Automobilismo: grandes eventos, pequenas transmissões

Não sou muito chegado a Indy, mas gosto bastante das 500 milhas de Indianápolis.
Não da corrida toda, que tem um meio bem esfarrapado, talvez por ser bem longa, mas gosto da atmosfera, do clima, da tradição que envolve o evento.
O fim geralmente é épico, mas ultimamente corre o sério risco de ver um mané qualquer (como o tal de Rossi sei lá das quantas) vencer uma das corridas mais importantes do calendário.

Mas dizia o clima e da tradição.
O hino cantado com uma emoção diferente, a canção Back Home Again, Indiana que precede o “start your engines” ainda mais tradicional...
O sobrevoo dos caças da aeronáutica americana acima da cabeça dos expectadores...
Tudo aquilo que nos acostumamos a ver com a narração do Luciano do Valle ou do Téo José e que nos fez pensar nesta corrida como o evento marcante que é.

Porém, neste ano, não tivemos nada disto.
Não porque o cerimonial da prova foi alterado, mas porque a emissora responsável decidiu não mostrar.
A transmissão começou exatamente após o “start your engines” mal dando destaque à execução do Back home again...
Nada do hino, nada da apresentação da prova e seus competidores, nada flashes, entrevistas especiais ou informações de última hora.
Nada.
Um dos maiores desrespeitos com a história de um evento automobilístico (e sua transmissão) desta magnitude.
E não é porque foi na Bandeirantes, uma emissora que andou a beira do precipício financeiro (muito por conta da programação insossa que não atrai nem público, muito menos patrocinadores) e que já cortou diversas provas do campeonato de sua grade sem maiores explicações e que, vira e mexe, poda finais de prova para mostrar futebol.
A Globo, que também corta provas por conta de jogos de futebol sem o menor apelo de importância e até mesmo para mostrar uma missa do Papa em visita ao Brasil, conseguiu fazer pior: Não mostrou o pódio da corrida mais icônica da F1 – Mônaco – para dar passagem à um boletim da greve dos caminhoneiros em que noticiou – literalmente – que não havia notícias novas a serem dadas.
Os fãs de F1 (de padaria ou não) ficaram sem ver a satisfação de Daniel Ricciardo ao tomar seu shoey e ofertar a garrafa de champanhe à princesa local após uma vitória com grau de dificuldade aumentada por estar com problemas no carro.

Ao fim da transmissão desta edição das (insossas) 500 milhas que pouco importa quem venceu de tão chatas, a Bandeirantes imitou a Globo e cortou antes da festa do vencedor, mas desta vez para passar um programa sensacionalista qualquer com o Datena.
Mas neste caso, pode-se até agradecer já que ver gente tomando leite direto no gargalo da garrafa e deixando cair pelo rosto e na roupa é, no mínimo, nojento.

Vai mal a menina transmissão de automobilismo no país... Vai muito mal.

Comentários

Anônimo disse…
Boa tarde.

. As tvs, rádios, revistas, blogs, sites ou seja, a mídia engagé , portanto, gauche, ganharam bilhões e bilhões nos governos Luladrão e Dilmaquiavélico e ainda dizem que estão devendo. Devem estar. Acabou a mamata.
E temos o cinema, teatro e tudo descrito acima, os que ganharam bilhões e estão 'devendo', para a sociedade brasileira, uma séria explicação, pois também através da lei Roubanet, Caixão, BBzão e Eletrocubrásão, Petrolão( esta, já velha conhecida) e BNDESão( esse será o máximo !) executaram um belo e gigante 'mão leve' na carteira e no bundão do povão.
Agora, estão de pires na mão e óleo de peroba nas caras de madeiras.
Bem, amigos, BEM FEITO !
Só falta prender os canalhas assassinos. Sim, 'assassinos'.
Vemos como todos os jormaulistas ( tvs e rádios principalmente), TODOS !, são contra a greve dos caminhoneiros porque os caminhoneiros pedem o quê, hein ? Diminuição de impostos ! Para eles e para o país. Ou seja, menos estado, menos tetas para mamar e menos populismo. Menos politicagem e, olha só, corrupção.
Tudo que esquerdóides malandros e carnívoros não querem e esquerdóides boçais e herbívoros não entendem. Red Goebbels é golpista. KKKKKKK !
Estadão socialista gigantão, acredito, com os dias contados. Ufa...
. Bom, iniciar sem ver as grid girls ( que voltaram ! Ganhei mais uma !) coisa que os polititicamente caretas engajados, inocentes úteis ou não, gostaram da saída delas( melhor Queer Museum) e ver tradição em ambas as corridas, costumes que deram certo através do esporte( automobilístico ! Quantos anos as corridas de Mônaco ou Indianapolis fizeram, hein, hein, heeeeiiin ?), não é para as esquerdíssimas Bandeidantes e Red Goebbels quando temos um movimento fortemente conservador com Bolsomito liderando facilmente no, rárrá !, Estado de São Paulo ! O Santo Picolé de Chuchu está longe, em segundo e, dizem, caindo. Não falo do Sul porque lá é de lavada. E, como estão rodando o pires, é necessário ir para o apelativo que o povão que está ignorante gosta. DaAntena e Esporte CoisaChatanoAr( só pénabola).
Senhor Groo, ou você se rende a Indy ou continua achando a corrida um saco.
. Eu sempre achei, acho e acharei Mônaco, o GP, um pentelho encravado de chato no saco since 2000 e tenho agora Alonso, Hamilton e Vettel do meu lado. Sem contar outros que devem ter a mesma opinião sobre a chatérrima corrida monegascana mas não ouvi destes nada sobre, até porque não procurei ouvi-las. Agora, começar o texto dizendo que gosta e terminar com 'das (insossas) 500 milhas' é demais ! Sou um leitor exigente !
Direi o seguinte, como assisti as duas corridas, Indianapolis foi, realmente, dos últimos anos, a edição deste ano, chata, apesar que continua botando no mínimo 400 mil pessoas dentro do autódromo e não sei qual o público televisivo. Seria legal comparar as duas provas. Procurarei saber. O que aconteceu com a Indy em Indianapolis ? Resolveram um problema que era espetacular do ponto de vista de quem assiste e péssimo para quem está pilotando. Decolagens fantásticas não ocorreram mas trouxe outro problema que não sei se ligado a segurança: os carros não decolam mais, não dão espetáculo( o público bobão gosta. Piquet disse que o povão quer ver mesmo nego si fudê) mas estão saindo muito de traseira. A rapidez em resolver os problemas causados por choques foi impressionante.
Já Mônaco é chatééééééééééééééééééééééééééééééééééérrima ! Há anos.
Só quando chove é bacana. Melhor, quando chove e pára de chover. Volto a dizer, tem que soltar um cascalho, não sei de onde, da maFIA ou as equipes mesmo, e criarem a F- Mônaco. Carros menores - menos largos - e com pouco arrasto. Um F1 anos 1960 mas com toda tecnologia dos anos 2018. Ou molhar a pista de vez em quando, mesmo com sol, sem ninguém saber quando.
Nem a Ferrari... HA !


M.C.