F1 2018: Azerbaijão - Baku não decepciona (de novo)

As expectativas criadas, principalmente, pela edição de 2017 do GP do Azerbaijão foram aumentadas pela classificação no grid.
Entre os seis primeiros colocados, todos tinham chances reais de ganhar a prova. Uns mais, como as Ferrari e as Mercedes, outros na dependência fatos fora do normal.

E os tais fatos aconteceram logo nas primeiras curvas.
A impressão é que depois da largada limpa de Vettel sem ser ameaçado e o pulo de Bottas para cima das Red Bull, Kimi, que largava de sexto, foi espremido pela Force Índia de Esteban Ocon.
O safety car veio a pista, mas cedo demais, longe de poder fazer alguma diferença para o desenrolar da corrida.
Fim de corrida para o piloto do carro rosa e muito prejuízo para o Raikkonen.
Fora da corrida também ficou o russo Sirotikin e sua Williams de outro mundo depois de achar a McLaren de Fernando Alonso pelo meio do caminho.
Coisa de corrida, mas aqueles caras especiais vão bater na tecla que o piloto é fraco, que não pode estar numa equipe de tradição e blá, blá, blá... Eles que se fodam já que ignoraram que uma Renault também apertou a Williams contra o carro da McLaren, mas como tudo hoje em dia, só importa o fato final, os eventos que levam até ele podem ser ignorados e tudo bem.

Safety fora na volta seis e a prova reiniciou de forma normal: Vettel mantendo, Hamilton atrás e Verstappen passando quem estivesse na frente.
E a grande briga da primeira parte da corrida foram as Renault usando pneus ultra macios contra as Red Bull de pneus macios.
Piloto por piloto, os dois da Renault não serviriam café para Max e Ricciardo, mas com a vantagem dos calçados, fizeram sua graça.
E como esperado, a estratégia cobrou seu preço e o ultra macio do Hulkemberg furou e colocou o primeiro Renault fora da prova.
Atrás, as duas Red Bull travavam um duelo interno e particular com direito a toques e tudo.
Se todas as equipes liberassem e os pilotos fossem mais corajosos, a F1 seria muito mais atrativa aos novos fãs.

Enquanto isto, Charles Leclerc fazia uma corrida fantástica levando a carroça da Sauber até a sétima posição não volta 14.

E pela ponta, a troca de voltas mais rápidas entre Vettel e Hamilton era algo bonito de se ver até Hamilton exagerar e ir dar um passeio em uma das raras áreas de escape do traçado.
Pior, fritou o pneu e antecipou sua parada de boxes. Só um milagre daria a vitória para Hamilton aquela altura.

O que determinava o futuro da corrida era, e não podia deixar de ser, a vida útil dos pneus ultra macios.
Vettel foi até a volta 30 com seu primeiro jogo e voltou dos boxes atrás de Bottas, que ainda não tinha feito sua parada.
Atrás, as duas Red Bull voavam e ameaçavam o fim de prova das duas Mercedes, Lewis imediatamente à frente e Bottas que liderava momentaneamente.
E brigando internamente! Ricciardo havia tentado algumas vezes passar e tinha levado o troco, mas na volta 35 passou batido e segurou a posição.
Só que fritou o pneu o que poderia ter encarecido muito o preço daquela ultrapassagem se os dois já tivessem trocado seus pneus.
E tudo durou até a volta 41, quando o Ricciardo incorporou o Verstappen e tirou os dois carros da equipe da prova.
Riccardo em dia de Verstappen para mostrar a um bando de jornalista pau no cu que não é só o Max que faz besteira.
De mais a mais, corridas são assim, coisas acontecem. Em pista estreita de rua muito mais. Principalmente quando os pilotos têm colhão.

Safety car na pista e aí a vitória de Vettel ficou ameaçada já que Bottas não havia feito sua parada ainda e voltaria não muito atrás com pneus muito, mas muito mais novos.
E antes que o safety pudesse sair da pista, Romain Grosjean conseguiu a suprema barbeiragem de bater no muro perdendo a traseira ao tentar aquecer o pneu.
Se fosse piloto da Toro Rosso, o rebaixamento seria inevitável e ele estaria vendendo pipoca no autódromo já na próxima prova.

A relargada ficou para a volta 46 e ali seria a definição da prova.
E no erro de Vettel, Bottas ficou com a liderança.
O alemão fritou o pneu, perdeu a tangente da curva, perdeu a posição para o Hamilton e para Kimi.
Conseguiu ferrar o trabalho todo em uma relargada em que tinha toda a vantagem.
Porém, mais na frente, a demora para trocar de pneus do Bottas cobrou seu preço. Bottas que liderava a prova passou por cima de detritos na pista e teve seu pneu traseiro estourado. Um azar que talvez pudesse ser evitado - ou não - se outro carro estivesse na ponta naquele momento.
Especulações somente.
Mas o milagre aconteceu: Hamilton assume a ponta e vence. Vettel cai para quarto na corrida e segundo na classificação.

Mais feliz na pista só Charles Leclerc, que com uma corrida monumentalmente consistente, chegou em sexto lugar com sua Sauber.
Leclerc é o futuro desta categoria, sem mais.

Baku não decepciona. Três corridas emocionantes até aqui e por motivos todos inerentes à competição e coisas de pista, sejam elas ultrapassagens, batidas, barbeiragens... Isto é automobilismo de competição, não aquelas filas indianas com gente burocrática por duas horas.

Comentários

Anônimo disse…
Boa tarde !

Antes de tudo... Baco, Dioniso prus íntimos, deus do vinho, dos excessos..., quis pregar uma peça comigo, né, malandragi ? Iquê !
A pole, né ? Iquê ! Tudo bem, tudo bem...
A Catuaba Selvagem está reservada e muito obrigado ! Aquela comemoração ridícula do Vettelino é pior que as dos jogadores de pénabola, aquelas encenações mambembes da pior qualidade. Vamos ler, vamos ler o senhor Groo.
. Ah, tá muito rápido, senhor Groo ! Uma metralhadora de palavras ! Sou exigente. Tem que saborear esta corrida em Baku ! Muitos com cara de bakuuuuu ! Sabicumé, né ? Quem venceu, hein ? Mas continuando. Estou no 'blá blá blá'.
Bom, li. Agora vou eu. Lances capitais, lances capitais !
. Alguém ainda torce pelo Mini Verstappadinho ? Bom, pode continuar torcendo mais um pouquinho porque acho que Riccardão Sorriso tem 50% de culpa na enrosco rédibuliano. Vamos recordar. O maluquinho holandês foi prá cima e passou o sensato australiano que, sendo muito mais piloto que o mané veloz, esperaria o momento certo. E foi o que aconteceu depois de muita agressividade do jovem enrolandês que não deixava de maneira alguma o Riccardão passar. Numa das vezes chegou quase a tirá-lo da pista. Troca de pneus e a Rédibu congelou, antes, os pneus do Riccardão num frigorífico de Baku indicado pela maFIA. Máfia adora frigoríficos. Voltou precisando esquentá-los na pista. Já, Mini Verstappadinho teve os pneus esquentados numa churrascaria de Bakú, a 'Bakú Assador', também indicado pela maFIA. E voltou na frente. Riccardão é simpático, é divertido, é educado mas não tem sangue de barata. Foi dar um drible da vaca no moleque ' Olha o Meninu, ui ! Olha o Meninu ui, ui, ui !' e o meninu veloz porém de caráter questionável percebeu e trouxe prá dentro o seu torpedo. Aí, o meu herói canguriano não pensou duas vezes: mirou e entrou ! Pimba no rabo do carango do queridinho da mídia, da máFIA e da Rédibu !
Meio a meio, como disse.
. Leclerc ! Leclerc ! O monegasco é bão !
ALFA ! Quer dizer, Sauber !
. Vettelino... tititi. Vettelino, tititi. Gosto dele mas que barbeiragem feia, muito feia.
. Que azar do Bottas. Vi o momento que passou por cima dos destroços de uma nave espacial que tinha caído segundos antes na reta.
. Que sorte de GH-4 ! Não ia levar não porque 'aqui é mercedoca, polla !', não é Ferrada. Putz, além de ser o melhor piloto da atualidade, nasceu com a buzanfa virada para a lua !
Bakuuuuuuuuuuuuu ! HAMILTON !

obs: Riccardão na Ferrada, nem pensar.
obs 2: Fofonso é o melhor colocado após as feras. 6º colocado. Tá bom.

HA !

M.C.