A diferença do nome

Um dia, nos idos de 1940 ainda sob as mãos de ferro do então presidente Getulio Vargas e seu “Estado Novo”, um cidadão residente na cidade do Rio de Janeiro - então ainda capital federal - pediu uma audiência com o supremo mandatário.
Resolvidos os problemas protocolares da tal visita e vendo uma chance de melhorar sua imagem junto ao país, que já começava a trata-lo por ditador, Getulio concedeu ao cidadão uma pequena entrevista no Palácio do Catete – sede do governo federal à época – e convocou também alguns repórteres dos Diários Associados para que fosse registrado o encontro.
As três da tarde em ponto de uma quarta feira tipicamente carioca, muito quente, o homem cruzou a portaria do Palácio e se apresentou ao chefe da segurança.
Este já tinha ordens de leva-lo até a presença de Getulio, que o esperava juntamente com os repórteres e fotógrafos a sua chegada.
As pesadas portas da sala de trabalho do presidente se abrem e o carioca adentra ao recinto. Tímido segura nas mãos o chapéu gelot que comprara juntamente com o terno para a ocasião.
Getulio olha aquela figura simples e o convida a sentar-se.
Ele aceita.
O presidente lhe oferece chá e biscoitos.
Aceita apenas uma xícara de chá, dispensando os biscoitos que haviam sido comprados junto a Confeitaria Colombo, a mais famosa do Estado da Guanabara.

Então Getulio pergunta:
-O que posso fazer por você meu bom homem?
-Senhor presidente...
-Me chame de Getulio – interrompe o presidente.
-Senhor Getulio... É que eu tenho um nome horrível, e como o senhor sabe as leis de nosso país não me permitem troca-lo. Então vim pedir sua interferência direta para que eu possa trocar de nome.
-E qual é este nome tão horrível? – Quis saber o supremo mandatário.
-É Bosta, senhor... Infelizmente me chamo Getulio – como o senhor – mas o restante é: Bosta de Arraes...
O presidente ponderou por alguns instantes, estava ali um pedido mais que justo. Oras! Por quê não atende-lo e assim marcar uns pontos com o povo? Mostrando que ele não era o ditador implacável, ou refém do tenentismo como se apregoava aos quatro ventos. Então ele disse:
-Está certo meu senhor... Vamos dar ordens para que a lei seja mais flexível e assim possamos trocar seu nome...
-Muito obrigado, senhor presidente... Não vou esquecer nunca este gesto.
Então, antes do homem sair da sala, Getulio levanta-se e por curiosidade pergunta:
-Mas diga-lá uma coisa... Para qual nome o senhor pretende mudar sua graça?
E o homem, ainda emocionado e todo sorriso diz:
-Pedro... Pedro Bosta de Arraes...

Uma pequena fabula para ilustrar como deve se proceder no caso da troca de nome da USF1 para USGPE e da alteração do logotipo da Force Índia.Vai se trocar o Getulio, já a bosta vai ser a mesma...

Comentários

Anônimo disse…
grande comparação Groo,além de bem engraçada.
Então no caso se a equipe quisesse se chamar US F1-Team (como faz a Toyota por exemplo) seria permitido.
Que proibição besta,pra eu não falar outra palavra aki, realmente vão ser gananciosos assim lah na ..... deixa pra lah rs
Fábio Andrade disse…
Pois é, num é?

Um besteirol imenso da parte do Bernie.
Unknown disse…
jejejeje...

a comparação é mais que justa, o Bernie está demostrano falta de bom senso... a demencia senil é triste.
Anônimo disse…
Ron Groo, sempre com grandes surpresas... Muito boa, essa! Nunca tinha escutado.

Mas quanto à Force India, ainda podemos ter surpresas. Particularmente, acredito nelas. Um motor Mercedes faz a diferença. E não é "Bosta de Mercedes", heim!?

Forte abraço.
Felipe Maciel disse…
ahaahaha
Esse é o Ron, cada vez mais genial...

Muito bom, Groo. Não se pode dizer o mesmo a respeito do Ecclestone. Esse só faz bobagem, é de uma infantilidade impressionante. Parece que quanto mais velho, mais criança e pirracento fica.
Daniel Médici disse…
Muito boa, Groo!

A Force India vai trocar o logotipo e continuar a mesma bosta, mas pelo menos agora eles serão os penúltimos...
Felipão disse…
hehehehe

o mundo acabando e o cara preocupado com as letrinhas que vão no nome das equipes...

essa f1 não toma jeito mesmo...
Groo, mais uma vez vou recortar e colar um comentário que fiz no blog do Flávio Gomes, naõ ia escrever tudo isso de novo, né? vou até deixar a "gracinha" de comentário sobre crase...


Não é ser ou não gagá, é filhadaputismo na sua mais nobre essência, avisa para esse filho da puta do BE que caixão não tem gavetas e o dele já está fazendo a curva da subida dos boxes, usando como parâmetro interlagos…… O desgraçado só pensa em fuder o juízo dos outros por mais grana, é uma mistura exata e em proporções iguais do Sr Burns, o patrão do Dino da Silva Sauro e o Sr Siriguejo, goeludo desgraçado, tomara que morra engasgado, depois que esse mundo asséptico e corporativo elevou essa babaquice de copyright e direito de imagem a esse nível deu no que deu… que o digam as grandes empresas que tiveram que “recomprar” seus próprios nomes para poderem ter seu espaço na net, pois alguns escritórios de picaretas, 171 e vigaristas em geral registraram os dominios em seus nomes para negocia-los futuramente e a bosta e paquidérmica justiça e sua nau de ladrões de legisladores das causas próprias deveriam pôr todos na cadeia.
- Registrou o nome da Renaut prá quê meu filho? -
É seu sobrenome?
-Tens alguma empreas com este nome?
-Com qual objetivo registraste tal nome?
-Ah, entendi…. fez isso para tirar uma grana da montadora, quando ela por acaso viesse para o Brasil, né? Olha aqui no CP tem um artigo que se encaixa muito bem na sua conduta… art. 158 -extorsão-, tá bom para você , filho?
Esse exemplo é apenas uma hipótese e a Renault foi apenas um nome famoso que me veio a cabeça, mas viu como é fácil com honestidade , visão e bom senso resolver as coisas? Era uma dessas que deveria ser mandada nos “peitos” daquele safado que se apropriou da marca Gurgel.
Foi graças a essas filigranas e safadezas em torno desse endeusamento desenfreado do direito de quem compra ou usurpa o direito de marca ou imagem é que uns espertos ( desculpe o termo, mas é o adjetivo que a língua portuguesa passou a usar para o vagabundo que se dá bem…) lá do Japão registraram o Cupuaçu e mais um sem número de produtos genuinos da amazonia em nome deles.E só para exemplificar bem durante vários anos um baile carnavalesco tradicional no RJ que se chamava Gala Gay passou a se chamar na mídia de Gala “G” pois algum desses exemplares de “espertos” acima registrou a marca “GAY” para si, e quem a quisesse usar teria que pagar “direitos” ao sacripanta, nada disso aconteceria se o mesmo respondesse a uma meia dúzia de processos e tivesse que ficar trocando fraldas de bebês em alguma creche da periferia por uns 10 anos…. Se bem que é melhor deixar prá lá, era capaz de sair de lá e registrar as palavras merda e bosta em seu nome, aí eu perderia o direito de usar um dos endereços preferidos para onde mando quem me enche o saco, teria que deixar de manda-los à merda ( é craseado sim!!!!) para manda-los a M…. não dá para tirar o estresse….

PS. quem vai para “A” e volta de “DÁ”, crase no “A” . Quem vai para “A” e volta “DE” , crase prá quê?

Ou seja quem vai para a merda e volta “DA” merda leva crase, pois só não levaria se você fosse para a merda e voltasse “DE” merda, mas neste caso não há concordância, quadrinha rápida que me foi ensinada pela minha já falecida “fessora” de português Alice Brasil Vianna, era o jeito dela fazer alunos burros que nem eu entender alguma coisa da nossa intrincada escrita, engraçado que não consegui aprender quase nada, mas essa quadrinha nunca esqueci,,,,,
SAVIOMACHADO disse…
É meu velho... Tem muitas coisas que viram prioridades na vida de outros que a gente nem acredita.
Abraço.
Parabéns pela história.
SAVIOMACHADO
Anônimo disse…
Um dia, nos idos de 1969, ainda sob as mãos de ferro da direita-profissional.......
O embaixador belga solicita audiência ao ditador de plantão: "Senhor, diz meu pai, prefiro q meu filho belga seja banido a morrer numa cadeia aqui, e peço-lhe também q possa ser levado c ele sua paixão, além do Brasil, um carro legítimamente brasileiro".
Meu banimento aconteceu 09 meses depois e o carro era uma puma malzoni. Pois é Groo a ditadura, ditabranda pra direita-profissional acabou(?) eu readquiri minha cidadania brazuca e a puma continua em Bruxelas. Mundo pequeno, ñ?
Saudações belgo-monarquistas,
carlo paolucci
Speeder76 disse…
Groo, como sempre... mais uma história adorável. E quanto à comparação: de facto é uma estupidez plena, tipica de um tipo que quer ganhar à custa de um nome que não é seu, mas que anda ali como se fosse o tipo que criou a coisa!


De facto, está mesmo na hora de ele gozar a reforma. Ele e o Tio Max! Já viu as propostas da FOTA? Dia 17 é a vez da FIA. Quero ver esse tipo a dizer "não" à coisa! Em ano de eleições, não é lá boa politica...
Marcos Antonio disse…
essa eu não sabia,ótima história. Po vc citou a Confeitaria Colombo,só fui lá uma vez, e os doces lá são maravilhosos...aiai

Já sobre o F1, a única que tem autorização de usar o F1 sem nehuma acompanhamento sabe qual é?

WilliamsF1! É que o Frank Williams registrou esse nome antes da Fia registrar o F1...

Go Williams go!
Anônimo disse…
Já tá na hora dessa duplinha de velhinhos gagá saírem do comando. Já que os pilotos não podem mais ser considerados a nova geração, pelo menos as equipes estão com chefes renovados com exceção do Briatore, o que não faz diferença já que ele pensa ter 20 e poucos aninhos e ter idéia nova e estapafúrdia é com ele mesmo.
O lema do $Bernie$ parece ser $modernizar$ e popularizar andando para trás e proibindo dizer o santo nome $F1$ em vão.

Larissa
Ron Groo disse…
Concordo que a proibição é besta Paulo, mas foram os donos das equipes que levaram este cidadão até lá. Agora aguenta!

É sim Fabio mas como disse
acima...

F1ALC, não é falta de bom senso não... É tino mercantil... Quer usar... Vai pagar.

Lord Marcus, se o carro for ruim, não tem canhão que de jeito. Lewmbra dos Honda ano passado? E ninguém duvida que os japoneses sabem fazer motores.

Felipão, o mundo tá acabando por causa da grana e estas letrinhas envolvem muita grana...

Ruben, eu sou suspeito pra falar, ce sabe o quanto gosto do que você escreve e o quanto gosto de discutir com você... Agora o povo que lê meu blog tá te adorando... Recebi alguns emails pedindo pra que você escreva mais aqui ou monte um blog pra gente ir ler... Eu achei ótimo, só não vá parar de vir aqui. Abração!

Concordo Sávio!

Carlo, já pedi varias vezes pra você me contar esta história. Fico fascinado com estes relatos. Se for possivel me mande por email. Se não for incomodo e nem doloroso, claro. Valeu!

Ele não criou né Speeder, mas registrou. Dizem que pai é quem cuida... O que não deixa de me fazer pensar: Que FDP este...

Ainbda vou lá Marcão, me entupir dos doces de lá...
Go Williams F1, go!

Este ano tem eleição Larissa, vamos ver até onde estão descontentes todos os outros.
Anônimo disse…
A fábula é uma narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais com características humanas, sustentam um diálogo, cujo desenlace reflete uma lição de moral, característica essencial dessa. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.

A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios, no entanto foi o grego Esopo quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua Revolução dos Bichos (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).

As literaturas portuguesa e brasileira também cultivaram o gênero com Sá de Miranda, Diogo Bernardes, Manoel de Melo, Bocage, Monteiro Lobato e outros.Uma fábula é um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para nós não cometermos erros. Se você não sabe a fábula pode se transforma em um conto.
Anônimo disse…
A fábula é uma narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais com características humanas, sustentam um diálogo, cujo desenlace reflete uma lição de moral, característica essencial dessa. É uma narrativa inverossímil, com fundo didático. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe o nome de apólogo. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.

A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios, no entanto foi o grego Esopo quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua Revolução dos Bichos (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).

As literaturas portuguesa e brasileira também cultivaram o gênero com Sá de Miranda, Diogo Bernardes, Manoel de Melo, Bocage, Monteiro Lobato e outros.Uma fábula é um conto em que as personagens falam sendo animais e que há sempre uma frase a ensinar-nos alguma coisa para nós não cometermos erros. Se você não sabe a fábula pode se transforma em um conto.