o segredo do sucesso do time na primeira parte daquela temporada e proibidos na segunda parte, quando o time de Ross Brawn já tinha vantagem suficiente para administrar o título.
Sucessores destes, os difusores soprados, onde o escapamento era usado para direcionar o ar quente dos gases para aumentar o fluxo de ar nos difusores aumentando assim a quantidade de downforce produzido pela peça.
Difusor soprado da Red Bull
Também foram proibidos um tempo depois.
Os dutos em F da McLaren em que o piloto usava as mãos para tapar furos estratégicos no cockpit que mudavam o direcionamento do ar frontal por baixo do assoalho dos carros até que este fosse jogado sobre a asa traseira.
Ou mesmo as asas flexíveis.... Tudo proibido.

Todas estas soluções (pós suspensão ativa, que era muito cara) poderiam ter sido copiadas - e algumas até fizeram – por outras equipes em seus carros para a disputa, mas por detalhes de cada projeto acabavam não tendo o mesmo efeito em quem os copiava.
Havia então a denúncia, investigação por parte da FIA ou da turma de Ecclestone e o posterior banimento.
Por padrão, ficaram apenas os KERS/ERS que usam a energia cinética das freadas e o infame DRS.
As únicas coisas criadas pelos projetistas e que acabaram permanecendo e copiados por todos foram os – horríveis – bicos com “escadas” e as barbatanas de tubarão sobre a tampa dos motores que, aparentemente, não fazem tanta diferença na performance, mas deixam os carros um tanto mais feios.
Ao que parece, a única criatividade liberada (por enquanto) é a estética, porém, o pessoal não anda sabendo aproveitar muito bem.

Comentários

Anônimo disse…
'Zuvirundum Ipiranga das virgens flácidas...
Um polvo heróico, brabo e mui galante...'
Lulalá, de pedalinho, no lago de um sítio, que não é dele, livre, cantando e pescando.
. Bom tarde !
. Bom, o FW-14 era um problema para a categoria. O senhor Paulo Alexandre, não sei a idade dele, se pesquisasse bem pesquisadinho, teria visto que a F1, se o FW-14 - o carro de outro planeta apelidado por Senna sendo que o saudoso tiozão se esqueceu que pilotou o MP4/4, o carro de outra galáxia, apelidado por mim devido maior número de vitórias num campeonato, acima até o FW-14 e sem todos aqueles badulaques tecnológicos deste -, bom, se o FW-14 continuasse sua saga, hoje teríamos, talvez, um campeonato com 3 ou, no máximo, 4 equipes. Acho que três. 6 carros sendo 3 deles pilotados por robôs ou como um drone de guerra.
http://am1300lasalada.com.ar/wp-content/uploads/2015/10/drones.jpg.
. E o público - que se emociona fácil, com seu heróis, GH-trêêêssss ! -, óh, sumiria. Hoje, a F1 está se salvando porque dois caras de equipes diferentes estão disputando o cãopeonato. Que bom que o Penélope saiu... ou foi 'saído' ? Mas digo que poderíamos ter uma F-Robot que, aliás, sou favorável liberando totalmente as mentes brilhantes dos projetistas mas tenho certeza que, como aqueles programas televisivos de robôs lutando uns contra os outros, seria uma chatice. Daria ibope no 1º ano mas depois... Tipo F-E. Só no cinema os robôs são os bãbãbãs. Na vida real são que nem robozinhos dançantes da Honda. Engrachatinhos.
. Patrick Head foi indelicado com o Leão. Talvez a Williams tenha se tornado Ruimlliams devido o pedantismo de seus donos. E/ou mercenarismo. Pai do Lança taí prá confirmar. E a volta do aposentado.
. Bom. Resumindo. O senhor Paulo Alexandre, e o senhor..., estão vendo tecnologia da F1 servindo para o esporte, o automobilismo esportivo, mais para as fórmulas e protótipos( ali também surgem alguns badulaques. Até na NASCAR !), ou exatamente só para F1 pois é tecnologia de ponta e põe ponta nisso. A F1 é 'laboratório' e, hoje, não só para carros. Pode surgir algo novo num sistema de transmissão que poderá ser utilizado pelo seu odontologista predileto, naquela broquinha satânica, diria, sádica..., dzzzzzzz..., e lá vem ela !, ai !, entendeu ? Ali, no FW-14, quem sabe, alguém( e põe ALGUÉM nisso) achou interessante ficar com aquela tecnologia para outras finalidades ?
. Bom, se procurar acha. Até F- Indy ajuda, principalmente sobre a segurança e tratamento em acidentes automobilísticos no local( rua e estrada), no hospital e, posteriormente, recuperação.
. Ah. Se lembra do sistema KERS ? E o Prius ? O Híbrido da Doióda ? Ora, ora, tem algo que os dois possuem... energia cinética mas que vi primeiramente, onde ?
Mas serve para outras coisas também.
https://www.youtube.com/watch?v=P-Qstt4vhMI

HA !


M.C.