Post feito em parceria com Oliver, do BlogSportBrasil
Se estivesse vivo completaria um século, mas que bobagem, Cartola é uma estrela e estrelas não morrem nunca. Apenas vão brilhar um pouco mais longe da gente.
Notadamente sou roqueiro das antigas, mas que pode misturar jazz ao samba e curtir uma bossa nova sem traumas. Mas quando se trata de samba. SAMBA mesmo, eu gosto mesmo é das raízes. Da tradição... E não há mais raiz e nem mais tradição que Cartola. Talvez nem Donga e seu histórico ‘Pelo telefone’, primeiro samba gravado. Mas, este é assunto para outro artigo.
Agenor de Oliveira nasceu em 11 de outubro de 1908 no Rio de Janeiro, quarto filho do senhor Sebastião e de Dna. Aida, que ainda teriam mais três depois dele.
Precoce já participava de blocos carnavalescos aos oito anos de idade. Aos onze foi morar no Morro da Mangueira e começou a trabalhar para ajudar a família.
Fez de tudo um pouco: Continuo de repartição publica; Pintor de paredes; Lavador de carros; Vigia de prédio e pedreiro onde ganhou o apelido que o acompanharia pelo resto da vida: Cartola, tirado do fato de usar um chapéu coco para evitar que o cimento lhe sujasse os cabelos.
Após a morte da mãe, Cartola passou por diversos problemas de relacionamento com o pai, que culminaram com sua expulsão de casa.
Doente, para sobreviver vendia seus sambas aos cantores que subiam os morros para se inteirarem das novidades musicais. Pratica comum entre os compositores dos morros no inicio do século XX.
Um exemplo é o samba “Que infeliz sorte” que foi vendido a Francisco Alves pela bagatela de 300 contos de Réis.
Diz a história que sem dinheiro para comprar os instrumentos musicais então comuns ao samba na época: Bandolins, cavaquinhos, violões, flautas, trompetes e trombones, Cartola e alguns amigos resolveram reforçar a parte rítmica do samba trazendo para frente da melodia os instrumentos de percussão, adaptando alguns para que se pudesse tocar em pé e em movimento criando assim a configuração da bateria das escolas de samba.
De quebra fundou junto com mais sete amigos a Estação Primeira de Mangueira.
Cartola ficou desaparecido por vários anos até ser encontrado por Sérgio Porto também conhecido como Stanislaw Ponte Preta em um posto de gasolina em Ipanema, onde lavava carros.
Gravou seu primeiro disco aos 60 anos de idade.
Cartola é responsável por algumas das mais lindas canções já escritas: “As rosas não falam”; “Alvorada”; “Preciso me encontrar”; “Ciência e Arte” e a perola que escolhi para encerrar esta matéria: “O Sol nascerá”.
Cartola está brilhando lá em cima desde 1980, mas nunca deixou de estar presente, seja pelas gravações próprias ou pelas diversas homenagens que recebe de gente do gabarito de Ney Mato Grosso, Cazuza, Paulinho da Viola, Chico Buarque e tantos outros.
O maestro Villa-Lobos uma vez se derreteu ante a musicalidade de Cartola dizendo uma frase sensacional: “-Está tudo errado, mas está tão bonito!”
Discover Cartola!
Se estivesse vivo completaria um século, mas que bobagem, Cartola é uma estrela e estrelas não morrem nunca. Apenas vão brilhar um pouco mais longe da gente.
Notadamente sou roqueiro das antigas, mas que pode misturar jazz ao samba e curtir uma bossa nova sem traumas. Mas quando se trata de samba. SAMBA mesmo, eu gosto mesmo é das raízes. Da tradição... E não há mais raiz e nem mais tradição que Cartola. Talvez nem Donga e seu histórico ‘Pelo telefone’, primeiro samba gravado. Mas, este é assunto para outro artigo.
Agenor de Oliveira nasceu em 11 de outubro de 1908 no Rio de Janeiro, quarto filho do senhor Sebastião e de Dna. Aida, que ainda teriam mais três depois dele.
Precoce já participava de blocos carnavalescos aos oito anos de idade. Aos onze foi morar no Morro da Mangueira e começou a trabalhar para ajudar a família.
Fez de tudo um pouco: Continuo de repartição publica; Pintor de paredes; Lavador de carros; Vigia de prédio e pedreiro onde ganhou o apelido que o acompanharia pelo resto da vida: Cartola, tirado do fato de usar um chapéu coco para evitar que o cimento lhe sujasse os cabelos.
Após a morte da mãe, Cartola passou por diversos problemas de relacionamento com o pai, que culminaram com sua expulsão de casa.
Doente, para sobreviver vendia seus sambas aos cantores que subiam os morros para se inteirarem das novidades musicais. Pratica comum entre os compositores dos morros no inicio do século XX.
Um exemplo é o samba “Que infeliz sorte” que foi vendido a Francisco Alves pela bagatela de 300 contos de Réis.
Diz a história que sem dinheiro para comprar os instrumentos musicais então comuns ao samba na época: Bandolins, cavaquinhos, violões, flautas, trompetes e trombones, Cartola e alguns amigos resolveram reforçar a parte rítmica do samba trazendo para frente da melodia os instrumentos de percussão, adaptando alguns para que se pudesse tocar em pé e em movimento criando assim a configuração da bateria das escolas de samba.
De quebra fundou junto com mais sete amigos a Estação Primeira de Mangueira.
Cartola ficou desaparecido por vários anos até ser encontrado por Sérgio Porto também conhecido como Stanislaw Ponte Preta em um posto de gasolina em Ipanema, onde lavava carros.
Gravou seu primeiro disco aos 60 anos de idade.
Cartola é responsável por algumas das mais lindas canções já escritas: “As rosas não falam”; “Alvorada”; “Preciso me encontrar”; “Ciência e Arte” e a perola que escolhi para encerrar esta matéria: “O Sol nascerá”.
Cartola está brilhando lá em cima desde 1980, mas nunca deixou de estar presente, seja pelas gravações próprias ou pelas diversas homenagens que recebe de gente do gabarito de Ney Mato Grosso, Cazuza, Paulinho da Viola, Chico Buarque e tantos outros.
O maestro Villa-Lobos uma vez se derreteu ante a musicalidade de Cartola dizendo uma frase sensacional: “-Está tudo errado, mas está tão bonito!”
O que comprova a tese de que não é preciso ULM´s e IGT´s para termos bons musicos.
Cartola é gênial mesmo só estudando até a quarta série do primário.
E como diz o seu parceiro Nelson Sargento: “-Cartola não existiu, foi um sonho que a gente teve...”.
Com vocês: Cartola!
E como diz o seu parceiro Nelson Sargento: “-Cartola não existiu, foi um sonho que a gente teve...”.
Com vocês: Cartola!
Discover Cartola!
Comentários
Groo, obrigado pelos elogios cara. Já linkei seu blog no meu também. Vlw
Sem palavras...
Beijos com lágrimas.
Um dom natural pra captar o momento.
Não tem de que Paulo, só escrevi o que pensei no momento em que li seu trabalho. Muito bom mesmo. Quanto ao Cartola, se intere. Você vai adorar.
Teca você é muito gentil. Obrigado.
Obrigado Rodrigo!
Boa Marcão, eu fico muito feliz em saber que inspirei algo em alguém como você. Que é todo sensibilidade. Vamos adiante...
Bondade sua Mestre Oliver (ave!)
Valeu Gustavo!
E como disse Cartola: Vou por ai a procurar, rir pra não chorar! Obrigado a todos.
o grande inventor de um dos maiores espetáculos da terra...
Genial, Cartola
Groo, o que me deixa alegre é que sem um vintém no bolso Cartola conseguiu comprar a imortalidade, enquanto isso essas bostas contemporaneas todas vão para o limbo, com todo o dinheiro do mundo serão esquecidos prá sempre, afinal caixão não tem gavetas...
P.S. Aí Groo, eu sou um felizardo em torcer para o maior time do mundo, títulos e conquistas são efêmeras e passageiras, o meu Flu é para sempre, só ao saber que quando morrer estarei na companhia de Cartola, Nelson Rodrigues já valeu o ingresso, isso sem falar no genial Chico que ainda anda do lado de cá, MINHA TORCIDA É A MAIS BONITA DO MUNDO, E COMO DISSE O LULU SANTOS NO JOGO CONTRA O BOCA, A MAIS CHEIROSA TAMBÉM.
Convido a todos que antes de morrer tal qual um muçulmano que deve peregrinar uma vez na vida ao menos a Meca,independente do time de coração, entrem na torcida do Fluminense em dia de casa cheia, garanto que será uma experência única e inesquecível, sem menosprezar as outras é uma experência única.
PS2. Groo, essa história de "COMPROSITORES" é bem conhecida e até hoje mais usada do que se pode imaginar, conheço pessoalmente um compositor de renome no Brasil inteiro, que inclusive mora na minha cidade que até hoje faz isso, é funcionárioda gravadora e de vez em sempre é obrigado a "ceder" obras para as "estrelas" brilharem, posso te passar o nome e detalhes por e-mail, aqui não dá pois é off....
E Ruben eu fico feliz pra caramba com teus comentários. São sempre muito bons, mesmo quando você não gosta. Agora ir torcer pro Flu no Maraca? Vixe! Depois cê vai na Vila Belmiro comigo torcer pelo peixe! Mande mais emails...
Aliás, deixa eu ir pegar lá o sonngbook que o violao já tá aqui do lado.
Abs!