F1 2018 - Áustria: por mais corridas assim

Longas retas, curvas de alta, subidas, descidas... Podia ser Monza, podia ser Spa, mas é o Red Bull Ring, antes conhecido como A1 Ring, Osterreichring, Zeltweg... Tudo no mesmo lugar: Spielberg.
Em meio há um vale que deu cenário a história da Noviça Rebelde, rodeada por criações de vacas e muita, muita história do automobilismo.

E no capítulo de 2018, apesar da temporada estar emocionante – apesar de ter corridas monótonas – começou a ser escrito com uma tinta meio manjada e um texto conhecido sobre o domínio da Mercedes.
No terceiro treino livre até teve um brilhareco da Ferrari, mas quando valeu, Hamilton e Bottas deram as cartas.
Vettel, que até tinha conseguido uma boa posição dentro das possibilidades foi punido e caiu para a terceira fila, na sexta posição.
Mas uma pergunta permanecia a espera de uma resposta: e em corrida? Como seria a correlação de forças durante a corrida.
A largada, no pé do morro e em subida, começaria a responder.
E Hamilton pulou na ponta aproveitando a má largada de Bottas que por algumas voltas chegou a andar em quarto, mas passou por Max e Kimi que brigavam ferrenhamente e retornou ao segundo posição.
Na briga da Ferrari com a Red Bull, Verstapinho levou vantagem e cruzou a primeira volta em terceiro.
Vettel, que largou bem, tomou um “chega pra lá” de uma Haas e acabou caindo para oitavo.

A corrida ameaçava cair na escrita citada lá em cima e uma dobradinha da Mercedes quando na volta 14 o carro de Valteri Bottas parou com o câmbio travado no neutro e entra em cena o safety car virtual.
Na volta dezesseis, Max, Ricciardo, Kimi e Vettel foram aos boxes realizar a troca de pneus regulamentar.
Apenas Hamilton não foi dos protagonistas e deixou em aberto uma briga nas estratégias.
Todos optaram pelos pneus macios que, em tese, duraria até o fim da corrida.

A direção de prova autorizou a abertura do DRS em três pontos da pista, o que serviria para facilitar as ultrapassagens e, se utilizando de um destes pontos e de um pequeno erro do Kimi, Max conseguiu uma ultrapassagem na volta 20 e assumiu a segunda posição se candidatando seriamente a vitória.
Hamilton vai aos boxes na volta 26 e com isto, as duas Red Bull pulam à frente com Max na liderança e Ricciardo em segundo.
Kimi também ganha a posição do inglês e o deixa na mira de Vettel.
A pergunta sobre o ritmo de prova estava respondida: a Mercedes não tem o melhor, mas a Ferrari também não.
Na volta 39, depois de brigar algumas voltas com as bolhas no pneu traseiro, Ricciardo vai aos boxes e abandona a briga pela vitória.
Hamilton que já havia dito no rádio que estava perdendo potência, perde a posição para Vettel, que abre rapidamente na terceira posição.

Os pneus amarelos começaram a apresentar bolhas em alguns carros.
Foi assim com Ricciardo, com Hamilton e alguns outros menos cotados...
Ricciardo até resolveu o problema com uma nova parada, mas infelizmente ficou sem motor na volta 54 quando estava em terceiro.
Na volta 63 foi a vez de Hamilton ter o mesmo destino do companheiro de equipe.
Definitivamente, a narrativa da Mercedes dominante não colou em Spielberg.
No fim, a balança foi positiva para a Ferrari que, apesar de não ter vencido a prova, pontou com os dois carros no pódio, ganhou a ponta do mundial de pilotos e viu a Mercedes não pontuar no campeonato de construtores.

Vitória de Max Verstappen no - até agora - melhor grande prêmio do ano.